segunda-feira, 28 de maio de 2012

Aceleradas: GP Mônaco – Seis provas, seis vencedores!

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Em uma corrida morna, o australiano Mark Webber da RBR subiu ao degrau mais alto do pódio, graças a pole herdada de Michael Schumacher, quantos ainda virão?

Por: Edison Ragassi

Nas ruas estreitas e charmosas do principado de Mônaco, aconteceu o que todos os dirigentes da principal categoria do automobilismo mundial esperavam. Um piloto que ainda não tinha vencido nesta temporada conquistou a vitória, e foi Mark Webber da RBR.

O australiano que começou o mundial apagado marcou o segundo melhor tempo nos treinos classificatórios. Como Michael Schumacher (Mercedes- GP) foi o mais rápido e já estava punido por bater em Bruno Senna no GP da Espanha, a pole caiu no colo de Webber.Apagadas as luzes vermelhas, ele só teve o trabalho de manter a posição e depois seguir até a quadriculada preta e branca.

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Mas o GP de Mônaco, apesar de chato, serviu também para mostrar como os novos pilotos estão despreparados para a categoria. Pastor Maldonado (Williams), depois de vencer brilhantemente na Espanha fez uma lambança nos treinos livres, bateu em Sergio Perez (Sauber) e foi punido com a perca de 10 posições, para piorar, trocou o câmbio e perdeu mais cinco. Na largada bateu e ficou fora.

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Outro que foi com muita sede ao pote na partida foi Romain Grosjean (Lotus), tentou ultrapassar Fernando Alonso (Ferrari), os dois se tocaram e o francês abandonou.No desenrolar da corrida, o mexicano Sergio Perez (Sauber) também se envolveu em confusão com Heikki Kovalainen (Caterham).

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Felipe Massa (Ferrari) sabe que a ‘batata está assando’ para seu lado e reagiu. No Q2 foi o mais rápido, resultado que não conseguiu repetir na classificação final. Largou atrás de Alonso e pulou para a quinta colocação. Apesar de andar mais rápido que o espanhol não arriscou ultrapassagem. Perdeu a posição na hora de trocar pneu e mais uma vez colocou a culpa na estratégia determinada pela equipe.

E Bruno Senna fez o que pode. Largou em 13º, pulou para 10º e assim manteve-se até parar para trocar pneus. Voltou em 16º, foi beneficiado pelas paradas e abandonos dos adversários e voltou para a 10ª posição, salvando o dia da Williams.

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Quando faltavam 15 voltas para o final, a diferença do primeiro para o sexto colocado, era menor que 5 segundos. Sebastian Vettel (RBR) estava na quarta posição, colado em Alonso. Pensei que o alemão iria pra cima, mas as atuais regras que punem os pilotos por qualquer coisa influenciou. Vettel preferiu não arriscar.

Assim durante toda a prova, os carros mais andaram em fila, como se estivessem num desfile, do que competindo.

Marcaram pontos no GP de Mônaco:

1º - Mark Webber

2º - Nico Rosberg

3º - Fernando Alonso

4º - Sebastian Vettel

5º - Lewis Hamilton

6º - Felipe Massa

7º - Paul di Resta

8º - Nico Hulkenberg

9º - Kimi Raikkonen

10º - Bruno Senna

A próxima etapa da F-1 está marcada para dia 10 de junho no Canadá. As equipes devem fazer poucas mudanças nos carros, e até lá, Fernando Alonso com a desacreditada Ferrari permanece na liderança da competição, pois ele soma até aqui 76 pontos, contra 73 de Vettel e Webber. Vamos ver se teremos um sétimo vencedor?

Rapidinhas

Temporada das surpresas

Fernando Alonso está usando toda a sua experiência para manter-se na ponta. Ele sabe que em uma temporada tão competitiva, marcar pontos é primordial para conquistar o título. "É interessante ver as constantes surpresas que estamos tendo nesta temporada, ninguém nunca sabe quem estará na pole e quem ganhará", declarou o espanhol depois da prova.

Tem que aproveitar

Vencer na F-1 é muito bom. Se for em Mônaco, melhor ainda. E Webber aproveitou para soltar a voz. "Me sinto incrível! Foi razoavelmente tranquilo desde o começo. Foi só questão de aproveitar um espaço razoável, com clima amenizado. Em dias como este, é preciso saber aproveitar", comemorou o vencedor.

