quarta-feira, 25 de julho de 2007

F 1: GP da Europa

Se Deus é brasileiro, São Pedro é espanhol!
Sem dúvida nenhuma, o GP da Europa, disputado no último domingo (22/07), foi o mais emocionante da temporada. Muitas ultrapassagens, disputas e lances inusitados, como o do estreante Markus Winkelhock da Spyker liderando a prova. Ele, que praticamente engatinhou no circuito de Nurburgring, largou com pneus para chuva, e se deu muito bem, entrou para a história da categoria.

E se, “Deus é brasileiro”, São Pedro deve ser espanhol, e aproveitou o domingão que o chefão estava descansando, para dar uma ajudinha ao protegido Fernando Alonso.
Não há outra explicação para o que aconteceu na Alemanha. O Santo, que comanda as chuvas e trovões, e também têm as chaves dos portões do céu, enganou a torcia brasileira, pois a água caída no começo da corrida facilitou o brasileiro Felipe Massa, que depois de largar na terceira posição pulou para a liderança.
Há cinco voltas do final, a chuva voltou, obrigou a todos trocar pneus, e Felipe que dava show de pilotagem, teve o rendimento do carro comprometido.
Alonso, que não é bobo nem nada, aproveitou e ultrapassou o brasileiro. Mas o Massinha não vendeu barato a posição, defendeu o quanto pôde. O espanhol atual bicampeão, ainda quis tirar satisfação no final.
Pô Alonso, tá certo que o carro do Massa é vermelho, mas não é por isso que ele vai estender um tapete na hora da ultrapassagem.

Caso fosse ao contrario, o Alonso estenderia a mão e deixaria Massa passar?
A verdade é que Alonso precisa se firmar em um ambiente competitivo, aprender a andar sozinho, sem ser o centro das atenções, como acontecia na Renault.
Ele chegou na McLaren como estrela, mas foi ofuscado pelo Hamilton, também ninguém imaginava que um estreante andasse tão bem, e chegasse a líder a competição.

Bem fez Massa, que não afinou, respondeu na bucha, e deixou o espanhol, como diria minha avó, com ‘cara de tacho’, tanto que depois pediu desculpas.
Alonso, fala menos, e anda mais, pois isso você faz bem, e não espera moleza por parte do Felipe, porque o nosso brasileiro, também quer ser campeão!

A Ferrari precisa definir: quem é o primeiro?
Desde 1996, quando Michael Schumacher estreou no time de Maranello, que a Ferrari está acostumada a centrar suas forças em apenas um piloto para que este seja campeão.
E a história mostra que a equipe vermelha - a única a participar de todas as provas da Fórmula 1-, muito antes da chegada do alemão, em outras oportunidades tentou manter dois pilotos brigando pelo título até o final da temporada e não deu certo.
Pois bem, então agora é a hora dos italianos definirem, quem briga, e quem será o escudeiro, já que faltam apenas 7 provas para o final da temporada.

Esta decisão deve ser a favor do brasileiro Felipe Massa, não só porque está na frente de Kimi Raikkonen na pontuação, mas também por ser o piloto que mais tem a cara da Ferrari.
O finlandês é rápido, e muito gelado, não combina com o sangue quente italiano, não tem a mesma vibração, e ainda, dizem as más línguas que gosta de encher a cara (dá uma olhada na coluna anterior, pois tem uma foto dele se esbaldando com o champagne no pódio http://autoagora.blogspot.com/2007/07/bate-papo.html). O problema é que a Ferrari está cometendo erros bobos, como o de fazer a programação errada no câmbio do carro do brasileiro em Melbourne, ou deixar ele sair com o sinal vermelho no Canadá, o que valeu a desclassificação, e até, difícil de ter como verdade, mas a saída de Massa no último pit na Alemanha quando começou a chover, foi muito rápida, gastou 6 segundos e meio, enquanto Alonso parou por 8 segundos, então fica a pergunta: será que a Ferrari acertou de maneira correta a asa dianteira do carro, para aquelas condições? Provavelmente não, pois o carro de Felipe perdeu muito rendimento, o que custou a vitória.
Ferrari, abre o olho, e se concentra mais na vitória, do Massa, é claro!

Rapidinhas
Brasileiro fica, brasileiro vai...
Os japoneses da Honda renovaram com Rubens Barrichello e Jenson Button para mais uma temporada e também já começaram a desenvolver o carro do ano que vem. Atitude acertada, pois o deste ano não funcionou e colocou o time na berlinda. Estes resultados ruins levaram o brasileiro Gil De Ferran, que desde 2005 atuava como diretor esportivo da equipe, deixou o time. “Estou muito desapontado por deixar a Honda, uma equipe pela qual eu tenho muito respeito e admiração, uma marca com a qual estou associado há mais de dez anos. Minha decisão não foi fácil, mas simplesmente sinto que vim para cumprir um determinado papel dentro da equipe, que não se materializou da forma que eu esperava”, declarou Gil.

Espionagem
Na próxima quinta-feira a FIA dará o veredicto sobre o caso de espionagem que envolve McLaren e Ferrari. Os ingleses podem perder todos os pontos conquistados até aqui, se realmente for confirmado que houve apropriação indevida dos projetos do time de Maranello. Sinceramente? Acredito que a punição vai ser uma multa, e Ron Dennis terá que desembolsar alguns milhares de dólares.

Luto
Felipe Massa e Rubens Barrichello usaram uma faixa preta no braço. Mark Webber e o David Coulthard da Red Bull, colocaram em seus capacetes a bandeira do Brasil sobre um fundo preto. Estas manifestações aconteceram para homenagear as 200 vitimas do vôo JJ 3054 da Tam.

