terça-feira, 26 de agosto de 2008

GP da Europa: Reação fantástica

Na coluna passada, falei que Massa precisava vencer o GP da Europa, e ainda torcer para que o companheiro Kimi Räikkönen chegasse bem atrás, melhor ainda, se ele não marcasse pontos, pois caso ocorresse o contrario, o brasileiro poderia dar tchau às possibilidades de ser campeão nesta temporada.

Pois bem, e não é que Massinha fez isso, e de maneira consistente. Marcou a pole, mostrou personalidade, manteve a ponta e só perdeu a liderança quando foi aos boxes para trocar pneus e abastecer. Esta vitória não só serviu para colocar o brasileiro de volta à briga pelo título, como também ajudou a levantar o moral de todo o time, aliás, time que mais uma vez quase jogou a vitória de Felipe no lixo.

Em uma cena digna dos filmes pastelão, na segunda parada, o responsável por liberar o piloto não viu o alemão Adrian Sutil (Force Índia) passando e os dois quase se chocaram. Para completar o festival de trapalhadas, Räikkönen saiu antes de ser liberado, atropelou um mecânico, e depois estourou o motor de seu carro, o finlandês, atual campeão ficou a pé.
Como Massa sofreu o mesmo problema três semanas antes na Hungria, quando liderava a prova folgadamente, e perdeu a vitória quando faltavam apenas três voltas para terminar a corrida, posso afirmar que a situação é preocupante!

Para ser campeão, um piloto precisa confiar em todos os elementos que compõe o time, desde o varredor do motorhome, até o presidente. E na atualidade não dá para confiar nos integrantes da Ferrari.

Quando o time perdeu o estrategista Ross Brown, digamos que ficou sem uma barra de estabilidade. Este ano com a saída de Jean Todt, a Ferrari perdeu o rumo e passou a cometer erros de equipes pequenas, assim fica difícil ser campeão.

Neste momento em que Massa é o segundo no campeonato com 64 pontos, o líder é Lewis Hamilton (McLaren) com 70 pontos, e Kimi está em terceiro com 57 pontos, a equipe de Maranello precisa trabalhar a confiabilidade dos motores. Mas não é só isso! Também precisa cobrar maior comprometimento de seus colaboradores, caso contrario verá na próxima temporada o número 1 estampando no carro de Hamilton da rival McLaren.

Rapidinhas
Medalha de ouro
Feliz da vida com a vitória em Valencia, Massa assumiu postura olímpica, “eu sei que não tem o mesmo sabor, mas hoje conquistamos uma medalha de ouro na Fórmula 1, o que dá um gostinho há mais nesse período, vamos atrás de mais medalhas de ouro nas próximas corridas”, afirmou Felipe de maneira bem humorada na entrevista coletiva.
Conformismo?
Lewis Hamilton fez uma corrida discreta. Largou em segundo e assim terminou a prova que inaugurou o circuito de rua em Valencia na Espanha. “Não posso me queixar por este segundo lugar. Esta corrida foi complicada para mim, pois tive alguns problemas de saúde que me impediram de estar 100%”, explicou o inglês. Será que ele está conformado com o resultado, ou aprendeu que muito ímpeto pode prejudicar?
Apresentação apagada
Nelsinho Piquet da Renault terminou a prova em 11º lugar, passou a corrida toda despercebido. Rubens Barrichello da Honda foi o 16º, isso porque ocorreram três abandonos. Ao que tudo indica, se quiser continuar na categoria máxima do automobilismo mundial, Barrichello terá que procurar outra equipe. A Honda já dá sinais de privilegiar Button, o que significa não renovar com o brasileiro.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Lançamento: Chevrolet Captiva Sport

General Motors importa SUV do México para brigar no segmento que mais cresce em vendas no Brasil. A empresa homologará fornecedores nacionais para atender reposição de peças
Texto: Edison Ragassi
Fotos: ER/Divulgação

