terça-feira, 19 de junho de 2007

News

Ford lança Fiesta Trail
Para conquistar os consumidores que preferem carros equipados, a Ford lançou o Fiesta Trail. Originalmente era kit de acessórios, e agora o modelo sai de fábrica com insertos nos pára-choques dianteiro e traseiro, rodas de liga leve de 14 polegadas, estribos laterais, bagageiro de teto e o logotipo Trail estampado nas portas e na tampa traseira. No interior, possui bancos dianteiros revestidos com capa em Neoprene, nas cores preto e cinza claro. A manopla de câmbio também combina as mesmas cores. Pedaleiras esportivas, em chapa de alumínio com apliques de borracha, jogo de tapetes em carpete escuro, e soleiras personalizadas, completam o visual esportivo. Além desses equipamentos, conta com: maçanetas externas, moldura lateral, espelho retrovisor e régua do porta-mala pintados na cor do veículo; luz elevada de freio; painel central, maçanetas internas e anel das saídas de ar na cor "Titanium“; banco do motorista com ajuste de altura; console central com porta-objetos; espelho de cortesia para o motorista; luz de leitura dianteira direcional; forro lateral do porta-malas; alças de segurança dianteira e traseira; cintos de segurança traseiros retráteis; e desembaçador e limpador do vidro traseiro. O preço sugerido para a venda é de R$40.755, na versão 1.0 L Flex, e de R$44.885 com motor 1.6 L Flex.
Rastreador não é mais item de série
A Volkswagen encerrou a oferta de rastreador via satélite como equipamento de série, para os veículos fabricados no Brasil, desde o último dia 15 de junho.
Conforme foi divulgado pela montadora, a decisão ocorreu em razão de uma mudança na estratégia de oferta do serviço, a fim de
melhor atender os seus consumidores.
Ainda segundo a empresa foi firmada parceria com algumas das maiores seguradoras do Brasil para a instalação do rastreamento nos veículos da marca. A oferta do serviço e a conseqüente redução do preço do seguro dependerão de um estudo de custo-benefício de cada seguradora, o qual indicará quais as regiões do Brasil e os modelos de veículos nos quais o rastreamento pode realmente beneficiar o cliente. Neste acordo, os custos de equipamento e serviço já estarão incluídos no preço do seguro, com o devido desconto, que deve ser negociado diretamente entre o cliente e a seguradora de sua preferência. O fim da oferta do equipamento não causará prejuízo aos clientes que já ativaram o serviço. Esses consumidores continuam a usufruir normalmente do rastreamento, conforme estipulado no contrato diretamente com a operadora Crown Telecom


Promoção Suzuki
Para aproveitar o clima das festas juninas a Suzuki realiza o “Arraiá de Ofertas Suzuki”. Entre as vantagens oferecidas está o parcelamento em até 42 vezes. Todas as motocicletas da marca possuem um ano de garantia, e durante os quatro dias da promoção (21 a 24 de junho) as concessionárias ficarão abertas das 8h30 às 18h00. Para saber qual é a autorizada mais próxima, acesse o site: www.suzukimotos.com.br
No clima do Pan
A Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça adquiriu 13 unidades do miniônibus Volare V6. Os veículos serão utilizados no transporte dos policiais que farão a segurança dos Jogos Pan-americanos, que iniciam dia 13 de julho, na cidade do Rio de Janeiro. Os Volare V6 fornecidos foram equipados com sistema de ar-condicionado e de rádio-comunicação para a utilização dos policiais. Os miniônibus também receberam adesivagem especial alusiva ao evento.
Saúde para caminhoneiros
Os caminhoneiros que passarem pela Via Dutra entre terça-feira (19/06) e quarta-feira (20/06) poderão fazer exames de saúde gratuitos e aprender sobre qualidade de vida durante mais uma edição do Programa Estrada para a Saúde no trecho fluminense da rodovia. O evento acontece no Posto Floresta, localizado no km 300,5, pista sentido SP-Rio, em Resende (RJ), entre 15h00 e 21h00. Desenvolvido pela NovaDutra (Concessionária da Rodovia Presidente Dutra S.A.) em parceria com a Petrobras Distribuidora, o Programa Estrada para a Saúde é destinado ao bem-estar do motorista de caminhão, e oferece gratuitamente exames clínicos, informações para melhorar o dia-a-dia ao volante e educar o caminhoneiro a ter mais cuidado com a saúde. Durante os dois dias do programa, os caminhoneiros terão à sua disposição uma equipe de médicos, enfermeiros, profissionais e estudantes da área de saúde, para realizar exames de colesterol, glicemia, medição de pressão arterial e índice de massa corpórea, além de testes de visão, risco cardíaco e avaliação postural e de stress. O Programa oferece ainda atendimento odontológico, vacinação e distribuição de preservativos.