News

Vectra GT
Divulgadas as primeiras imagens do Vectra GT. O hatch está previsto para chegar ao mercado em setembro deste ano. Voltado para o público classe A, a expectativa da montadora de São Caetano do Sul é de comercializar 15 mil unidades do modelo por ano. “Nosso novo modelo se situará na categoria dos modelos ‘Premium’ e tem como objetivo oferecer ao consumidor o que existe de melhor no que diz respeito à tecnologia automotiva mundial”, falou Ray Young, presidente da empresa no Brasil e Mercosul.
Os engenheiros da marca procuraram imprimir ao GT design com linhas
arrojadas e modernas, para agradar quem gosta de esportivos.O veículo será produzido na fábrica de São Caetano do Sul (SP), exclusivamente na configuração hatchback de quatro portas e será equipado com propulsor quatro cilindros “Flexpower”, de oito válvulas e 2.0 litros de capacidade volumétrica.

Cuidado com o laptop
Atenção jornalistas, executivos, estudantes, profissionais de vendas, enfim, aqueles que precisam transportar laptop. A mochila não esconde dos ladrões o equipamento. Isso porque os gatunos, já notaram que executivos com terno e gravata não combinam com mochilas sempre bem despojadas, ou seja, alguma coisa de valor tem lá. Para transportar o laptop, sem causar suspeitas, uma sacola de plástico é o recomendado. Estas e outras dicas você encontra no Blog da Casa da Notícia, que, aliás, ficou muito legal, parabéns para o Marcos, Nereu e todos da Casa. É só conferir no link: http://www.casadanoticia.zip.net/

Ka São Paulo, ganha o Brasil
O Ka SP, versão criada inicialmente para venda apenas no estado de São Paulo, fez tanto sucesso que a Ford resolveu estender o novo catálogo do veículo, com as mesmas características, para todo o País. Lançado em setembro do ano passado, o Ka SP, segundo a montadora, foi o principal responsável pelo grande
crescimento nas vendas da linha desde então. Por aproximadamente R$1.000,00 a menos no preço de lista, quando comparado com o catálogo básico da versão GL, o cliente leva vidros e travas elétricas, ele também vem equipado de série com: pára-choques pintados na cor do veículo, antena no teto, preparação para som, aquecedor, limpador, lavador e desembaçador do vidro traseiro, cintos de segurança dianteiros com regulagem de altura, espelhos retrovisores com controle manual interno, jogo de chave/cilindro antifurto, luz de cortesia no teto, painéis de porta com acabamento em tecido e vidros verdes escurecidos. Além disso, é o único do segmento a contar com banco traseiro bipartido, janelas traseiras basculantes e embreagem com acionamento hidráulico.
USP promove curso para jornalista do setor automotivo
Entre os dias 13 e 16 de agosto, o Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA/USP promoverá o curso “Jornalismo Especializado em Automobilismo” para estudantes, jornalistas e profissionais de demais áreas. A iniciativa tem como objetivos revelar as técnicas da cobertura da imprensa automotiva no Brasil e investigar as formas de mitificação dos heróis do automobilismo nacional na mídia, além de colher depoimentos de jornalistas especializados na área. A inscrição é gratuita e poderá ser realizada entre 01 e 10 de agosto, das 9h à 16h, no Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA. O prédio fica na Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443 – Cidade Universitária. Para a inscrição, é necessária uma cópia do RG, além de MTB, diploma de graduação ou registro profissional, ou atestado de matrícula para alunos de graduação. Mais informações: 3091-4058, com Paulo ou Tânia.
Deu no New York Times
Quem freqüenta os autódromos do Brasil, conhece o Dinho Leme como assessor de imprensa da F-Truck. O que pouca gente sabia é que o moço- definido pelo irmão Reginaldo Leme como “o
último ripie velho brasileiro”-, também participou, no final dos anos 60 e começo dos 70, de uma das épocas mais criativas da musica nacional, como baterista dos Mutantes. Nessa onda de reviver as coisas boas, o grupo retornou, sem Rita Lee e com Zélia Duncan nos vocais e caiu na estrada. Resultado: ganhou matéria especial no Fantástico, muitas apresentações, e foi destaque no New York Times. É só conferir no link: http://topics.nytimes.com/top/reference/timestopics/people/r/larry_rohter/index.html?inline=nyt-per

Especial: O futuro da sonorização automotiva

Recebi release da Opção Assessoria, o qual fala sobre o futuro da sonorização automotiva.
É muito interessante. Leia, pois publiquei na integra.

Conectividade, o futuro dos aparelhos de áudio automotivos
Hoje em dia a palavra conectividade esta em alta. “Esse termo entrou na moda com a chegada dos computadores. Normalmente define-se conectividade como a capacidade de comunicação dos dispositivos de hardware ou software com outros hardwares ou softwares”, afirma o supervisor de vendas da Clarion, Eduardo Hirai. O termo já era muito conhecido nos setores de tecnologias pesadas como aviação e navegação. Este setor tem uma demanda por tecnologias top de linha e geralmente servem de protótipo para o aperfeiçoamento e usabilidade de tais elementos.

Com o desenvolvimento de tecnologia e barateamento dos custos finais a conectividade atingiu o seguimento automotivo. Primeiramente no mercado dos carros de luxo de países de primeiro mundo onde podemos observar o funcionamento e a integração entre aparelhos gerenciados pelo aparelho de som, que não se limita mais a apenas receber ondas de rádio, ou reproduzir alguma mídia. Até seu nome tem recebido variações, na Europa e nos EUA os “Cds – Players” ganharam o nome de estação multimídia, devido ao acúmulo de funções e realizações desses aparelhos.