Los Cabos, no Méxco, foi o local escolhido pela General Motors do Brasil para mostrar à imprensa especializada de todo o Brasil o SUV Chevrolet Captiva Sport.
O modelo chega para disputar clientes com SUV’s como Hyundai Santa Fé e Honda CRV, porém o preço sugerido para venda é muito atrativo. A versão de entrada FWD custa, R$ 92.990 e a topo de linha AWD R$ 99.990.
O modelo utiliza propulsor 3.6 V6 Alloytec 24 válvulas, importado da Austrália, ou seja, da mesma família de motores do Chevrolet Omega, o qual desenvolve a potência de 261 cv a 6.500 rpm e torque de 32,95 kgfm a 2.100 rpm.
Disponível com duas opções de tração FWD (Front Wheel Drive) e AWD (All Wheel Drive), usa transmissão automática de seis velocidades, com opção Active Select seqüencial.

Neste inicio de comercialização, as peças de reposição serão importadas. “Ao longo dos anos adquirimos experiência com outros modelos como o Astra, quando era importado, e mais recentemente o Chevrolet Tracker, e Ômega, agora o desafio é atender um produto de maior volume em vendas”, declara Luiz Carlos Lacreta, diretor de pós-vendas da GM. Ele também afirma que fabricantes brasileiros serão homologados para fornecer itens de maior giro como amortecedores, discos e pastilhas de freios, entre outros, apesar de as importações de peças do México também receberem os mesmos benefícios dos veículos montados, ou seja, entram no Brasil sem a cobrança de impostos.
Já o presidente da montadora para Brasil e Mercosul, Jaime Ardila, acredita que a rede de concessionárias da marca-- um total de 550--, também pesara na hora do consumidor escolher, “São vários os pontos-de-venda espalhados pelo país, o que nossos principais concorrentes não têm, e isso garante ao comprador a certeza de assistência técnica e outros benefícios”, declara ele.

O produto é um veículo mundial, sua arquitetura está presente em modelos vendidos, além do México, na Rússia, Argentina, Coréia do Sul (Daewoo Windstorm), Austrália (Holden Captiva), Estados Unidos e Canadá (Saturn Vue, Vue XE, Vue XR, Saturn Vue Redline e Saturn Vue Hybrid). E, na Europa, como Opel Antara, Vauxhall Antara e também Chevrolet Captiva.
Ao chegar na cidade do México, o brasileiro depare-se com modelos conhecidos como a picape pequena Montana, Corsa Hatch, e até o Chevrolet Classic, os quais foram feitos no Brasil. Isso porque o acordo comercial entre Brasil e México é utilizado pela GM desde o ano 2000, porém a unidade brasileira é que exporta para o México, o Chevrolet Captiva Sport é o primeiro produto que fará o caminho contrário, “não há cotas entre os dois países, lógico que os mexicanos gostariam que importássemos mais produtos”, afirma José Carlos Pinheiro Neto, vice-presidente da companhia. Ele também fala que a empresa só não exporta em maiores volumes porque a atual situação cambial não é favorável.
Visual robusto e esportivo
O Chevrolet Captiva Sport chama atenção por seu porte e imponência.
Na frente foi colocada a identidade visual adotada globalmente: grade frontal com a “gravata” dourada da Chevrolet localizada bem ao centro do veículo, sem o circulo prateado.
Com linha de cintura alta, na lateral aparecem filetes cromados que contornam os vidros, retrovisores externos e também na tampa do porta-malas. Desenhos exclusivos para as rodas em liga-leve completam o conjunto.
Para destacar a harmonia visual, e reforçar o apelo esportivo, rack de teto, repetidores de direção integrados ao design do veículo (ficam entre o pára-lamas dianteiro e a porta dianteira), a saída de ar lateral e as maçanetas cromadas. O SUV, também é equipado com escapamento duplo cromado.
Ele sai da fábrica com ar-condicionado de controle eletrônico, espelhos retrovisores aquecidos e sensor de chuva. Sistema de som AM/FM estéreo com controle eletrônico de sintonia de rádio e CD Changer com capacidade para seis CDs (inserção frontal) e leitor de MP3, seis alto-falantes incluindo subwoofers, relógio e calendário digital.
Pelo painel de instrumentos é possível monitorar a pressão dos pneus, também mostra informações do sensor de passageiro no banco dianteiro, e ainda se o sistema de controle de tração (TCS) e o programa de controle de estabilidade (ESP) estão em funcionamento ou não.
Apesar de ser um veículo com uma relação generosa de equipamentos, a marca disponibiliza em suas revendas os seguintes acessórios: sensor de estacionamento traseiro, adesivos refletivos, protetor de soleira metálico das portas dianteiras, estribo lateral cromado, barra transversal de rack de teto cromada, compartimento isotérmico, suporte para casaco e sistema de navegação GPS.
A expectativa dos executivos da montadora é de comercializar em média 1.500 veículos por mês, “vamos focar a campanha para despertar no consumidor o prazer de adquirir um carro importado, porém com preço competitivo”, enfatiza Samuel Russel, diretor de marketing da General Motors do Brasil.
Esta investida da GM pode significar que outros modelos poderão chegar ao país vindos não só da América Central, mas também de outros centros de desenvolvimento, vamos aguardar e observar as tendências comerciais que serão adotadas nos próximos anos.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Ecologicamente correto