Faltou o pódio

Vettel fez uma ótima corrida. Largou na nona posição e terminou em quarto. "Seria legal ter conseguido um pódio. Acho que tivemos velocidade, mas no fim acabamos com a mesma estratégia que os líderes, só que em outro momento. Foi difícil, já que estávamos com pneus mais velhos, mas tivemos algumas boas voltas e ganhamos cerca de oito segundos, o que é bastante", explicou o alemão.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

O SOLUÇO DOS IMPOSTOS

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Por: Fernando Calmon

FOTO_F~2 Quem, de fato, usou o bom humor para definir os altos e baixos do mercado brasileiro de veículos foi o presidente italiano da Citroën do Brasil, Francesco Abbruzzesi: “Já aconteceram mais coisas no Brasil, em cinco meses, do que na Europa em cinco anos”. Ele se referia ao pacote que governo, indústria automobilística e, indiretamente, as instituições financeiras acabaram de anunciar para reanimar as vendas internas.

Entretanto, houve diferenças em relação a acordos anteriores aqui e mesmo no exterior, onde corte de impostos visou à renovação da frota. A principal novidade é que a indústria, além de obviamente manter empregos, concordou em descontos adicionais de 2,5% para automóveis até 1.000 cm³ de cilindrada; 1,5% entre 1.000 cm³ e 2.000 cm³; e 1% para comerciais leves (picapes e furgões). Utilitários esporte (SUV) são considerados automóveis para efeitos fiscais.

Na prática, os valores sugeridos de tabela, somadas as reduções provisórias de IPI, cairão em torno de 10%; 7% (flex) e 8% (gasolina); e 4% para os três segmentos citados. Carros com motores acima de 2.000 cm³, nacionais ou importados, não foram contemplados. Os importados nos três segmentos receberam descontos de IPI também, não na mesma proporção. Note, ainda, que motores flex tiveram redução nominal de IPI inferior aos a gasolina.

Nas rodadas de corte de IPI de 2008 e 2009, a indústria nada ofereceu em descontos adicionais nas tabelas. Esse é um ponto positivo e pode desencadear mais promoções, além das que já ocorriam para diminuição dos estoques. As medidas de estímulo valem até 31 de agosto próximo e será interessante ver o que acontecerá depois.

Por causa dessas negociações a Anfavea tinha decidido adiar a revisão de previsões de crescimento de 4% a 5% para este ano. Algo em torno de 3% parece, agora, factível. Ainda assim será difícil por exigir vendas mensais médias, até o final do ano, sempre acima de 320.000 unidades (incluídos caminhões e ônibus).

Maior impacto que o preço, porém, vem das novas condições de financiamento. O governo liberou uma parte do empréstimo compulsório dos bancos, voltou a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para 1,5% (antes 2,5%) e reduziu exigências de reservas bancárias para o valor de entrada baixo nos parcelamentos. Volume extra de dinheiro para emprestar é mais eficaz do que tentar baixar as taxas de juros só no “grito”, como se queria antes.

O retorno (tímido, acredita-se) dos empréstimos de 60 meses sem entrada ajudará, mas o valor da prestação menor para quem puder oferecer o carro usado como entrada será o verdadeiro alavancador das vendas. Além de preço vantajoso nas compras à vista, que são cerca de um terço do total.

Finalmente, repete-se aquela velha história de “renúncia” fiscal do governo. Diz que abriu mão de impostos, mas na realidade não ia arrecadar mesmo, pela queda das vendas. O efeito prático é neutro: menos impostos significam mais vendas e arrecadação igual. Redução do IOF sobre financiamento parece definitivo, porém é hora de, além do IPI federal, também governos estaduais reverem ICMS e IPVA. De soluço em soluço na política de impostos, nada se resolve em definitivo.

RODA VIVA

ANUÁRIO do Sindipeças confirma o que já se esperava. Brasil perdeu para a Índia o posto de sexto maior produtor mundial de veículos em 2011. Será difícil recuperar a posição porque nossas exportações não são competitivas em razão da valorização do real frente a outras moedas. Pelo mesmo motivo, mercado interno é ocupado por importações mais baratas.

DIVIDIR mercado com importados afeta produção, mas há outra razão técnica para a queda do País no cenário internacional. Veículos desmontados (para exportação) não estão mais nas estatísticas enviadas ao exterior. Se isso já tivesse acontecido em 2010, o Brasil teria perdido a sexta colocação, entre os maiores produtores mundiais, para a própria Índia.