As estações multimídias têm sido cada vez mais comuns e através delas é possível comandar sistemas de navegação, ouvir e assistir clipes de música que estão armazenados em iPods e celulares dotados de tecnologia Bluetooth. E não para por ai, com este recurso é possível transformar o aparelho de som em viva-voz, transportando informações da agenda do telefone, fazendo e recebendo ligações. “A conectividade através do áudio se espalhou mais facilmente, pois a taxa de dados transferidos é menor do que quando se tenta transferir imagens ou vídeo”, explica Hirai.

Nos últimos anos, o mercado de aparelhos de som no Brasil, tem se adaptado às novas exigências mundiais e a conectividade dos modelos é um dos principais pontos procurados pelos consumidores. “As pessoas buscam meios para unir em um único produto diversas funções necessárias para seu conforto e sua agilidade no dia-a-dia” afirma o técnico.

Graças a esta exigência, a conectividade deixou de ser exclusividade de carros de luxo e atualmente existem no mercado aparelhos que podem ser instalados em qualquer carro e que além de possuírem estes recursos, podem agregar muitos outros. Estes aparelhos possuem além da tecnologia Bluetooth, leitores de mídias eletrônicas, como, pendrives, SD cards e muitas vezes tornam obsoleto o mecanismo de leitura de CD, isso mesmo que você leu !! Com a conectividade os mecanismos de leitura de cds se tornam inúteis já que a transmissão da música ou da voz é feita através da transferência de dados.

A substituição dos sistemas atuais por mais avançados tornou-se uma exigência de mercado. “Os equipamentos de áudio influenciam na decisão do consumidor na hora da escolha do automóvel e isso exige especialização e investimento em novas tecnologias para atender adequadamente as montadoras”, alerta Eduardo Hirai.

Uma nova geração de aparelhos está para tomar o mercado, e, somado a este fato surge também a necessidade de especialização de mão de obra e adaptação às novas tecnologias. O mercado brasileiro está entre os mais disputados pelas empresas de car áudio devido a basicamente dois fatores: Primeiro pelo seu tamanho, a frota brasileira atingiu 25,6 milhões de carros no ano de 2006 segundo dados do Sindipeças. O segundo motivo é a paixão dos brasileiros por automóvel, que pode soar piegas, mas os investidores apostam na paixão como moeda de valor no Brasil
.

sábado, 21 de julho de 2007

Avaliação: Pathfinder

Nissan Pathfinder 4.0 LE
Primeiro utilitário esportivo de luxo a desembarcar no Brasil, esta na quarta geração esbanjado espaço, desempenho e conforto
Texto: Edison Ragassi
Fotos: Valéria Matias
Em agosto de 2005, a Nissan iniciou a comercialização da terceira geração de seu veículo mais conhecido do público brasileiro a Pathfinder (do inglês desbravador de caminhos).
Mas a história deste SUV começou em 1.993, quando as primeiras unidades desembarcaram em terras tupiniquins e inauguraram o segmento dos modernos utilitários esportivos de luxo. Na época o veículo versão diesel com câmbio manual de cinco marchas era chamado de ‘jipão de luxo’. O consumidor aprovou, já que em menos de três anos, vendeu mais de 1.400 unidades, e segundo a montadora, 35% das quais equipadas com tração nas quatro rodas.
Três anos depois, em outubro de 1.996, a linha renovada foi apresentada no Salão do Automóvel, equipada com propulsor V6 3.3 de 170 cv a gasolina, transmissão automática de quatro velocidades e tração integral. A carroceria assentada em monobloco, por um sistema chamado de Monoframe, em que as longarinas são soldadas na própria carroceria para obter resistência à torção cerca de três vezes maior que a de um monobloco convencional. Nas versões que viriam a seguir, a engenharia passou a utilizar na montagem um sistema de solda com colagem em 4.200 pontos da carroceria, solução que eliminou os rangidos da estrutura.
Nesta Pathfinder 1.996, a roda sobressalente saiu da tampa do porta-malas e foi alojada no assoalho, sob o compartimento de bagagens. Ainda foi incorporado o sistema eletrônico para regular a carga dos amortecedores com uma tecla, e a suspensão torna-se mais rígida ou macia de acordo com a necessidade do usuário.
Em 1.999, os designers da marca japonesa mudaram o visual, pois os pára-choques ganharam volume, e os faróis maior área. A grade ficou mais destacada, compondo conjunto com os vincos da tampa do motor. As rodas, antes de 15 polegadas, passaram a ser de 16 polegadas. No interior, ar condicionado com regulagem de temperatura de meio em meio grau e visor digital com termômetro e bússola.
Já no ano de 2002, recebeu um coração mais forte e potente, o novo motor V6 3.5 litros, potência de 243 cv e 36,6 kgfm de torque.
A versão cedida para esta avaliação do Auto Agora foi a LE 4.0, lançada no Salão de Detroit em 2004.
Por tratar-se de um modelo mundial da marca, foi projetado e desenvolvido por técnicos de todo o mundo. Ele é fabricado em Barcelona, na Espanha, de onde vêm as unidades vendidas no Brasil.
Com formas arredondadas, a parte dianteira tem grade vazada por uma tela e sustentada por dois eixos em forma de V, em que se destaca o logotipo
circular da Nissan. Os faróis acoplados aos pára-lamas com frisos cromados combinam com a grade. O pára-choque dianteiro é grande e na parte inferior estão colocadas as luzes de neblina. Sob a lâmina principal do pára-choque, uma grande entrada de ar, que além de reforçar o visual robusto, contribui para o arrefecimento do motor e freios dianteiros.
Nas laterais, as portas são grandes e com bom ângulo de abertura, a porta traseira tem as maçanetas embutidas na moldura.
Na traseira, as lanternas são verticais e a tampa do porta-malas, pode ser
aberta integralmente para cima, ou parcialmente pela vigia basculante. A maçaneta está colocada no suporte da placa e responde com apenas um toque. A tampa ligeiramente recuada, faz com que o pára-choque forme um degrau revestido em borracha.
Quem gosta de um veículo grande e funcional vai se impressionar com esta Pathfinder. Em relação a geração anterior, ela cresceu 100 mm no comprimento (agora tem 4.740 mm), 30 mm na largura (1.850 mm), e 140 mm na altura (1.865 mm, considerando-se as rodas de 17 polegadas e a lâmina do bagageiro do teto) e mais 150 mm na distância entre-eixos (agora são 2.850 mm).

