sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Avaliação: Idea 1.4 Flex

Lançado na Europa em 2004, o monovolume da Fiat recebeu no Brasil modificações para adaptar-se as necessidades locais e transformou-se em um sucesso de vendas
Texto: Edison Ragassi
Fotos: Valeria Matias
Projetado pelo designer Giorgetto Giugiaro, o Fiat Idea foi concebido na Itália e lançado na Europa no início de 2004.
Não demorou muito -para ser mais preciso, em setembro de 2005-, a novidade chegou ao Brasil. O veículo chama a atenção pelo desenho de linhas arrojadas.
Na dianteira, a grade é cromada e pára-brisa inclinado. A traseira tem as lanternas colocadas na posição vertical e os vincos suaves aparecem na parte superior do pára-choque pintado na cor da carroceria.

Os engenheiros se empenharam para oferecer ao usuário um interior confortável e funcional, tanto que possuí 20 porta-objetos (quatro no teto, dois porta-luvas, vários porta-copos, entre outros).
Tanto motorista, como passageiros são acomodados em posição elevada, e entre as soluções desenvolvidas para conforto estão os assentos traseiros demarcados com encosto de cabeça, mesinha tipo avião, acoplada no
encosto do banco dianteiro do passageiro e assoalho traseiro plano, que proporciona bom espaço para as pernas.
Para empurrar a minivan, o comprador pode escolher entre as duas opções de motorização, ambas bicombustível, 1.4L Flex (80 cv/gasolina e 81 cv/álcool) e 1.8L Flex (112 cv/gasolina e 114 cv/álcool).
Comercializada em duas versões: ELX e HLX, em maio de 2006 a Fiat já colocou à venda o modelo 2007, onde a ELX 1.4 Flex recebeu em sua lista de equipamentos de série barras longitudinais no teto, frisos laterais, maçanetas e retrovisores na cor do veículo e revestimento em preto nas colunas das portas. Já a HLX, topo de linha, traz em sua lista de série ar-condicionado, vidros
laminados nas portas, bancos revestidos em veludo com descansa-braço para o motorista, espelhos retrovisores com ajuste elétrico, painel de instrumentos bicolor, entre outros.
Na lista de opcionais figuram o Skydome (o teto solar elétrico que ocupa 70% da área superior do veículo), viva-voz para celular com tecnologia Bluetooth, CD player com MP3, sensores crepusculares, de chuva e estacionamento.
E ainda no mês de setembro do ano passado, a família cresceu com a chegada da Idea Adventure, uma versão robusta feita para os ‘aventureiros urbanos’.
O sucesso em vendas é confirmado por representantes do mercado independente, pois já existe a procura pelo modelo seminovo.
Segundo Paulo Ferreira, diretor da Auto Vyp, os modelos equipados com motor 1.4L são uma ótima opção para quem procura um veículo com características urbanas, “não é lento como o 1.0L e também
não consome tanto combustível, e no caso do Idea ainda oferece muito espaço”, comenta ele.
Paulo também acredita que o Fiat Idea agrada os consumidores do Classe A, já que o monovolume da Mercedes Benz deixou de ser produzido no Brasil, “o Classe A importado é muito mais caro, assim quem gosta de um veículo alto, espaçoso, ágil na cidade e rápido quando vai para a rodovia, encontra no carro da Fiat uma ótima opção com bom preço”.
Ele também acredita na força da marca Fiat, a qual, “agrada o consumidor, principalmente do sexo feminino, também acho que a partir do próximo ano teremos maior oferta no segmento independente, de um carro que gerará boa lucratividade”, complementa o diretor.
Consumidor aprova
Em novembro de 2005 o comerciário Eduardo Caetano, impulsionado pela necessidade de ter um carro maior, optou pelo Idea. “Nem fiz test-drive, pois conheço os carros fabricados pela Fiat, escolhi a minivan por ser bonita e versátil”, declara.

Passado 10 meses, o veículo enfrentou a primeira revisão, “os itens trocados foram os recomendados no manual”. Mas Caetano passou por um inconveniente, antes da revisão recomendada pela fábrica, “aconteceu um problema na bomba de combustível quando estava com 11.800 km, levei até a concessionária, e lá eles substituíram a peça sem custo”, lembra.
Caetano divide o uso da minivan com a esposa, “ela gosta da altura do carro, regulagens, posição de dirigir, porta-objetos, eu aprovo o desempenho”, explica.
Outra compradora do carro que também aprova os atributos do monovolume da Fiat é a pedagoga Maria Aparecida Marckezini. Ela adquiriu o Idea em abril do ano passado.
A ‘professora Cida’, como é conhecida entre seus alunos, tinha um Palio, o qual passou para o filho. “Eu procurei outros modelos, mas depois que conheci o Idea não saiu da cabeça”, lembra ela.
Por tratar-se de um veículo novo, a pedagoga antes fechar negócio pesquisou, “procurei na Internet informações de usuários, como a maioria das opiniões foram positivas, decidi pela compra”, afirma.
E o que atraiu a consumidora foi o design, “é diferente dos outros modelos existentes no mercado, é lindo e bem funcional”.
Ela também elogia o espaço interno, e a dirigibilidade, pois logo após comprar viajou até Santa Catarina, “a viagem foi tranqüila, ele tem bom desempenho na rodovia”, comenta.