CHRYSLER 300 canadense volta, renovado, ao mercado por R$ 180.000, competitivo dentro do segmento de grande porte. Linhas mudaram pouco e continuam fugindo de padrões discretos. Novo motor V6/286 cv e caixa automática de oito marchas são seus pontos altos. Suspensões estão mais firmes, porém seu menor curso leva ao batente em buracos e lombadas.

LAND ROVER avançou na oferta do Discovery 4: agora todas as versões com sete lugares. Tanto neste como no Range Rover Sport há novo motor diesel V6/256 cv (mais 11 cv) para combustível de menor teor de enxofre (S 50) e câmbio automático de oito marchas (ZF, como o do Chrysler 300). Tela de 8 pol em cores e fones sem fio foram acrescentados.

EMPRESA organizadora do Salão de Paris (29 de setembro a 14 de outubro) veio ao Brasil para divulgar a exposição, que espera novo recorde de público esse ano. Além de novos expositores (McLaren, uma das estreantes), área para testes de veículos elétricos e híbridos duplicou e haverá mostra histórica da publicidade no ramo automobilístico.

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fernando@calmon.jor.br e www.twitter.com/fernandocalmon

Bastidores da campanha do Eparema

eparema10O programa Avesso mostra os detalhes dos bastidores dos novos filmes da campanha de Eparema. O tom bem-humorado tomou conta das gravações para apresentar o novo personagem, o sapo, para fazer par com a garota propaganda da marca, a planta carnívora. 

A nova comunicação criada pela agência NBS chega para reforçar os lançamentos dos novos sabores e embalagens do medicamento fitoterápico.

http://www.avessotv.com.br/

Ford expõe no CEAGESP seus veículos comerciais

Ford Transit Perfil Rígido A Ford mostra seus principais veículos para atender o setor de transporte de carga perecível e seca no setor hortifrutigranjeiro.

Os caminhões Ford Cargo Euro 5 e a Transit Chassi estão no CEAGESP (Central Estadual de Abastecimento do Estado de São Paulo), na capital paulista, na Feira dos Meios de Transporte, Movimentação e Logística de Produtos Hortifrutícolas – FEMETRAN.

Os veículos escolhidos para a mostra são os modelos Cargo 816, Cargo 2429, Cargo 1933 e Transit Chassi.

Man e Audi firmam parceria

Malagrine A MAN Latin America, fabricante dos caminhões e ônibus Volkswagen e dos caminhões MAN, acaba de fechar uma parceria com a fabricante de automóveis Audi para ações de relacionamento com clientes da marca MAN.

A primeira dessas ações será durante o 12º Congresso Paulista do Transporte Rodoviário de Cargas - FETCESP (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo), que acontece de 24 a 27 de maio, em Campos do Jordão (SP).

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No congresso, cerca de 250 convidados, entre eles potenciais clientes da marca MAN, terão a oportunidade de participar do programa Audi Driving Experience, onde seis carros de luxo divididos em três modelos Audi esportivos - TTS, S3 e Q7 (SUV) - estarão disponíveis para um test drive diferenciado, realizado em formato de comboio pelas ruas de Campos do Jordão.

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O objetivo da parceria é o de associar entre seus clientes a imagem das marcas, ambas consideradas premium nos segmentos em que atuam. Os caminhões extrapesados MAN “Made in Brazil” foram lançados em abril desse ano e possuem o que há de mais moderno para o transporte rodoviário de cargas.

Renault implanta atendimento personalizado para a linha de veículos comerciais

Dealer PRO  A Renault traz para o Brasil sistema de atendimento voltado aos clientes de modelos utilitários o qual contempla desde a compra aos serviços de oficina
Texto: Edison Ragassi
Fotos: Divulgação
Neste mês de maio, a Renault inicia no Brasil o sistema de atendimento Renault Pro+ (leia-se “Pró Mais”). Ele já está presente em 30 países em 450 concessionárias, o sistema foi desenvolvido para oferecer atendimento diferenciado aos clientes da linha de comerciais leves, tanto frotistas como autônomos .

As concessionárias integrantes disponibilizam uma área específica, dedicada exclusivamente à exposição dos utilitários com funcionários treinados pela fábrica para atender os interessados neste tipo de veículo. A equipe atende desde o primeiro contato ao pós-venda realizado pelos consultores técnicos e mecânicos da oficina.