Graças a essas dimensões os passageiros e compartimento de bagagem ganharam mais espaço e ainda a instalação de uma terceira fileira de bancos e vários porta-objetos.
Os comandos dos vidros e portas estão colocados no descansa braço, e ao lado, abaixo na mesma peça, controle da memória, pois o usuário pode programar até duas posições de regulagem do assento e encosto. Quando necessário é só apertar o botão que o ajuste é feito automaticamente.
O painel de instrumentos é formado por dois grandes relógios, o
velocímetro tem um visor digital, que mostra posição do câmbio automático (P, R, N, D ou 1, 2, 3, 4 e 5), hodômetro parcial e total, cronômetro, consumo médio, temperatura externa e no conta-giros aparece de forma digital o posicionamento da tração.
No volante de três raios estão os comandos do sistema de som, piloto automático e ainda a bolsa inflável. A haste lateral da esquerda comanda a iluminação e da direita, os limpadores de pára-brisa.
Ao centro do painel, o sistema de som com rádio e CD player que recebe
seis discos. Abaixo, o ar-condicionado digital o qual pode ter a temperatura ajustada de meio em meio grau. Os comandado são feitos por três grandes botões, e outros dois menores para acionar as saídas independentes dos bancos traseiros, os dutos são separados para motorista e carona.
O acionamento do sistema de tração integral All Mode é posicionado no console, junto com as teclas de aquecimento dos bancos dianteiros e da tecla que desativa o sistema de controle de tração.
Os bancos dianteiros são regulados em distância, altura e inclinação do encosto por comandos elétricos e o encosto do motorista tem alavanca para o suporte lombar.

Quando a chave é retirada da ignição, o banco do motorista recua alguns centímetros para facilitar a saída. O retrovisor interno tem comutador para o modo anti-reflexo e bússola digital integrada. Os espelhos externos podem ser aquecidos para evitar embaçamento e vêm com camada anti-ofuscamento.
Todas as versões são equipadas com teto solar de acionamento elétrico em quatro direções, bancos forrados com dois tipos de couro (liso e perfurado), sempre na cor preta, laterais das portas em couro liso e assoalho acarpetado.
Dirigir a Pathfinder é muito prazeroso, principalmente em uma cidade com o trânsito carregado como o de São Paulo.
Em condições de uso normal e velocidade media de 60 km/h, a sensação é de que o carro está parado.
A transmissão automática desempenha bem seu o papel, mesmo quando exigida em um arranque rápido, o que também surpreende pelo tamanho e peso do veículo. As mudanças seqüências feitas manualmente são interessantes para quem quer ter a sensação de maior controle do veículo. É gostosa de dirigir, principalmente ao entrar em uma rodovia quando é necessário e fazer o jipão ganhar velocidade gradativamente.
Carro grande exige cuidado na hora de estacionar, ou realizar manobras, mas na Pathfinder o ângulo de visão oferecido pelos retrovisores externos é muito bom, o que torna simples realizar estas manobras.
Não há preocupações com espaço ou desconforto
para os passageiros dos assentos traseiros, e eles ainda desfrutam das vantagens de regular o sistema de ar-condicionado com as saídas no teto, dá até para fazer uma rápida refeição, pois o encosto do assento central ao ser rebatido transforma-se em uma mesa.
Feita para todo o terreno, no uso urbano o botão seletor permanece em 2WD, quando ela é tracionada pelas rodas traseiras. No fora de estrada é possível contar com as opções: Auto, High e Low. O ângulo de ataque é de 33 graus e de saída de 26 graus e 254 mm de altura livre do solo, as rodas de 17 polegadas são calçadas com pneus 255/65 R17, para uso misto, ou seja, asfalto e terra.
A Nissan Pathfinder é tão confortável que quem dirige parece estar num sedã e sem solavancos.
Quem também está admirado com as qualidades e desempenho do SUV da Nissan, é o estudante Marcelo Rivaben.