Competição: GP dos Estados Unidos

Sem ultrapassagens, mas interessante
Duas vitórias consecutivas (Estados Unidos e Canadá), consolidaram a liderança do estreante inglês da McLaren Lewis Hamilton no campeonato da Fórmula 1.
E acirrou ainda mais a disputa dentro do time. A maior prova desta briga interna foi a atitude do espanhol Fernando Alonso, que antes de completar a volta 39 saiu da curva que antecede a reta dos boxes, e passou próximo do muro, ao lado dos integrantes de sua equipe para mostrar o punho cerrado, em sinal de protesto, por tentar a ultrapassagem, e o ‘moleque abusado’ fechar a porta.

Esta indignação do espanhol fez lembrar a chegada de Senna na mesma McLaren em 1.988.
O carro era muito superior ao da concorrência, e o brasileiro tinha como companheiro de equipe, nada mais, nada menos, que o francês bicampeão Alain Prost.
Senna não se intimidou, foi pra cima e conquistou, o titulo daquele ano. O baixinho francês passou a temporada inteira com a cara amarrada, bem semelhante a de Alonso, após perder para Hamilton.

Nesta disputa, a imprensa inglesa pressiona os dirigentes da McLaren, para beneficiar o ‘Menino Prodígio’. Por sua vez os jornalistas espanhóis, forçam a barra para que o protegido do time seja o ‘Príncipe das Astúrias’. Qual dos lados está certo?
Nenhum! Isso porque eles esqueceram que se trata de uma competição, e deve vencer o melhor, e não o protegido, como fez a Ferrari com Michael Schumacher, durante o tempo que o alemão defendeu o time vermelho.

Bem faz Ron Dennis, que já tem experiência nesta questão, pois mediou a disputa interna entre Lauda e Prost, e depois entre Senna e Prost, sem comprometer os resultados na pista. E acredito que desta vez não será diferente, pois tanto Dennis como os homens da Mercedes (a montadora é alemã, maior acionista da equipe e quer ver os triunfos transformados em vendas de carro), não jogarão fora um título, por causa de patriotagem.
O fato é que com esta disputa, a F 1 ficou muito mais interessante. Carente de ultrapassagens, mas interessante.
Rapidinhas
Sabor espanhol
Hamilton vence, mas Alonso é o responsável. Essa é a nova da imprensa Espanhola, isso porque, segundo os jornalistas, quem trabalha no acerto do carro é o espanhol. Lewis só copia. Eles esquecem que o garoto vive o dia-a-dia da McLaren desde os 9 anos. Lógico que ele deve aproveitar ensinamentos do bicampeão, o que é normal, pois trabalham juntos. Afinal eles estão em uma ‘equipe’.
A Ferrari jogou a toalha?
Felipe Massa feliz, e Jean Todt também. Detalhe: o brasileiro chegou em terceiro e Kimi Raikkonen na quarta colocação. Como se não bastasse, Hamilton abriu 19 pontos de vantagem sobre o brasileiro. Qual o motivo da alegria? Acredito que nesta passagem pela América, os engenheiros que ficaram na Itália, descobriram qual é o problema do carro, mas só poderá ser solucionado na volta a Europa.
Surpresa alemã
Sebastian Vettel com apenas 19 anos estreou na F1 pela BMW Sauber, como substituto de Robert Kubica (vetado após o acidente na corrida anterior, o GP do Canadá). E ele marcou 1 ponto por terminar na 8ª posição. Depois do polonês Kubica, Vettel tem tudo para ser a nova sensação do time.
Piquet na Williams
Começaram as negociações. Frank Williams quer se livrar de Alexander Wurz, mas se possível ganhar algum. Flavio Briatore quer se livrar de Heikki Kovalainen. Tentou coloca-lo no time inglês, mas sem sucesso. Agora o bota da vez é Nelsinho Piquet, o que, na minha opinião, será bom para o brasileiro. Ganhar rodagem em um carro que se mostra competitivo, vai fazer Nelsinho preparar-se melhor para disputar uma competição. Só resta saber quanto Briatore pagará a Frank nesta transação.

