quarta-feira, 13 de junho de 2007

Fórmula 1: GP do Canadá

Vai faltar corneta
Quando terminou o GP do Canadá, com a primeira e brilhante vitória de Lewis Hamilton da McLaren, o chefão do time Ron Dennis conseguiu um grande problema.
A imprensa inglesa que já pressionava para que o garoto prodígio fosse alçado a primeiro piloto, agora vai badalar sinos, tocar trombones, trombetas, e todas as cornetas que encontrarem pela frente.

Nos principais periódicos o movimento ganhou força. O The Times o chamou Hamilton de, “rei das pistas e herói britânico”.
Já o Guardian disse que a corrida de Lewis, “entrará para a história como um dos maiores feitos do esporte”. O The Daily Telegraph publicou: “O menino negro, jovem e talentoso, que venceu preconceitos e superou as dificuldades de um esporte exclusivo para ricos”.

E não é para menos, pois o último campeão inglês de Formula 1 foi Damon Hill, e isso aconteceu no longínquo ano de 1.996. Por isso os torcedores de sua majestade que andam carentes de conquistas vêm Hamilton como a chance de tirar da garganta o grito de: é campeão.
Até aí tudo bem, mas o grande problema está no carro ao lado. Como dizer ao atual bicampeão Fernando Alonso, que ele deverá ajudar o estreante a ganhar o titulo?

Um problemasso que Ron Dennis terá que resolver, sem melindrar o restante da equipe, o que pode dividir forças.
E quem será o grande beneficiado, se a McLaren não resolver essas pendengas internas?
O brasileiro Felipe Massa da Ferrari.

Ao contrário da equipe inglesa, os italianos parecem que já decidiram em concentrar forças no brasileiro, apesar do erro cometido no Canadá, que teve como conseqüência sua desclassificação (ele saiu do boxe com o sinal vermelho).
A Ferrari atribuiu o erro às duas partes, ou seja, 50% da equipe e 50% do piloto. Na época de Rubens Barrichello, o culpado seria só de Rubinho.

Deixando, as brigas internas de lado, tecnicamente a McLaren superou a Ferrari, não muito, mas está na frente. Algo que não deve demorar a ser solucionado, pois se há uma equipe com poder de reação, ela é a Ferrari.
Para nós brasileiros, que estamos na seca de um título há muito mais tempo que os britânicos (o último foi em 1.991 com Ayrton Senna), só resta torcer para que os ingleses continuem a pressão, Alonso e Hamilton entrem em conflito, Ron Dennis não encontre uma maneira de apaziguá-los, e que Felipe e a Ferrari não errem mais e desperdicem preciosos pontos.

Rapidinhas
É campeão!
“Lewis já mostrou que sabe lidar com a pressão. Não podemos nos entusiasmar precipitadamente, mas acredito que estamos olhando para o próximo campeão mundial britânico”, afirmou Damon Hill, sobre a vitória do compatriota Hamilton.

Agradeça a Senna
Depois da morte do brasileiro Ayrton Senna, em 1.994 no GP de Monza, os homens que comandam a Formula 1 passaram a exigir das equipes
desenvolvimento de equipamentos de segurança para os pilotos. Graças a estes itens, o polonês Robert Kubica da BMW Sauber, após sofrer um grave acidente, teve como conseqüência apenas uma ‘torção no tornozelo’. Detalhe: saiu andando do hospital, pegou o carro e dirigiu até o hotel. Ele fala em correr no GP dos EUA.

Até parece novato
Alonso abusou do direito de errar no Canadá, deu até para perder a conta de quantas vezes ele foi passear na grama. O espanhol sangue quente ainda não aprendeu a andar na mesma equipe com um piloto que consegue superá-lo. A desculpa do Canadá foi de que “as novas regras do safty car favoreceram Hamilton”.

O que fazer?
Difícil a situação de Rubens Barrichello na Honda. Em seu segundo ano no time japonês, o brasileiro mostra-se totalmente adaptado, e arranca leite de pedra. Mas a equipe insiste em ficar com as pedras. O erro de estratégia fez Rubinho terminar em 12º, após estar em terceiro lugar, em uma corrida com duas desclassificações (Massa e Fisichella), um acidente grave (Robert Kubica), e vários abandonos.

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