Ele estuda em São Paulo, mas tem a família em Ribeirão Preto, o que o faz transpor os 600 km entre a capital e interior quase que semanalmente.
Marcelo adquiriu a versão LE na Concessionária Caltabiano, onde instalava um subwoofer em seu carro quando atendeu nossa reportagem. “Eu gostei do sistema de som e acústica do carro, mas instalei o subwoofer para ficar ainda melhor”, explica o estudante.
Ele fala que há três anos teve um Xterra (outro modelo utilitário da marca, porém fabricado no Brasil), “o Xterra é um veículo muito bom, gostei dos detalhes de acabamento e o conforto para dirigir, mas como viajo muito o motor diesel não satisfazia minhas necessidades”.
Após o Xterra, ainda teve um sedã esportivo e depois optou pela Pathfinder LE 4.0, e ele fala sobre os motivos que o levaram a compra: “o motor é um ‘canhão’, tem muito espaço, e o visual é bem esportivo, os cromados da grade são muito bonitos”.
Por usar o SUV com freqüência em rodovias elogia a segurança oferecida, “ele é estável nas curvas, imponente em ultrapassagens, não balança, pelo tamanho a segurança oferecida é absurda”, afirma o usuário.
Com estatura de 1,90m sente-se confortável no posicionamento para dirigir e para fazer manobras, “os retrovisores não tem ponto cego, a visibilidade é total”, declara o estudante.
Mas para não ter maiores problemas Marcelo instalou sensores de estacionamento, o que só vem a melhorar as condições de uso.
A Nissan Pathfinder LE 4.0 gasolina tem preço sugerido de R$ 183.720, o interessado no modelo ainda pode optar pela versão equipada com propulsor movido a diesel (R$ 188.240). Os principais concorrentes comercializados no país são: Pajero Full, Land Cruiser e Gran Cherokee.
Ficha técnica
Nissan Pathfinder 4.0 LE
Motor: Dianteiro, transversal, seis cilidros em V DOHC
Cilindrada: 3.954 cm³
Potência: 266 cv a 5.600 rpm

Torque: 39,3 kgfm a 4.000 rpm
Taxa de compressão 9,7:1
Direção: Pinhão e cremalheria , hidráulica
Transmissão: Automática seqüencial de cinco marchas
Tração: All-mode 4WD com reduzida
Suspensão Independente, com braço triangular, mola helicoidal sobre o amortecedor na dianteira e independente, Mult-Link com mola helicoidal na traseira
Rodas: 17 polegadas em liga leve
Pneus: 255/65 R17
Comprimento: 4,74 m
Largura: 1,85 m
Altura: 1,86 m
Entre-eixos: 2,85 m
Ângulo de ataque e de saída 33º e 26º
Peso: 2.190 kg
Freios Disco ventilado na dianteira e na traseira com freio de estacionamento a tambor
Tanque: 80 L

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Bate-papo

Bons ventos!
Em todos os setores do segmento de veículos, os ventos sopram a favor, para o lado da produção e vendas.
Então vamos recordar alguns resultados divulgados esta semana:
Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores): previsão de produzir 2,87 milhões de unidades até o final deste ano.
Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores): previsão de 2.159.875 carros e comerciais vendidos, crescimento de 17%, ao somar as motos, o total chega a 3.861.146.
Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), previsão de produzir 1.502.000 unidades.

A indústria não perde tempo, e aproveita para seduzir o consumidor com lançamentos e promoções. No último mês, por exemplo, chegaram vários modelos: Linha Corsa 1.4 Econo.Flex, Renault Logan, Mitsubishi TR 4 Flex, o fora de estrada Outlander, C4 Pallas, Ford Currier Flex e Fiesta Trail.
Também tivemos a confirmação, por parte da Nissan, que o hatch Tiida (carro usado pelo japonês Hiro que viaja pelo tempo no seriado Heroes) vem mesmo para o Brasil.
A GM já confirmou o novo Omega e Vectra Hatch, e pode ter certeza que até o final do ano muitas novidades entraram no mercado.
Assim todos os envolvidos nesta cadeia estão com o sorriso aberto, pois acreditam que vivemos um período muito farto, e o que é melhor, sustentado, e não uma ‘bolha de consumo’.

Concorrência acirrada, vários modelos no mercado, muitas opções de pagamento, prazos esticados, incentivam o consumidor a comprar, e assim a engrenagem gira, mesmo com as notícias que chegam diariamente de Brasília.
O empresariado aprendeu a conviver com estas crises políticas, e elas, pelo menos até agora, não influenciaram em novos investimentos.
Por isso vamos aproveitar e continuar navegando para frente, com os bons ventos soprando. Caso, neste mar apareçam outras vacas e bois super faturados, desviamos!

sexta-feira, 6 de julho de 2007

F 1 GP da Inglaterra

Show de Massa
E o GP da Inglaterra foi, até aqui, a melhor corrida da temporada!
Não tivemos a vitória de Felipe Massa, mas o brasileiro deu show de pilotagem, ao largar do box e terminar na quinta colocação.
A Ferrari de Kimi Raikkonen, foi superada nos treinos classificatórios pela McLaren de Hamilton, e Alonso colocou-se a frente de Massa. Mas logo após a volta de apresentação e aquecimento dos pneus, o motor do carro do brasileiro apagou.

Massa sabia que precisava marcar pontos, e pilotou no limite, ultrapassou nada mais nada menos que 11 adversários na pista e 4 nas paradas de box.
Na melhor das disputas, bateu rodas com o experiente David Coulthard (Red Bull), onde andaram lado-a-lado, até que Massa levou a melhor.
Infelizmente, todo este show, não foi o suficiente para que o brasileiro terminasse pelo menos empatado em número de pontos com o companheiro Kimi Raikkonen, que está com 1 ponto à frente na tabela de classificação (52 a 51).

A Ferrari continua a apoiar o brasileiro, tanto que logo depois da largada, apressou-se em declarar que o fato do motor apagar, não foi culpa do piloto.
O problema é que os dirigentes terão que optar entre um e outro, pois já é histórico, desde os primórdios da Fórmula 1, o time de Maranello não sabe manter dois pilotos brigando pelo titulo. Na atual situação, Kimi leva a melhor, e já tem três vitórias, contra duas de Felipe.