Entre os treinamentos a Renault destaca: consultoria de vendas, visitas externas aos clientes, consultoria especializada em atendimento de taxistas e pessoas portadoras de necessidades especiais. E, na oficina, há boxes de serviços próprios, equipados com elevador de cinco toneladas, o qual é voltado para o atendimento aos clientes profissionais.

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Atualmente a linha de utilitários e comerciais leves é composta por: Kangoo Express e Master passageiro, furgão e chassi cabine.
O Kangoo Express foi reposicionado, graças a negociações com fornecedores, a fabricante conseguiu reduzir seu preço, que agora é comercializado por R$38.400 e R$ 40.750 com porta lateral. Usa motor 1.6L 16 válvulas Hi-Flex com potência de 95 cv(G)/98 (E) a 5.000
rpm.

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Oferece como opcionais, ar-condicionado e direção hidráulica no Pack Conforto ao custo de R$5.300. Para esta linha também há o Pacote Preço Fechado que inclui peças e serviços.
No inicio serão quatro revendas autorizadas que integrarão o sistema Pro+, mas a expectativa é de chegar a 53 no total até abril de 2013, o que segundo a Renault garantirá cobertura de 86% do mercado de atuação.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

JUSTO PELO PECADOR

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Por: Fernado Calmon

Foto F. Calmon 19 - médiaEm junho próximo, motoristas e empresas devem se preparar para novas exigências, que tornarão mais difícil transferir pontos, gerados por multas, da carteira de um motorista para outro. A resolução 363 do Contran, de outubro de 2010, determina que o proprietário do veículo e o infrator precisam reconhecer assinaturas, presencialmente, em cartório, na sede local do Detran ou órgão responsável pela multa. E manteve o prazo de 15 dias para todo o processo. Hoje, a exigência é enviar por correio a notificação com assinatura do infrator e cópia de documento que a contenha. O funcionário público deve reconhecê-la por comparação.

O Contran alegou fraudes nas transferências de pontos. Há exemplo de uma pessoa, no interior de São Paulo, que teria acumulado 85.000 pontos e outro no qual um motorista falecido recebia a pontuação de vários infratores. O próprio Conselho decidiu, na mesma resolução, que os Detrans devem adaptar seus sistemas de informática para acompanhar o acúmulo de indicações suspeitas. Seria a providência mínima, antes de se baixar uma norma tão trabalhosa para os envolvidos, mas pouco foi cumprido.

Na realidade, nem Detrans e nem cartórios estão preparados para atender os motoristas. Além de fazer com que a grande maioria pague, em termos de transtornos, despesas e perda de tempo, pela minoria ligada às fraudes. Se um carro de São Paulo (SP) recebe uma multa em Aracaju (SE) e o dono não estava ao volante, ele e o infrator terão de comparecer ao cartório no Nordeste. Absurdo.

O que ocorrerá às empresas que cedem carros a funcionários, transportadores de cargas, locadoras, além de concessionárias e lojas? Terão 15 dias para resolver tudo. Locadoras se queixam também da impossibilidade de obrigar um estrangeiro a ir um cartório para deixar uma procuração, no caso de receber multas. Michel Lima, diretor do Sindicato de Locadoras do Paraná, destaca outro aspecto ruim:

“Sem tempo ou possibilidade de atender trâmites, a multa acabará cobrada em dobro (agravamento). Aumentará a impunidade do infrator, que vai preferir pagar a receber pontos no prontuário e ficar sujeito à suspensão da carteira de habilitação”. E fica a dúvida se, de fato, o objetivo é punir maus motoristas ou arrecadar mais com o agravamento.

Essa resolução lembra a polêmica lei antipirataria na internet, em discussão nos EUA: tentativa de transferir responsabilidades de fiscalização dos governos aos portais de busca. No caso brasileiro, obrigar a quem não tem “culpa no cartório” a ir ao próprio cartório para provar sua inocência. Em São Paulo, a Companhia de Engenharia de Trânsito, um dos responsáveis pelas multas na cidade, informou que 18% das infrações recebem pedidos de transferência de pontos. Quantos são ilegítimos, ninguém sabe.