Avaliação: Honda Fit 1.5 CVT

Pequeno por fora, mas grande por dentro
Com excelente desempenho, sem comprometer a dirigibilidade e versatilidade, motor mais forte valoriza o monovolume da Honda
Texto: Edison Ragassi
Fotos: Valéria Matias

No Japão, o Honda Fit foi lançado em junho de 2001. No ano seguinte, foi rebatizado de Jazz, atravessou o oceano e desembarcou na Europa, onde se transformou em objeto do desejo dos consumidores europeus. Já o Brasil conheceu o Fit em 2003, equipado com motor i-DSI 1.4L de 80 cv, duas opções de transmissão: manual e automática continuamente variável (CVT), quando a fábrica brasileira (instalada em Sumaré, interior de São Paulo), ganhou a responsabilidade de ser a primeira a produzi-lo, fora do Japão. Montado com um índice de nacionalização de 80%, durante estes quatro anos, atingiu mais de 100.000 unidades produzidas.
O carro é um monovolume compacto, que possui tanque de combustível centralizado sob os bancos dianteiros, e motor de pequenas dimensões. Soluções desenvolvidas para oferecer maior espaço interno. Na parte externa, as linhas são marcantes. A frente se destaca, pois os faróis aparentam dois olhos saltados. “Ele tem cara de sapinho”, declara de maneira carinhosa, a cirurgiã dentista Ângela de Lima Lei, que possuí um Fit adquirido em março de 2005.

Ela escolheu o monovolume da Honda por vários motivos, “eu queria um carro econômico, com bom desempenho, e que não chamasse a atenção, e o Fit atendeu minhas expectativas”, afirma.
Desde o inicio da produção e comercialização, a montadora de Sumaré promoveu poucas modificações no Fit. Em fevereiro de 2005, passou a contar com opção de propulsor mais potente, o 1.5L VTEC, que gera 105 cv. Muito discreto, pois para identificar, é necessário ser um bom observador. O 1.4L tem a grafia Fit na tampa traseira com o pingo do ‘I’ na cor vermelha e no 1.5L, o pingo é azul e no lado esquerdo aparece a inscrição ‘VTEC’.
Em junho de 2005, aconteceu a entrada do modelo 2006, e todas as versões ganharam friso lateral na cor do veículo, bancos da frente com nova regulagem dos encostos e nas versões LX e LXL a abertura interna do bocal de abastecimento, até então presente apenas na EX, ainda roda de liga leve com novo desenho. A opção LXL recebeu tampa para o porta-objetos e sistema de som na cor prata, a qual estava só na versão EX.
Na época do lançamento, para mostrar o produto ao grande público, foi criada uma campanha publicitária cujo tema era o sorriso, assim os filmes veiculados mostravam, desde jovens estudantes, até executivos bem sucedidos sorrindo. Em um dos muitos filmes, uma decoradora transportava no aparente ‘pequeno carro’, um grande vaso.
Esta experiência, longe das câmeras e holofotes, foi vivida pela cirurgiã dentista, “certa vez transportei um vaso enorme no meu carro, minha mãe tem uma minivan, onde o objeto não entrava, mas no Fit foi fácil”, lembra ela.
Esta facilidade em acomodar cargas é proporcionada pelo sistema ULT (sigla que reúne as palavras “utilitário”, “longo” e “alto”, em inglês) de configuração dos bancos, uma exclusividade da linha. Permite mais de dez configurações, tem operação simples, sem esforço e a necessidade de remoção dos encostos de cabeça. A capacidade de carga com os bancos na posição normal é de 353 litros com a tampa do porta-malas e de 380 litros sem a tampa. Rebatendo o banco traseiro, é possível acondicionar 1.321 litros.
Para esta avaliação, a Honda disponibilizou as versões manual e automática com motor 1.5L. O Fit mostrou-se esperto e seguro para realizar ultrapassagens. A ótima calibragem da suspensão deixou o carro firme quando enfrenta curvas e macio nas imperfeições do asfalto.
O sistema de transmissão CVT faz com que o motorista esqueça as trocas de marcha, é só acelerar, ou frear que responde prontamente.
Já o Fit manual também é excelente em dirigibilidade, as relações de trocas são curtas e precisas.
A diferença entre um e outro?
Simples! Com o câmbio mecânico, é necessário usar a embreagem e trocar as marchas, porque em desempenho, agilidade e performance eles se equivalem.
Agora, você decide, manual ou automático?
O Honda Fit 1.5 VTEC tem preço sugerido para venda na região Sul/Sudeste de R$ 52.910 (manual) e R$ 57.210 (CVT automático). E no Norte/Nordeste R$ 53.635 (manual) e R$ 57.865 (CVT automático).
Ficha Técnica
Motor
VTEC alumínio, 4 cilindros em linha
Cilindrada 1.496 cm³
Potência:105 cv a 5.800 rpm
Torque 14.6 kgf.m a 4800 rpm
Taxa de compressão 10,4:1
Cabeçote: SOHC 16V
Sistema de injeção multiponto: PGM-FI Sistema de ignição eletrônica mapeada Transmissão
Tração dianteira
Transmissão automática CVT
Carroceria: Chassi monobloco
Suspensão: dianteira McPherson e traseira com barra de torção
Direção: pinhão e cremalheira com assistência elétrica (EPS)
Freios: disco ventilado na dianteira e tambor na traseira
Freios com sistema ABS c/ EBD
Rodas em liga leve 14X5 1/2JJ
Pneus 175/65R14
Dimensões
Distância entre eixos (mm) 2.450
Comprimento (mm) 3.830
Altura (mm) 1.525
Largura (mm) 1.675
Bitola dianteira / traseira (mm) 1.460/1.445
Peso (kg) (CVT) 1.075
Capacidade do tanque (litros) 42
Volume para carga, com os assentos traseiros em posição normal (litros) 380
Volume para carga até o teto, com os assentos traseiros rebatidos (litros) 1.321