Massa permanece confiante, Alonso por sua vez tenta pressionar, ao declarar que é nítida a preferência pelo finlandês. O brasileiro rebate, dizendo que não, já que o carro andou bem. Se olharmos para o passado, a declaração tem sentido. Lembra que Schumacher ganhava tudo, e quando acontecia uma quebra era no carro do Rubinho?
Dia 22 será o GP da Alemanha, e Massa precisa vencer, terá que superar todos os seus limites, e andar ainda mais forte do que fez na Inglaterra, mesmo que largue na pole, ele não pode deixar Kimi abrir mais vantagem, para não comprometer a disputa pelo campeonato.

Bom, agora você deve perguntar, o quê aconteceu com Hamilton, ele amarelou?
Não! O inglês foi muito esperto. Largou na pole, mas sabia que o resultado foi possível só porque tinha o carro mais leve, ele fez o certo, não comprometeu o equipamento chegou na terceira posição e manteve a liderança no campeonato. Errou no pitstop, mas nada que comprometesse o conjunto da obra.
Olho nele, esperto desse jeito, o menino prodígio vai acabar deixando todo mundo pra trás e será campeão nesta temporada.

Rapidinhas
Falta confiabilidade
“O problema de hoje, ou outros que apareceram comigo e com Kimi durante a temporada é que nos deixam fora da briga pelo campeonato”, declaração de Felipe Massa, logo após o GP da Inglaterra. O piloto cobra mais resistência dos carros vermelhos. Seria este um dos efeitos colaterais provocados pela saída de Ross Brown?
“Eu quero ganhar o Mundial”
Alonso tenta de todas as maneiras minimizar a desvantagem para o companheiro e estreante Lewis Hamilton. Na Inglaterra comemorou porque, “reduzi dois pontos em relação a meu companheiro de equipe, e isso é o que me importa, eu quero é ganhar o Mundial”.
Morreu na praia
Carro ruim, mas mesmo assim, Rubens Barrichello faz o Honda andar. Largou na 14ª posição e terminou em 9º, à frente de Jenson Button o 10°. Mais uma vez Rubinho esteve a poucos metros de marcar seu primeiro ponto na temporada. Será que ele vem, ainda este ano?
Desiludido, mas ainda líder
Lewis Hamilton carregou uma multidão para Silverstone. Fez a pole, deixou o torcedor com água na boca, e só terminou em terceiro. “Obviamente não é o melhor resultado, largando em primeiro, eu estava confiante em um resultado melhor. Todavia, cheguei ao primeiro GP de casa e ainda consegui um pódio apesar das dificuldades sentidas no segundo e terceiro trecho da prova. Tenho que olhar para o lado positivo, mesmo assim tenho nove pódios consecutivos, e não sei se alguma vez isso foi feito, e estou muito satisfeito”. É bom lembrar que Ayrton Senna estreou na F 1 em 1984 e só venceu o primeiro GP do Brasil em 1991. Lewis permanece líder com 70, contra 58 de Alonso.

News

Marcado o Congresso SAE Brasil
De 28 a 30 de novembro, acontece o Congresso SAE BRASIL 2007 (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade). O evento terá a apresentação de 18 fóruns de debates, organizados pelos comitês Aeroespacial, Atividades Acadêmicas, Caminhões e Ônibus, Eventos Especiais, Ferroviário, Manufatura, Máquinas Agrícolas e de Construção, Tecnologia da Informação e Veículos de Passeio. Haverá, ainda, apresentação de aproximadamente 170 artigos técnicos e a Mostra de Engenharia, com mais de 100 estandes, distribuídos em 8 mil m² de área, onde as indústrias brasileira e internacional exibem a tecnologia da mobilidade.
Novos caminhões Ford
A Ford Caminhões comemora 50 de atividades no Brasil, e para iniciar os festejos lançou esta semana os modelos Cargo 712 (segmento leve), 4532 e MaxTon (segmento de pesados). Entre janeiro a
maio de 2007, as vendas de caminhões no Brasil cresceram 25,6% em comparação com o ano passado. A Ford cresceu 36,5% no total, o que aumentou a sua participação no mercado para 21,1%. No segmento dos leves a marca cresceu 26%, no total sua participação é de 31%.
Especializado em off road
Dia destes (em um encontro de ‘exs integrantes da lendária Brasil 2000 dos anos 90’), conheci o José Roberto Elias Júnior. E ele tem um site muito legal chamado: www.carroeaventura.com.br
O detalhe interessante, é que foi desenvolvido para comercialização e consultoria em veículos off road (picapes, jipes, 4x4 e SUV). Em tempos de segmentação, a iniciativa é muito criativa, vale conferir, e quem gosta deste tipo de veículo, com certeza vai encontrar ótimas opções.
Alarme exclusivo para o Logan
A PST Electronics acaba de lançar o alarme exclusivo para o novo Renault Logan. O produto, que é oferecido como parte das opções de Peças
Originais das concessionárias Renault em todo o País, foi desenvolvido em parceria com a montadora francesa. Como o dispositivo foi criado especificamente para o modelo, segundo a fabricante, a instalação é muito mais rápida, sem a necessidade de adaptação de componentes, como os chicotes.
Novidade no Web Motors
O portal Web Motors acaba de lançar o “Vídeo Vendas”. Esta ferramenta permite a interação entre o comprador e as lojas as quais pretende fechar negocio. Agora, além das fotos que ficam disponibilizadas no site, com o Vídeo Vendas o interessado em adquirir o carro anunciado pode conversar com atendente da loja, ou concessionária, e conhecer em tempo real os detalhes a respeito do veículo. Para usar o recurso, basta ter em seu computador uma câmera de vídeo e um microfone. Detalhes do serviço estão no www.webmotors.com.br

terça-feira, 3 de julho de 2007

F1: A Ferrari reagiu, e Kimi venceu!