Em outros países o sistema de pontuação é coisa séria: só se aplica a transgressões graves. Aqui a lei nasceu errada e quaisquer infrações, mesmo leves e administrativas, se acumulam até chegar à fronteira dos 20 pontos. Como há burocracia para transformar em advertência as multas leves e médias, como previsto no Código de Trânsito Brasileiro, poucos se beneficiam. E o justo paga pelo pecador.

RODA VIVA

ASSOCIAÇÃO de importadores sem fábricas no País, Abeiva, espera que o governo coloque alguma alternativa, dentro dos próximos 30 dias, para sustentar a atividade. Fala-se de cotas, em volume e/ou valor. Há marcas generalistas e especialistas, de baixo e de alto preço. Conseguir fórmula de redução do imposto que agrade a todos não é tarefa fácil.

IMPORTADORES alegam terem chegado ao fim os estoques de produtos, ainda sem incidência de maior carga fiscal. Isso levaria a aumento de preços e aprofundamento da queda de vendas. De qualquer forma, a valorização do dólar frente ao real – 25% nos últimos nove meses – já tirou parte da competitividade. Trata-se de um risco de negócio que sempre existiu.

NOVO capítulo na árdua disputa por compradores do mercado de luxo dos EUA, em especial entre marcas premium praticantes de margens de lucro maiores. BMW acaba de anunciar que dará isenção de despesas de manutenção durante 80.000 quilômetros ou quatro anos de uso. Evita, assim, descontos na hora da compra e deixa transparecer confiabilidade mecânica.

FALTA algo de racionalidade na discussão sobre uso indiscriminado de bicicletas em ruas e avenidas movimentadas. Nem mesmo se considera o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) em decisões atabalhoadas. Como equiparar bicicletas elétricas e comuns, no Rio de Janeiro, dispensando aquelas de exigências de segurança previstas no CTB, sem respaldo legal para tanto?

ETIQUETAS inteligentes coladas nos para-brisas, previstas para 2013, resolverão duas situações. Controle de pagamento de impostos da frota circulante e possibilidade de pedágio proporcional à distância percorrida nas estradas. Acabaria assim irracionalidade da distribuição dos postos de cobrança e melhoraria fluxo de passagem nas cabines.

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fernando@calmon.jor.br e www.twitter.com/fernandocalmon

ABS e airbag de série na Saveiro Cross

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A linha 2013 da Saveiro Cross passa a contar, de série, com freios ABS e airbags frontais para o motorista e passageiro. A versão aventureira da picape compacta  traz  também como equipamento standard os faróis com a função Coming & Leaving Home e, internamente, pedaleira em alumínio e inscrição "Cross", também em alumínio, na soleira interna das portas. O preço sugerido para venda é de R$ 49.220.

Fiat avalia a satisfação do cliente

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A Fiat Automóveis implantou em sua rede autorizada o projeto “Padrões de Atendimento’. Criado em 1997 têm o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade do atendimento da Rede. A partir de 2007 o projeto adotou o modelo de consultoria de Gestão por Processos com o foco no atendimento, qualidade e lucratividade das concessionárias.

Em pesquisas realizadas juntamente com as concessionárias, a marca constatou um aumento significativo (em torno de 40%) no Índice de Satisfação do Cliente (CSI), o que reflete em clientes cada vez mais satisfeitos com a qualidade e agilidade dos serviços prestados, e consequentemente maior proximidade e contentamento com a marca e seus produtos.

Além disso, as concessionárias que aderiram a Gestão por Processos, nas áreas de Vendas e Pós-Vendas, não só tiveram o aumento representativo no CSI, como também uma menor rejeição do público e uma menor rotatividade de seus funcionários.

domingo, 13 de maio de 2012

Aceleradas: GP Espanha– Cara nova no alto do pódio II, a missão!

199080Quem apostou no piloto Pastor Maldonado como vencedor na Espanha deve ter faturado uma bela grana, pois ninguém imaginava o venezuelano no lugar mais alto do pódio
Por: Edison Ragassi
Sem dúvida nenhuma a temporada 2012 da F-1 é a mais movimentada dos últimos 10 anos. Chegamos na parte europeia da competição e mais uma cara nova sobe ao alto do pódio como vencedor. Desta vez, a vitória foi do venezuelano Pastor Maldonado (Williams).   