Já no uso diário Maria Aparecida, também aprova, só faz uma ressalva, “quando há um passageiro no banco dianteiro, o retrovisor direito não oferece boa visibilidade”, completa.
O modelo emprestado pela Fiat para esta avaliação do Auto Agora foi o ELX 1.4L Flex topo de linha.
Usa o mesmo motor que equipa o Palio Hatch e Weekend, porém com uma diferença: a perua pesa 1.091 kg, já a Idea tem 1.180 Kg. Apesar do peso ser maior, ele mostrou-se esperto. Arranca rápido, e mantêm o fôlego.
As relações de trocas das marchas são curtas, mas precisas, e a posição de dirigir também agrada, pois o ajuste de banco e encosto é feito de maneira simples.
Acredito que um motorista com estatura menor que 1.80m vai gostar ainda mais, pois a visão é privilegiada.
A calibragem da suspensão também corresponde de maneira positiva, mas exige algum cuidado ao ultrapassar uma lombada, pois o carro pode saltar e causar desconforto aos passageiros.

Na rodovia mantém-se estável mesmo ao enfrentar uma curva mais fechada, e exige troca de marcha quando encara um terreno mais íngreme.
É um carro que agrada, no uso urbano, pois oferece várias opções para transportar cargas, vai da escola para o supermercado ou shopping com muito conforto.
O preço sugerido para venda do modelo básico, cor sólida é de R$ 41.790. Equipado com todos os opcionais chega a R$ 63.796. E para incorporar o teto solar, o interessado no Fiat Idea 1.4 Flex terá que desembolsar R$ 5.331e mais R$ 828 na pintura metálica.
Ficha técnica Fiat Idea 1.4 Flex ELX
Motor
Transversal, dianteiro, 4 cilindros em linha
Cilindrada 1.368 cm³
Taxa de compressão 10,35:1
Potência máxima 80 cv / 5.500 rpm (gasolina) - 81 cv/ 5.500 rpm (álcool)
Torque máximo 12,2 kgm / 2.250 rpm (gasolina ) – 12,4 kgm / 2.250 rpm (álcool )

Nº de válvulas por cilindro 2
Ignição tipo eletrônica digital incorporada ao sistema de injeção com Drive by Wire
Injeção Eletrônica Bosch multiponto seqüencial
Tração dianteira com juntas homocinéticas
Transmissão manual 5 marchas à frente e uma à ré
Sistema de freios
De serviço Hidráulico com comando a pedal. (ABS opcional)
Dianteiro A disco ventilado com pinça flutuante
Traseiro A tambor com sapatas autocentrantes e regulagem automática
Suspensão dianteira
Tipo Mac-Pherson com rodas independentes, braços oscilantes inferiores transversais e barra estabilizadora
Amortecedores Hidráulicos, telescópicos de duplo efeito
Elemento elástico Molas helicoidais
Suspensão traseira
Tipo Com rodas semi-independentes e eixo de torção de seção aberta
Amortecedores Hidráulicos, telescópicos de duplo efeito
Elemento elástico Molas helicoidais
Direção
Tipo Hidráulica com pinhão e cremalheira
Diâmetro mínimo de curva: 10,5 m
Rodas
Aro 5,5 x 14", aço estampado (opc. 6,0 x 15” em liga leve)
Pneus: 175/70 R14 (opc. 195/60 R15)
Peso: 1.180 Kg
Dimensões
Comprimento: 3.931 mm
Largura: 1.698 mm
Altura: 1.680 mm
Distância entre-eixos: 2.511 mm
Altura mínima do solo:150 mm
Compartimento para bagagem: 380 litros/1.500 litros (banco totalmente rebatido)
Tanque de combustível: 48 litros

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

F 1: Ferrari é campeã, mas não merecia

Com cheiro de pizza no ar, os carros da McLaren começaram andando forte no circuito de SPA-Francorchamps. O odor estranho foi lançado pela FIA, isso porque, depois de uma longa reunião, que aconteceu na quinta-feira da semana passada, decidiu tirar todos os pontos do time inglês, por conta do caso de espionagem que envolveu as duas equipes, mas não mexeu com a classificação dos pilotos Hamilton e Alonso, respectivamente líder e vice do mundial.