Reação vermelha, e Kimi leva a melhor
Bem, como já havia advertido nesta coluna: “Kimi Raikkonen é um piloto perigoso, e não está morto”. Infelizmente para nós brasileiros, esta afirmativa foi confirmada na França. E Felipe Massa que até a segunda parada para troca de pneus e abastecimento tinha sido perfeito, deixou o companheiro finlandês de Ferrari ultrapassá-lo e vencer a prova.

Assim, vimos um Massa, sem graça, recebendo o troféu, e mais sem graça ainda na entrevista coletiva. Mas -deixando o patriotismo de lado-, para o campeonato o resultado foi excelente, e apesar do garoto prodígio da McLaren, Lewis Hamilton, ter chegado em terceiro, e manter 14 pontos de vantagem sobre o companheiro Fernando Alonso, posso afirmar que o campeonato está aberto, não há favorito, e qualquer um dos 4 primeiros (Hamilton, Alonso, Massa e Raikkonen) têm condições de faturar o título.

Isso porque -depois do fiasco no Canadá e Estados Unidos-, a Ferrari reagiu e não deu bola pra concorrência, e foi com requintes de crueldade. Dominou treinos e corrida, e faz dobradinha no podium.
Mas não pense que a McLaren vai deixar barato, pode acreditar que o time inglês quer fazer bonito na próxima semana em Silverstone, e de preferência, levar o nativo Lewis Hamilton à vitória. Bom pra torcida, carente de ídolos, e este eventual triunfo, calaria de vez o espanhol, e daria argumentos para o chefão Ron Dennis convencer o atual campeão a deixar o sonho do tri para o próximo ano.

Por outro lado, Massa e Raikkonen, não querem deixar a peteca cair, e aproveitar os bons fluidos da vitória na França e desembarcam na Inglaterra com a ‘faca entre os dentes’, para não deixar o sorriso aparecer no semblante sisudo dos ingleses.
Ainda levamos em conta que os pilotos de todas as equipes correm em casa, pois participaram da F 3 inglesa (categoria escola para quem almeja chegar a F 1), assim é ‘elementar meu caro leitor’, deduzir que surpresas devem acontecer.
Enfim, quem gosta de acompanhar a maior categoria do automobilismo mundial, tem que assistir o GP da Inglaterra.

Ah, sim, você deve estar pensando, mas com esta vitória, Raikkonen é o primeiro na Ferrari? Na minha opinião, não!
Massa é o preferido, mas o finlandês estava com a alto-estima muito abalada, precisava do triunfo para voltar a ser competitivo, e ajudar o time a recuperar preciosos pontos para, no final, conquistar também o campeonato de construtores. A diferença hoje é de 25 pontos (114 McLaren e 89 Ferrari), e precisa ser superada. Para que isso aconteça, os dois terão que se esforçar, muito e sem ressentimentos.
Rapidinhas
Pneus, pneus, pneus...
Até aqui, apesar de amargar resultados ruins, Rubens Barrichello, esteve à frente do companheiro de Honda Jenson Button. O primeiro jogo de pneus ruim, fez o brasileiro terminar na França em 11°, e o inglês em oitavo. Ele conquistou o primeiro ponto do time na temporada.
“Não era o que eu esperava”
“Acho que não é um resultado ruim, mas não é o que eu esperava. O carro estava perfeito e o trabalho da equipe foi sensacional. Disso eu não posso reclamar”. Declaração, sem graça, de Felipe Massa, sobre o segundo lugar na França, depois de liderar boa parte da prova.
Entre mortos e feridos...
Não dava para fazer muita coisa. Carro que não ajuda a ultrapassar, e ainda largando em 10°, por não ter participado da última fase classificatória, pois o McLaren número 1 apresentou problemas no câmbio, a sétima posição foi comemorada como se fosse uma vitória por Alonso. “Eu sabia que não poderia fazer melhor do que isso. Largar em décimo e com menos combustível me fez brigar muito por ultrapassagens, o que é difícil aqui em Magny-Cours, e esses dois pontos serão importantes no final da temporada”.
Ninguém segura o polonês
Após o acidente no Canadá (o piloto bateu a 250 km/h), Robert Kubica, da BMW, voltou com a corda toda. Terminou a prova em Magny-Cours, na quarta posição e ainda bateu rodas com Alonso que fazia prova de recuperação, “sinto-me 100% física e mentalmente”, afirmou no final da prova. Alguém duvida que ele falou a verdade?

Avaliação: EcoSport 1.6 Flex FreeStyle

EcoSport 1.6 Flex
Fabricado em Camaçari o EcoSport 1.6 trocou o motor em março de 2005, saiu o só gasolina e entrou o equipado com a tecnologia Flex, o que deixou o SUV mais rápido e potente
Texto: Edison Ragassi
Fotos: Alexandre Andrade
Lançado em 2003, o EcoSport produzido no complexo industrial de Camaçari (BA) chegou ao mercado nacional com a proposta de ser um veículo utilitário esportivo (SUV). Aquele que durante a semana é usado nos afazeres de trabalho, leva as crianças para escola, vai ao supermercado, atravessa trânsito congestionado, e aos finais de semana, aventura-se por trilhas e estradas em direção a sítios e chácaras.
Na época da apresentação era oferecido com motorização 1.0L Supercharger, 1.6L gasolina e 2.0L Duratec.
No ano seguinte a montadora incorporou ao modelo mais potente a tração nas quatro rodas 4WD, a qual é acionada com um toque no botão alojado no painel.
Em março de 2005, saiu o propulsor 1.6 gasolina e entrou o RoCam 1.6L Flex, igual ao usado nos
irmãos de plataforma, Novo Fiesta Hatch e Sedan e que é abastecido com álcool, gasolina e a mistura dos dois em qualquer proporção.
Esta modificação deu fôlego novo ao jipe, pois o antigo motor oferecia 98 cv e o atual chega a 111 cv, ao usar álcool, e 105 cv, rodando com 100% gasolina.
Na prática, o EcoSport 1.6L ficou muito bom de acelerar. O RoCam tem arranque lento, a relação de trocas de marcha é mais longa entre a primeira e a segunda, e mais curta de terceira a quinta. Ele responde bem nas ultrapassagens, embala rápido, mas sofre quando o arranque acontece em uma subida, demora um pouco até ganhar fôlego.
A área envidraçada proporciona boa visibilidade, e os retrovisores grandes são bons aliados nas manobras de estacionamento.