O piloto estava no lugar e hora certa, pois teve a sorte de herdar a pole do inglês Lewis Hamilton (McLaren), que fez uma volta fantástica no treino classificatório, mas ficou sem gasolina e foi punido por isso.
Maldonado, que desde a primeira etapa vem sendo rápido nos treinos, mas não mantinha a competitividade nas corridas, subiu uma posição e foi para o lugar de Hamilton.

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Mas na largada as coisas ficaram feias, já que o segundo colocado Fernando Alonso (Ferrari), não deu mole e tomou a posição do venezuelano. Daí pra frente valeu a estratégia de parada para trocas de pneus e a Williams deu show. O venezuelano antecipou sua segunda parada e na volta 27 assumiu a ponta e foi assim até a bandeira quadriculada preta e branca. No final ele foi pressionado pelo espanhol da Ferrari, mas resistiu bravamente!

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Sorte diferente tiveram os brasileiros, Felipe Massa (Ferrari), largou muito bem, e saltou para a 11ª posição. Na 28ª volta recebeu punição por andar muito rápido num local sinalizado por bandeira amarela e terminou 15º.
E Bruno Senna (Williams), também largou no pelotão de trás, na 13ª volta Michael Schumacher (Mercedes- GP), acertou com gosto a traseira do brasileiro e os dois abandonaram. Se serve de consolo, o alemão foi considerado culpado e punido, perde cinco posições no grid da próxima etapa.

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Quem também surpreendeu foi Kimi Raikkonen (Lotus), o finlandês que retornou para a categoria este ano terminou na terceira posição, mas lutou o tempo todo com os ponteiros, e poderia ser o vencedor, seu companheiro Romain Grosjean chegou logo atrás na quarta posição, mostrando que a Lotus tem um bom carro e não vai ser surpresa nenhuma se vencer corridas este ano.
Já as badaladas, RBR e McLaren tiveram que se contentar com o papel de coadjuvantes. A exceção foi Hamilton que largou em último e terminou na oitava colocação. Vettel e Webber, ambos da RBR, tiveram atuações apagadas.

Marcaram pontos no GP da Espanha:
1º - Pastor Maldonado
2º - Fernando Alonso
3º - Kimi Raikkonen
4º - Romain Grosjean
5º - Kamui Kobayashi
6º - Sebastian Vettel
7º - Nico Rosberg
8º - Lewis Hamilton
9º - Jenson Button
10º - Nico Hulkenberg

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Diferente do que vimos na temporada passada, totalmente dominada por Sebastian Vettel e sua Red Bull, este ano não há uma equipe de ‘outro planeta’, elas estão muito próximas.
A sensibilidade do piloto em cada pista conta muito na hora de acertar o carro, e isso está fazendo a diferença.
A F-1 volta a competir no próximo dia 27, nas estreitas ruas do principado de Mônaco. Como os pneus são de pouca duração, não se espante se uma outra cara nova subir ao ponto mais alto do pódio!

Rapidinhas
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Do céu ao inferno
Em ritmo de festa, Frank Williams comemorava 70 anos de idade, seu piloto Pastor Maldonado venceu pela primeira vez, e o boxe do time pegou fogo! Isso ocorreu porque um tanque de combustível explodiu. Até Bruno Senna deu uma de bombeiro para apagar as chamas.

Faltou bico
Atual campeão, Sebastian Vettel terminou a prova na sexta colocação, e segundo ele a culpa foi do bico. "Eu não sabia qual era o problema quando nós tivemos de trocar o bico do carro. Não tinha certeza se era um dano ou se algo havia ficado preso na frente. Nós decidimos trocar o bico do carro e isso nos tirou um tempo, mas era a coisa certa a ser feita", afirmou depois da prova.

A culpa é da equipe
Em uma de suas piores temporadas, desde quando entrou para a F-1, o brasileiro Felipe Massa já apresenta sinal de desgaste na Ferrari. "Não tive tanta culpa por me classificar, sábado, lá atrás. Saí para a pista, por ordem da equipe, quando havia imenso tráfego e hoje fazia bela prova. Ultrapassei vários carros, marcaria pontos, 8º lugar era realista. Mas o drive through acabou com minhas chances", lamentou Felipe.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Lançamentos: Novo Audi A4

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O mais vendido sedã da Audi no mundo chega a sua oitava geração com modificações estéticas, motor 2.0 turbo e transmissão continuamente variável.
Texto: Edison Ragassi
Fotos: Divulgação
Neste mês de maio a Audi iniciou no Brasil a comercialização do sedã A4 versão 2013. O modelo que tem preço sugerido para venda de R$149.700 pode ser considerado um veículo do dia a dia, sem apetrechos de luxo extremo, mas com vários equipamentos que oferecem conforto e segurança ao motorista.