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Fórmula 1: GP do Canadá

Vai faltar corneta
Quando terminou o GP do Canadá, com a primeira e brilhante vitória de Lewis Hamilton da McLaren, o chefão do time Ron Dennis conseguiu um grande problema.
A imprensa inglesa que já pressionava para que o garoto prodígio fosse alçado a primeiro piloto, agora vai badalar sinos, tocar trombones, trombetas, e todas as cornetas que encontrarem pela frente.

Nos principais periódicos o movimento ganhou força. O The Times o chamou Hamilton de, “rei das pistas e herói britânico”.
Já o Guardian disse que a corrida de Lewis, “entrará para a história como um dos maiores feitos do esporte”. O The Daily Telegraph publicou: “O menino negro, jovem e talentoso, que venceu preconceitos e superou as dificuldades de um esporte exclusivo para ricos”.

E não é para menos, pois o último campeão inglês de Formula 1 foi Damon Hill, e isso aconteceu no longínquo ano de 1.996. Por isso os torcedores de sua majestade que andam carentes de conquistas vêm Hamilton como a chance de tirar da garganta o grito de: é campeão.
Até aí tudo bem, mas o grande problema está no carro ao lado. Como dizer ao atual bicampeão Fernando Alonso, que ele deverá ajudar o estreante a ganhar o titulo?

Um problemasso que Ron Dennis terá que resolver, sem melindrar o restante da equipe, o que pode dividir forças.
E quem será o grande beneficiado, se a McLaren não resolver essas pendengas internas?
O brasileiro Felipe Massa da Ferrari.

Ao contrário da equipe inglesa, os italianos parecem que já decidiram em concentrar forças no brasileiro, apesar do erro cometido no Canadá, que teve como conseqüência sua desclassificação (ele saiu do boxe com o sinal vermelho).
A Ferrari atribuiu o erro às duas partes, ou seja, 50% da equipe e 50% do piloto. Na época de Rubens Barrichello, o culpado seria só de Rubinho.

Deixando, as brigas internas de lado, tecnicamente a McLaren superou a Ferrari, não muito, mas está na frente. Algo que não deve demorar a ser solucionado, pois se há uma equipe com poder de reação, ela é a Ferrari.
Para nós brasileiros, que estamos na seca de um título há muito mais tempo que os britânicos (o último foi em 1.991 com Ayrton Senna), só resta torcer para que os ingleses continuem a pressão, Alonso e Hamilton entrem em conflito, Ron Dennis não encontre uma maneira de apaziguá-los, e que Felipe e a Ferrari não errem mais e desperdicem preciosos pontos.

Rapidinhas
É campeão!
“Lewis já mostrou que sabe lidar com a pressão. Não podemos nos entusiasmar precipitadamente, mas acredito que estamos olhando para o próximo campeão mundial britânico”, afirmou Damon Hill, sobre a vitória do compatriota Hamilton.