A altura elevada, aliada ao sistema de suspensão e pneus 205/65 calçados em rodas de liga leve R15 são ótimos para ultrapassar obstáculos como lombadas e valetas. E ao contrário do que possa aparentar, não é um veículo duro.
Com apelo esportivo, o jipe da Ford agrada consumidores de várias idades, homens, mulheres, tanto os mais jovens como pelos mais velhos.
O sucesso alcançado fez com que o modelo ganhasse investimentos, e para reforçar o apelo jovem, no final de 2005, a montadora incorporou o kit Freestyle, o qual posteriormente passou a ser produto de serie.
O modelo vem com pneus de uso misto e molduras laterais mais largas, além de pára-choque de impulsão e rodas de liga leve, pára-choques e espelhos retrovisores pintados na cor cinza “London Gray”, em tom contrastante com a carroceria, e a capa do estepe em vinil com
desenho e o logotipo FreeStyle.
Na parte interna, o sistema de som com toca-CD, leitor MP3, quatro alto-falantes e tweeters, bancos personalizados, revestidos em tecido diferenciado dos usados pelas outras versões, e tapetes de borracha.
Ainda é equipado com os seguintes itens da versão XLS: ar-condicionado, compartimento refrigerado no painel, trio elétrico (vidros elétricos com
acionamento a um toque para baixo, espelho retrovisor e travas das portas com controle remoto), travamento automático das portas a 15 km/h, trava automática das portas pelo lado do passageiro, faróis de neblina, luz elevada de freio (brake light), bagageiro com barras transversais, luz interna com temporizador, luz de leitura traseira e porta-luvas iluminado.
Este apelo esportivo chamou a atenção do empresário Wagner Aquino. Ele adquiriu um EcoSport 1.6 Flex em novembro de 2005. O carro de Wagner antes da primeira revisão
apresentou um pequeno problema, “com 4.000 km rodados soltaram os batentes dos amortecedores, levei até a concessionária e eles resolveram rapidamente, não foi um problema grave”, comenta. “E na primeira revisão, feita aos 15.000 km, os serviços foram só os sugeridos”, completa.
O empresário considera o SUV da Ford gostoso de guiar, “apesar de ser alto, combina mais com a cidade”, fala Wagner.
Ele também sente falta de um indicador no painel de “portas abertas”, e uma melhor regulagem nas mesmas. “As portas são pesadas, se não tomar cuidado ao abrir para descer um passageiro ela escapa”, comenta.

Clóvis de Souza, sócio de Wagner, também tem um EcoSport 1.6 Flex, ele adquiriu o veículo em setembro de 2005. A escolha, também recaiu pelo modelo da Ford, “por oferecer apelo esportivo”, mas segundo Clóvis, “não superou as expectativas”. E ele explica porque: “esperava um carro mais parecido com uma picape, um pouco mais preparado para enfrentar terra”.
Outro fator que desagradou Clóvis é o sistema de freio, “não sinto muito segurança ao realizar as frenagens, o sistema poderia ser um pouco mais preciso”, comenta.
Por estes motivos, Clóvis concorda com Wagner, e considera o EcoSport 1.6 Flex um carro com características urbanas e não uso misto (cidade/campo).
Atualmente a Ford comercializa o EcoSport 1.6L Flex com as versões de acabamento XL, ao preço sugerido de R$ R$49.680, XLS R$ R$53.470, XLT R$ 57.430 (entrada) e R$ 63.210 (topo de linha), XLT FreeStyle R$55.920. O XLT 2.0 custa R$ R$62.490 (entrada), e 67.600 topo de linha. A versão 4WD, chega a R$ 68.740.
Ficha técnica
Motor: dianteiro,1.6L SOHC FLEX, Zetec RoCam
Cilindrada: 1598 cm³

Nº de cilindros: 4
Potência máxima: 105 CV a 5500rpm (gasolina), 111 CV a 5500rpm (álcool) Torque máximo: 14,83 mkgf a 4250rpm (gasolina), 15,82mkgf a 4250rpm (álcool)
Transmissão: câmbio manual de cinco velocidades
Tração: dianteira
Direção: hidráulica tipo pinhão e cremalheira
Rodas: 15 x 6
Pneus: 205/65 R15
Freios: Disco ventilado na dianteira e tambor na traseira
Suspensão:
Dianteira: Independente, do tipo McPherson, molas helicoidais, braços inferiores, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora;
Traseira: semi-independente com eixo auto-estabilizante e amortecedores hidráulicos
Dimensões/ Pesos/ Capacidades
Comprimento: 4,23m
Largura: 1,73m
Altura: 1,57m
Peso em ordem de marcha: 1.210 kg
Porta-malas: 281 litros