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No visual, comparado a versão anterior, o A4 2013 ganhou vincos no capô, novo desenho das lanternas dianteiras e lâmpadas de LED na traseira.

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A motorização 2.0 TFSI é oferecida em duas versões com bloco de quatro cilindros, 2,0 litros de cilindrada, turbocompressor e injeção direta.
Para a versão Ambiente oferece 180 cv de potência a 4.000 rpm, índice que se mantém até os 6.000 rpm. O torque é de 32,63 kgfm, disponíveis entre 1.500 e 3.900 rpm. Na opção Ambition o propulsor tem 211 cv de potência entre 4.300 rpm a 6.000 rpm. E torque de 35,69 kgfm na faixa entre 1.500 rpm a 4.200 rpm.

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Segundo divulgado pela Audi, o A4 Ambiente de 180 cv acelera de 0 a 100 km/h em 8,2 segundos e atinge velocidade máxima de 226 km/h.
As caixas de câmbio mudam de acordo com a versão. A Ambiente utiliza câmbio Multitronic (continuamente variável) e tração dianteira. Já a Ambition é equipada com o câmbio S-Tronic e tração quattro como item de série.

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As suspensões têm a maioria dos componentes em alumínio, elas foram recalibradas nos braços da suspensão traseira e nos amortecedores.

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O sedã usa na dianteira o sistema multilink com cinco braços e trapezoidal na traseira, com uma estrutura suspensa em quatro pontos e as mangas de eixo na parte inferior, ligada aos amortecedores.
A direção passa a ter assistência elétrica, o sistema não consome energia quando o carro estiver em linha reta.

CRESCER OU ESTAGNAR?

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Por: Fernando Calmon

Foto F. Calmon 19 - médiaO mercado brasileiro de veículos vive uma fase de sinalizações de certa forma contraditórias. As vendas estão em queda de 5,7% quando comparadas médias diárias entre os primeiros quadrimestres de 2011 e de 2012. Os estoques totais nas lojas das concessionárias e nos pátios dos fabricantes cresceram de 35 dias para 43 dias, de março para abril deste ano.

A média diária de vendas de veículos nos primeiros quatro meses de 2012 (período ampliado de análise filtra melhor sazonalidades e feriados) situou-se ligeiramente abaixo de 13.000 unidades, incluindo caminhões e ônibus. Portanto, será necessário um aumento firme dessa média nos próximos meses para que resultado final chegue ao crescimento entre 4% e 5% previsto pela Anfavea. A entidade prefere esperar o fechamento do primeiro semestre para rever previsões.

Por outro lado, a Fenabrave, associação das concessionárias, que trabalha suas análises com suporte da consultoria MB Associados, acaba de rever a estimativa de crescimento no ano para 3,4% ante 5,6%, em janeiro. A consultoria também prevê aumento das importações, apesar do IPI mais alto. No entanto, isso não está ocorrendo. De outubro de 2011 até o mês passado, a participação de mercado dos modelos importados caiu de 25,3% para 22,6%, incluídos veículos argentinos que têm maior parte de seu conteúdo de origem brasileira. Importadores de outras regiões preveem queda de no mínimo 15% sobre o ano passado.

A maior seletividade dos bancos para conceder financiamentos continua a atingir os chamados modelos de entrada, em que há maior participação dos motores de 1.000 cm³ de cilindrada. Estes caíram para menos de 40%, exatamente 38,6%. Uma fonte no mercado financeiro informou à coluna que será difícil redução maior na taxa de juros porque o spread (diferença entre captação e aplicação por parte dos bancos), no caso de veículos, já é relativamente baixo pela garantia que representa o carro em caso de inadimplência. Ainda assim, como o índice de atraso (superior a 90 dias) das prestações atingiu o recorde de 5,7%, continuam exigências severas para aprovação dos cadastros nos financiamentos longos e sem entrada.

É bom ficar claro que todo o barulho do governo federal em torno dos juros surtiu pouco efeito, até agora. As melhores condições são para compradores de menor risco, que podem dispor de uma boa entrada, de 20% a 30%, e assumir até 36 prestações. Bancos estatais têm participação discreta em financiamentos de veículos. Acomodam-se e não apreciam trabalhar nos fins de semana, quando os “feirões” são bancados pelas instituições financeiras.