Na coluna passada, manifestei opinião favorável a punição, por mais injusta que pudesse parecer com Hamilton, para os pilotos também. Não porque beneficiaria Massa, mas porque a lógica é uma só. Se a McLaren foi beneficiada com as informações roubadas da Ferrari, os pilotos também foram, ou eles não integram o time?

Bem, mas estranhamente, a própria Ferrari aprovou a punição e emitiu comunicado onde dizia estar satisfeita! E assim a equipe de Maranello já é a campeã do Mundial de Construtores, na temporada que quebrou em demasia e cometeu erros primários, os quais praticamente tiraram Massa e Raikkonen da briga pelo título de pilotos. Vai entender!

Agora falando da corrida.... Se não fosse o Robert Kubica da BMW/Sauber...
O polonês largou na 15ª posição e andou até um pouco mais do que o carro permitia, para chegar na nona colocação.
No restante, Raikkonen conseguiu manter a ponta na largada, e assim se manteve até o final. Como Massa largou em segundo, dava para prever que ele não tentaria ataque ao companheiro de equipe, a chance de ganhar a corrida seria no abastecimento e troca de pneus. Como não deu, o brasileiro praticamente deu adeus à disputa pelo titulo, ele está com 77 pontos, contra 97 de Hamilton, ou seja, 20 pontos para serem tirados em 3 corridas!!!
Só um milagre para reverter esta situação.

E, apesar da vitória, ficou difícil também para Raikkonen que soma 84 pontos. O finlandês precisa vencer, contar com dobradinha e torcer para que Hamilton, ou Alonso (95) ou os dois, fiquem pelo caminho, o que convenhamos, o retrospecto é desfavorável a esta possibilidade.

Então agora para nos brasileiros resta torcer, para que Massa consiga chegar a frente do finlandês, e assim sobressair-se no time pensando na próxima temporada. Desejar que Rubens Barrichello marque seu 1° ponto e escolher entre Hamilton ou Alonso.
Minha escolha já foi feita, estou com o inglesinho e não abro.

Rapidinhas
Quebra de protocolo
Conhecido como o ‘Ice man- homem de gelo’, o finlandês Kimi Raikkonen dificilmente demonstra emoção, seja na vitória ou na derrota. Domingo na Bélgica, deixou de lado seu estilo, e até zerinho fez com a Ferrari, após vencer o GP. Também bebeu a champanhe antes de jogar nos presentes, e foram vários goles!
Entrada dura
Logo na largada Hamilton foi surpreendido por Alonso, que quase tirou o inglês da corrida. “Para alguém que sempre está reclamando sobre pessoas que fazem manobras desonestas, e querendo ser honesto, e alguém que eu admiro... ele veio e me tirou da pista o máximo que pôde”, falou Hamilton na coletiva.
Futuro a ser definido
Alonso está com as relações desgastadas com todo o time. Foi ele que entregou à FIA os e-mails que trocou com Pedro de la Rosa, os quais falavam sobre os acertos da Ferrari que poderiam ser usados na McLaren. O resultado você já sabe: multa de US$ 100 milhões e os pontos do campeonato de construtores retirados. Dizem que no ano que vem, o espanhol volta para a Renault.

domingo, 16 de setembro de 2007

Especial: Os hatchs contra atacam!

No final de 2005, o mercado brasileiro de automóveis recebeu uma verdadeira invasão de sedãs médios. Esta investida por parte das montadoras era necessária, pois a variedade deste segmento, e até de pequenos e grandes disponíveis eram poucas.
Chegamos a 2007, e a indústria, motivada pelos excelentes resultados em produção e vendas alcançados no ano passado, fez os investimentos para ampliar a família de modelos chegassem aos hatchs pequenos e médios.
E tudo começou em janeiro quando a Ford lançou o Novo Fiesta, já versão 2008 com motor 1.0L e 1.6L, ambos Flex. Aí você pode pensar: mas o Fiesta tem o sedã, também!
Sim, mas não vamos esquecer que a versão mais vendida é a hatch, por isso coloco o compacto Premium da montadora norte-americana entre os hatchs que receberam investimentos.
Em fevereiro, a Fiat mostrou o Novo Palio, com design concebido pelo Centro de Estilo da Itália e o Centro de Design do Brasil. Para empurrar os modelos, os propulsores 1.0L, 1.4L e 1.8L, todos Flex.
No mês de março, outro hatch que ganhou destaque na mídia foi o reestilizado Golf da Volkswagen, produzido em São José dos Pinhais no Paraná. É comercializado com propulsores 1.6 Total Flex, 2.0L gasolina e 1.8L Turbo no modelo GTi.
Já a Peugeot mostrou em abril o 206 Moonlight. A série limitada a 3.600 unidades, incorporou itens até então não disponíveis para o carro como, teto solar de acionamento elétrico. No mês seguinte (maio), outra novidade da montadora francesa que pode ser chamada de tendência de mercado: o compacto 206 HB (Hatchbach), e a versão SW (Station Wagon), receberam transmissão automática.
É para ficar atento, pois até então, não havia este tipo de opção no mercado. Pode ter certeza que caso a ‘Marca do Leão’ tenha êxito nesta empreitada, logo, logo aparece concorrência!