Agradeça a Senna
Depois da morte do brasileiro Ayrton Senna, em 1.994 no GP de Monza, os homens que comandam a Formula 1 passaram a exigir das equipes
desenvolvimento de equipamentos de segurança para os pilotos. Graças a estes itens, o polonês Robert Kubica da BMW Sauber, após sofrer um grave acidente, teve como conseqüência apenas uma ‘torção no tornozelo’. Detalhe: saiu andando do hospital, pegou o carro e dirigiu até o hotel. Ele fala em correr no GP dos EUA.

Até parece novato
Alonso abusou do direito de errar no Canadá, deu até para perder a conta de quantas vezes ele foi passear na grama. O espanhol sangue quente ainda não aprendeu a andar na mesma equipe com um piloto que consegue superá-lo. A desculpa do Canadá foi de que “as novas regras do safty car favoreceram Hamilton”.

O que fazer?
Difícil a situação de Rubens Barrichello na Honda. Em seu segundo ano no time japonês, o brasileiro mostra-se totalmente adaptado, e arranca leite de pedra. Mas a equipe insiste em ficar com as pedras. O erro de estratégia fez Rubinho terminar em 12º, após estar em terceiro lugar, em uma corrida com duas desclassificações (Massa e Fisichella), um acidente grave (Robert Kubica), e vários abandonos.

Avaliação: Peugeot 206 1.6 Flex


Modelo compacto da montadora francesa Peugeot tem ótimo desempenho, é confortável, versátil nas ruas, avenidas e rodovias.
Texto: Edison Ragassi
Fotos: Paulo Gouvêa
Conhecida como ‘a marca do leão’, a montadora de origem francesa Peugeot tem o compacto 206 como sucesso mundial em vendas. Lançado no Brasil em março de 1.999, na época importado, no ano seguinte passou a ser produzido na fábrica instalada na cidade de Porto Real (RJ).

O primeiro 206 a sair da linha de montagem brasileira foi mostrado no Salão do Automóvel do ano 2000. Era equipado com propulsor 1.0L, feito pela rival de mesma nacionalidade Renault. Este motor deixou de ser usado no ano passado, quando a Peugeot passou a oferecer o modelo 1.4L Flex, ao mesmo preço do carro 1.0L.
Já o irmão mais forte (1.6L), durante três anos, foi importado. Em março de 2002, com o inicio das atividades da fábrica de motores, foi nacionalizado e este ‘brasileirinho’, 1.6 L 16 válvulas, rende 110 cv de potência.

Outra mudança no coração do compacto - e esta pode ser chamada de radical -, foi apresentada em abril do ano passado. O 1.6 L ganhou tecnologia Flex Fuel o que permitiu usar álcool, gasolina ou a mistura dos dois em qualquer proporção.
O fato é importante para a multinacional francesa, pois diferente de fabricantes como GM, Ford, VW e Fiat, que desenvolveram motores movidos a álcool, e usaram esta experiência para colocar no mercado os bicombustíveis, os franceses tiveram que aprender as características do derivado da cana-de-açúcar, pois conheciam a gasolina, diesel, biodiesel (na Europa, produzido a partir do óleo de "cousa"), motores elétricos e até mesmo realiza pesquisas com propulsores movidos a hidrogênio (carro conceito H2O), mas álcool combustível foi uma invenção 100% brasileira.
O sistema foi desenvolvido em conjunto entre os engenheiros do Centro de Produção de Porto Real e da Robert Bosch do Brasil.
Segundo divulgação da montadora, pesquisas, testes, e todo o processo de implantação, consumiram R$ 40 milhões em investimentos.
E este 206 1.6L 16v Flex, é o carro avaliado no Auto Agora desta semana.
Na versão topo de linha (Feline), oferece freios a disco nas 4 rodas, ABS (opcional), ar- condicionado digital, sensores de chuva e luminosidade, air bags (opcionais), entre outros.
Design arrojado, a frente chama a atenção. A grande grade dianteira colocada na parte inferior, de contornos ovalados, passa a impressão de que o 206 está sorrindo!
Outro detalhe que dá um visual esportivo é a dupla entrada de ar acima do capô, este reto, dois vincos na parte superior. Os faróis são encaixados entre a tampa e os pára-lamas e o Leão, símbolo da marca, está bem ao centro.
A lateral tem lâmpadas repetidoras, vinco que começa na metade do pára-lama dianteiro e termina na lanterna traseira, o borrachão é da mesma cor do veículo.
Já na traseira, as lanternas invadem as laterais, a área envidraçada, segue a linha inclinada da tampa, e abaixo, no centro do pára-choque, a luz de neblina. O acabamento interno é requintado, assentos confortáveis, painel de instrumentos de fácil visualização, e um equipamento fácil de usar: o controle do sistema de som no lado direito do volante.
No console central estão os comando dos vidros elétricos, divididos em dois módulos, próximo a alavanca de mudanças os controles dianteiros e de retrovisores. Um pouco mais acima aparece os controles traseiros, e causa alguma confusão ao condutor, pois é fácil apertar o botão traseiro, pensando que é o dianteiro.
Quanto ao desempenho, o 206 hatch 1.6 Flex, agrada. As relações de trocas das marchas são curtas, tem bom arranque, tanto abastecido com álcool ou gasolina. Suspensão macia, mas é bom tomar cuidado ao ultrapassar valetas e lombadas, para que o espoiler dianteiro não raspe no solo.
Na rodovia desenvolve velocidade de maneira rápida, e não causa susto ao realizar uma ultrapassagem.
Enfim, um ótimo carro para enfrentar as exigências do dia-a-dia de uma grande cidade, mas também ideal para as férias e finais de semana, quando é necessário encarar uma rodovia.
Consumidor aprova
André Luís Yuhara é publicitário. Trafega diariamente pelas ruas e avenidas da cidade e municípios vizinhos para visitar clientes com um Peugeot 206 hatch ano 2004. “Ando rápido, pois o trânsito complicado faz com que esteja sempre atrasado e por isso preciso de um carro com bom desempenho e neste quesito ele é ótimo”, comenta.