O automóvel é apontado como um dos principais responsáveis pela degradação do meio ambiente. Nos dias de hoje, são gastas grandes somas em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias que acopladas ao veículo reduzem este impacto. E a General Motors através da marca Chevrolet foi mais além, iniciou uma campanha para incentivar o uso racional do veículo. São várias as ações de incentivo, entre elas, aprimorar o habito da carona, o que ajuda a reduzir o número de carros em circulação. Cuidar bem do automóvel, para que ele mantenha o nível de emissões de maneira aceitável, também esta em pauta. A campanha teve inicio com os comerciais de TV, e estende-se ao hotsite que traz o ambiente digital chamado “formigator”. É que os personagens escolhidos foram as formigas, de forma interativa e educativa, elas mostram os principais valores da campanha.

Mais recordes em produção e vendas

A Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) divulgou no inicio de agosto que, no mês de julho, foram comercializados, entre automóveis e comerciais leves, 272.926 unidades. Este valor representa um crescimento de 32,26% se comparado com julho do ano passado (206.354 unidades) e 12,37% ao comparar com junho deste ano (242.880 unidades). Em todo o setor da distribuição (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus), já foram vendidos 1.695.653 unidades. Isso representa um aumento de 30,45% ante 1.299.820 unidades comercializadas entre janeiro a julho de 2007. Já a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), em seu balanço mensal mostrou que em julho, a produção atingiu o histórico número de 320.100 unidades, no ano, o acumulado registra produção de 2.012.400. E a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), divulgou que o setor encerrou o mês de julho com 159.900 unidades produzidas, isso representa queda de 17,3% se comparado ao mês de junho. Nos sete primeiros meses do ano, as indústrias de motos produziram 1.270.808 unidades.

Sem as mãos

A MWM INTERNATIONAL Motores inaugurou a linha de usinagem dos blocos em ferro grafite compactado dos motores Big Bore MaxxForce de 11 e 13 litros, em sua unidade industrial de Santo Amaro (SP). No local a produção é automatizada feita por robôs de última geração sem o contato direto das mãos humanas. Para o novo empreendimento foram contratados 25 técnicos e engenheiros, os quais têm a responsabilidade de acompanhar o processo produtivo. No ano passado, a companhia venceu uma concorrência mundial para fornecer os blocos usinados que irão equipar os caminhões pesados da Navistar, das linhas WorkStar, TranStar e ProStar. Após a usinagem, os blocos serão enviados para a fábrica de motores da Navistar em Huntsville, Alabama, nos Estados Unidos. O volume previsto para a produção no primeiro ano é de 10 mil blocos, dobrando para 20 mil no segundo e 30 mil no terceiro. A empresa investiu US$ 36.8 milhões para o novo negócio.

domingo, 3 de agosto de 2008

GP da Hungria: Virou fumaça

Foi triste ver a esperança de Felipe Massa tornar-se líder isolado do campeonato, explodir com o motor de sua Ferrari, quando faltavam apenas três voltas para terminar a corrida!