Pelos lados da Ford, depois de sete anos do seu lançamento no mercado brasileiro, o Focus entrou na era do biocombustível com a incorporação do motor RoCam 1.6 Flex, o mesmo usado no Fiesta. Certo que o modelo produzido na Argentina, também tem a versão com carroceria sedã, mas não vamos esquecer que os hatchs ainda têm a preferência do grande público. A incorporação deste propulsor fez muito bem ao Focus, que recuperou fôlego em comercialização. Para comprovar basta prestar atenção nas ruas da cidade, e ver o movimento de Focus hatch com o adesivo ‘Flex’.

No sexto mês do ano, a GM, incorporou ao Corsa e Montana, o motor 1.4 Econo.Flex. Este propulsor foi lançado no Prisma em outubro de 2006. Para equipar a linha Corsa, recebeu algumas alterações, como um coletor de admissão em material plástico (era em alumínio), o que resultou numa redução de 35% no peso. Além disso, ganhou uma nova calibração, que permite a partida do motor em temperatura ambiente de até oito graus Celsius, sem o auxílio da gasolina. E para completar a eficiência do 1.4, utiliza o já conhecido conceito VHC (Very High Compression), que permite seu funcionamento em regime de elevada rotação.

A Nissan também entrou na briga por consumidores de hatchs, e passou a comercializar aqui o Tiida. O carro é fabricado no México e vendido também nos Estados Unidos com o nome de Versa. Aqui cabe uma curiosidade: quem acompanha o seriado Heroes (Universal Chanel), vê o japonês Hiro que tem o poder de se deslocar no tempo, entre o presente, passado e futuro, viajar pelos Estados Unidos a bordo de um Versa.

E ainda, o mais recente modelo da Fiat, o Punto. O carro foi posicionado entre o Palio e o Stilo, é equipado com propulsores 1.4L e 1.8L. Para brigar forte no segmento, a montadora de Betim, também muda este ano o Stilo.

Já a GM, depois de iniciar a guerra dos sedãs, com o lançamento do novo Vectra em outibro de 2005, a montadora de São Caetano do Sul, resolveu entrar nesta nova batalha com ela em curso. Assim lançou neste mês de setembro o Vectra GT. Um hatch equipado com propulsor 2.0L Flex, que ainda tem a versão GT-X.
E para quem pensa que parou por aí, a Renault no último dia 10 setembro, mostrou para a imprensa especializada de todo o mundo o Sandero, e prometeu lançar o carro em dezembro.
O hatch é feito na mesma plataforma do Logan, e terá as opções de motores Hi-Flex 1.0L 16 válvulas e 1.6L 8 ou 16 válvulas.
Na apresentação ficou evidente que chegará para brigar com modelos consagrados como: Fox (VW), Corsa (GM), Punto (Fiat) e C3 (Citroën).
Mas pode seduzir também quem procura o 307 da Peugeot.

Ele mede 4,20 m de comprimento, 1,53 m de altura, 1,75 m de largura e a distância entre-eixos é de 2,59 m. E tem comprimento, de 4,25 m.
Todo este movimento beneficia o consumidor brasileiro, o qual ganha em número de opções, qualidade de produtos, e vários benefícios no pós-vendas.
Agora se você pretende comprar um carro, consulte antes uma mídia especializada (Blog, web site, revista, jornal, programa de TV). Pois assim terá suas dúvidas esclarecidas para realizar um negócio
seguro!

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

F 1: Vai ser no tapetão?