Yuhara adquiriu o 206 de um amigo quando estava com 24.000 km rodados. “Antes de comprar fiz pesquisa de preço com carros de mesmo valor, e o que oferecia maior número de equipamentos foi o modelo da Peugeot”, explica.
A versão usada por André é a Presence, intermediária, traz de série sistema de som, ar- condicionado, trio elétrico, “o custo/benefício, comparado a outros modelos realmente é compensador”.
Além destas vantagens o publicitário considera o compacto confortável e bem acabado. Nos dias atuais o 206 preto de André está com 42.000 km rodados, “já realizei troca de peças, com 40.000 km troquei os amortecedores, já que um estourou, a injeção eletrônica passou por limpeza e troca de componentes, pois a marcha lenta apresentava avarias e o miolo da chave também apresentou problemas”, fala ele.
Mas André admite que exige muito do carro, “para cumprir horários em um trânsito caótico sou obrigado a usar uma condução mais agressiva, por isso nem sempre dá para desviar de buracos”, revela.
Para o publicitário, além dos detalhes de acabamento, outro ponto forte do carro é desempenho, “tanto na cidade como na rodovia ele anda forte, não tenho do que reclamar”, completa.
O consumidor interessado no modelo 206 encontra nas concessionárias as versões de 3e 5 portas, Allure (R$ 41.650,00 e R$ 43.100) e o lançado este ano HB Automático (R$ 48.800 5 portas), ambos com propulsor 1.6 Flex. Já as versões Sensation, Presence e Feline são equipadas com propulsor 1.4 Flex.
Ficha técnica
Motor
Número de cilindros: 4
Número de válvulas: 16
Cilindrada: 1587
Potência máxima: Gasolina: 110 cv Álcool: 113 cv, ambos a 5600 rpm
Alimentação Injeção eletrônica - multiponto seqüencial
Torque máximo: Gasolina: 14,2 mkgf, Álcool: 15,5 mkgf, ambos a 4000 rpm Transmissão
Tração Dianteira : Caixa de mudanças Manual (5 frente e 1 ré)
Direção
Mecânica e Hidráulica (opcional)

Suspensões
Dianteira: Rodas independentes, pseudo McPherson, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos integrados.
Traseira: Rodas independentes, amortecedores semi-horizontal, barras de torção transversais, amortecedores hidráulicos.
Freios
Dianteiros: Discos Ventilados
Traseiros: Discos sólidos
Pneus:185/65 R14 (versão Feline)
Peso do veículo em ordem marcha: 1.027 kg (5p)
Porta-malas:
Com banco traseiro rebatido 1.130 litros
Com bancos traseiros em posição normal: 245 litros
Dimensões
Entre-eixos: 2.442 mm
Comprimento: 3832 mm
Largura: 1.652 mm
Altura: 1.432 mm
Capacidade do tanque: 50 litros