Felipe Massa iniciou a corrida no circuito de Hungaroring, como um campeão. Ele sabia que a hora certa de ir pra cima com a faca entre os dentes era na largada. E fez isso, assim que as luzes vermelhas apagaram, o brasileiro ultrapassou Kovalainen (McLaren) e entrou na primeira curva batendo rodas com Hamilton (McLaren). O inglês tirou o pé, pois sabia que endurecer ali traria graves conseqüências aos dois.

Assim a desacreditada Ferrari assumiu a ponta em uma pista travada, o que representava vitória certa. Digo desacreditada, porque o circuito favorecia a McLaren, seus dois pilotos marcaram dobradinha nos treinos classificatórios, e Felipe tinha a terceira posição, Kimi Raikkonen (Ferrari) aparecia no sexto lugar.

Mas em ritmo de corrida, o carro de Massa andou muito bem, parece que a ‘barbatana de tubarão’, adotada pelo time vermelho ajudou a suprir as deficiências aerodinâmicas.
Tudo ia bem para Massa, seu principal adversário na luta pelo titulo, Hamilton, teve um pneu furado e caiu para a nona posição.

Passada a manobra da largada, em nenhum momento Felipe foi pressionado, as duas paradas onde trocou pneus e abasteceu, foram as melhores da temporada. O brasileiro sairia de Hungaroring na liderança isolada da competição.

Sairia! Faltando miseras três voltas para terminar o GP, Massa viu suas pretensões virarem fumaça, com o estouro do motor. Parece que Raikkonen livrou-se do azar que o acompanhava na época da McLaren, e passou para o brasileiro. Esta parece ser a explicação mais plausível, pois uma Ferrari quebrar assim é coisa difícil de ver.
Para Felipe que soma 54 pontos só não foi pior, porque Hamilton chegou na quinta posição, mas mesmo assim lidera a competição com 62 pontos. Como se não bastasse, Raikkonen terminou em terceiro lugar e é o vice-líder com 57.
Faltando 7 provas para o final da temporada, tudo leva a crer que a Ferrari escolherá o piloto para lutar pelo titulo a partir da próxima etapa, o GP da Europa (24/08). E não há como discutir, o eleito será Raikkonen, pois além de ser o atual campeão, esta na frente do brasileiro em número de pontos.
Outras surpresas ocorreram na pista que foi palco, em 1986, de uma das mais belas disputas da F-1 entre Piquet e Senna. Timo Glock (Toyota) subiu ao pódio na segunda posição, Kovalainen venceu pela primeira vez na F-1, e Nelsinho Piquet mostrou que está bem mais adaptado à categoria. Depois de largar na 10° posição, terminou em sexto lugar.

Agora Massa terá que empenhar-se ao máximo para vencer o GP da Europa, e torcer muito, para o azar voltar ao Kimi. Só assim terá condições de manter a esperança de ser campeão nesta temporada.

Rapidinhas
Bons tempos
Já que lembrei da disputa entre Piquet e Senna, vale ver esta imagem, é só clickar.







Choro de frustração
Depois de ter pedido a corrida, Massa saiu do carro, pediu ajuda a um fiscal, pulou o muro e foi para o motorhome chorar. “Chorei muito depois que quebrou o carro, mas isso não vai tirar meu sono. Só perco o sono quando eu faço alguma coisa de errado”, desabafou o brasileiro da Ferrari após a corrida.
Teste de luxo
Rubens Barrichello (Honda), teve mais uma atuação apagada. Largou na 18º posição e terminou em 16º. “Minha corrida limitou-se a completar as voltas que faltavam e preservar o motor. Pelo menos serviu para testar o carro e coletar dados para as próximas corridas”. Só que Rubinho parece que esqueceu, o contrato para o ano que vem ainda não foi assinado, e a Toyota já tem até pódio!
Nelsinho está chegando
O filho de Nelson Piquet, Nelson Ângelo Piquet, terminou em segundo na Alemanha com seu Renault e foi o sexto na Hungria.“Fico feliz com o meu resultado neste fim de semana. Eu consegui alguns valiosos pontos, que serão importantes para o resto da temporada”, declarou após a corrida. E agora o brasileiro está apenas cinco pontos atrás de Fernando Alonso seu companheiro de equipe.