Campeonato manchado, vem aí o tapetão
Decepção para os tifosis, assim pode ser definida a participação da Ferrari no GP da Itália, disputado no mítico circuito de Monza.
O domínio da McLaren já era previsto, deste os testes realizados uma semana antes na mesma pista do GP.
Para a torcida brasileira, ainda foi mais decepcionante, pois Felipe Massa largou bem, conseguiu ultrapassar Hamilton, que deu o troco, mas a primeira volta mostrou que Felipe guiaria com a ‘faca entre os dentes’. E mais uma vez foi traído pelo equipamento.
Abandonou na 10ª volta. Foi chamado para o box pela equipe, pois havia suspeita de que a suspensão traseira não agüentaria o tranco até o final. Repetiria o ocorrido com o carro de Kimi Raikkonen durante os treinos livres da sexta-feira.
Bem, a Ferrari merece perder o titulo!

Qualquer outra equipe pode ter a suspensão do carro quebrado em Monza, menos a Ferrari. Porque Monza é considerado a casa do time italiano. Lá eles sabem que o sistema de suspensão é exigido ao máximo, já que é necessário atacar as zebras o tempo todo.
E mesmo assim não se precaveram?
São estes os detalhes que diferenciam um time vencedor, e a Ferrari provou mais uma vez que está displicente, achava que só a cor vermelha seria o suficiente para ganhar o título de 2007.

Capacidade técnica eles têm, basta lembrar que a McLaren está voando, graças as informações de acerto conseguidas no caso de espionagem que envolve as duas escuderias, e terá desfecho na próxima quinta-feira, no tribunal da FIA.
E aqui também vale comentário.
Não sou a favor de que coisas escusas sejam roladas para debaixo do tapete, mas este caso só voltou às manchetes, porque o Fernando Alonso deu com as línguas nos dentes, para o ex-chefe Flavio Briatore, que não é bobo nem nada, e foi falar com a Ferrari.
Alonso trocou e-mails com o piloto de testes Pedro de la Rosa, com informações de acerto da suspensão para os pneus Bridgestones.

Não vamos esquecer que até o ano passado a McLaren usava Michelin, e conseguiu melhorar o carro com os compostos japoneses, sem conhecê-los bem.
A verdade é que Alonso está incomodado por não ser o centro das atenções dentro do time, e quer uma brecha para sair da McLaren, sem pagar a multa.
Hamilton chegou de maneira arrasadora na categoria, e não teria como passar despercebido. Tanto que o inglês ainda é líder do campeonato, e mostrou que vai dar trabalho, não venderá fácil o titulo, basta ver a sensacional ultrapassagem que fez em cima de Raikkonen na volta 43.

Por isso sou favorável a punição dupla. Caso a FIA resolva tirar os pontos do time de Ron Dennis, deverá tirar também dos pilotos, ou pelo menos do Alonso, que foi conivente com a falcatrua. O espanhol trocou mensagens com o companheiro de testes, e ainda levou os e-mails para FIA. Até onde sei, o fato de desconhecer a Lei, não isenta a culpa. Mas se o tribunal punir os pilotos, Hamilton também sofrerá, e aí não será justo, pois este sim não tem nada a ver com isso.
Seja lá qual for a decisão dos homens que comandam o esporte, um campeonato tão bonito terá o final manchado. E tenho certeza que tanto Massa como Raikkonen, não querem um título decidido, no tapetão!
Rapidinhas

Até o fim!
Ficou difícil, mas não impossível, “Ainda acho que dá. Vou para Spa com a mesma determinação que sempre tive, vou lutar até o fim”. Declaração de Massa, após abandonar o GP da Itália e não marcar pontos. Mas agora, além da McLaren, terá que superar Kimi, que está na frente em número de pontos.
A cereja do bolo
Hamilton continua líder, certo que a diferença para Alonso é de apenas três pontos. Mesmo assim permanece bem humorado. “Raikkonen estava longe de mim quando sai do box, depois de minha última parada. Mas consegui fazer duas voltas bem rápidas e cheguei bem para arriscar uma manobra no final da reta. Apesar de estar meio longe dele, retardei a freada e joguei o carro. Felizmente deu tudo certo. A ultrapassagem foi a cereja do bolo de uma boa corrida”, afirmou o inglês durante a entrevista coletiva.
Entre mortos e feridos...
“Como não pude trabalhar no acerto do carro, por causa do meu acidente no treino de sexta-feira, ele não estava com o equilíbrio perfeito para a corrida. Tive muitos problemas, principalmente na última curva e isto acabou também facilitando a ultrapassagem do Hamilton no final da reta do box. Também estou com o pescoço dolorido por causa da batida e isto atrapalhou um pouco a minha corrida”, explicação de Raikkonen para o apagado desempenho. Mas ele terminou, e faltando 4 corridas para terminar a temporada deve exigir prioridade no time.