Apesar de a pulsação do mercado estar longe de oferecer emoções, o presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, acredita que o bom nível de emprego e a renda em crescimento, além de algum impacto positivo das taxas de juros, reanimarão o consumo no segundo semestre.

E a contradição mais relevante vem do Índice de Confiança do Consumidor, pesquisado pela FGV. Em abril atingiu 125,7 pontos (escala de 0 a 200; índice maior que 100 indica otimismo). São 4,9 pontos a mais em relação a março de 2011, quando as vendas ainda bombavam. Vamos esperar pelo melhor.

RODA VIVA

AMIA, associação dos fabricantes mexicanos, divulgou a cota de exportações em valores para o Brasil. Levou em conta participação na produção do México e a média das últimas vendas ao País, principalmente. Nissan recebeu a maior cota, seguida da Ford, Volkswagen, Chrysler/Fiat, GM e Honda. Nada impede ultrapassar cotas, mas incidirá imposto de importação de 35%.

IMPACTO sobre as vendas de modelos mexicanos aqui ainda não se pode avaliar com precisão. Tendência, porém, de a Nissan ser a mais atingida. Afinal, volume de unidades que importa é bem maior em relação aos modelos produzidos no Paraná. Graças à Chrysler, Fiat pode administrar melhor o que pretende trazer de lá, em especial o subcompacto 500.

OPTIMA, da Kia, faz esquecer completamente seu antecessor insosso, Magentis. Linhas se confundem com as de marcas premium europeias. Materiais e acabamento encontram-se em nível próximo àqueles sedãs. Motor 2,4 l/180 cv e câmbio de 6 marchas garantem bom desempenho. Tudo por preço atraente entre R$ 97.000 e 106.000. Mas sensação de solidez é discreta.

ANDAR no Audi A4 2013, na mesma semana que o Optima, permite observar diferenças, além do preço: R$ 149.700. Sedã alemão é mais equipado que o sul-coreano e oferece, por exemplo, controlador de velocidade funcional em descidas. Motor tem mesma potência, porém torque é quase 40% maior graças ao turbocompressor. Mais íntegro, sem dúvida.

NAVEGADOR GPS Navbras Access introduz interessante função ao captar sinal de internet de celulares a bordo com tecnologia 3G e Wi-Fi. Pode-se acessar a rede mundial e via Google ou outros buscadores realizar pesquisas. Não só dos melhores caminhos como pontos de interesse ilimitados, de restaurantes a postos de abastecimento. É a convergência digital.

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Fiat recebe o título “Melhor Fabricante de Picape Compacta”,

strata_sporting_18_16v_037A Fiat Automóveis recebeu o título “Melhor Fabricante de Picape Compacta”, com o Fiat Strada, no prêmio Mérito Reconhecido 2012, organizado pela revista Jornauto.

Esse resultado é levantado por meio de uma pesquisa realizada a cada dois anos com os leitores da revista. Nela são eleitos os maiores fabricantes e as melhores marcas de peças, produtos e veículos.

MAN TGX 28440 será mostrado no Strongman Brasil

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A MAN Latin America irá apresentar seu novo caminhão, o MAN TGX 28440, neste fim de semana no Strongman Brasil. O evento será realizado no Expo Transamérica.

O modelo será puxado pelos competidores na prova de tração de caminhão, que deve chegar a 28 toneladas, contando a máquina e o lastro.

As provas, nas quais os competidores demonstram força numa série de testes, serão transmitidas pelo Esporte Espetacular da Rede Globo no domingo, 13/5.  
Endereço do Strongman:
Av. Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387 Santo Amaro - São Paulo

GM prepara a nova fábrica de motores e transmissões

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Segundo divulgado pela General Motors do Brasil será inaugurado um Joinvile (SC), um complexo industrial que incluirá duas fábricas, de motores e cabeçotes e de transmissões. A unidade produtiva de motores será inaugurada até o final de 2012 e incorporará um conjunto de sistemas pioneiros nas áreas de eficiência energética e proteção ao meio ambiente, credenciando-se à certificação global do LEED (Leadership in Energy and Environmental Design).

A fábrica sustentável, inclue o primeiro sistema de geração de energia fotovoltaica da indústria automotiva brasileira. A unidade será a primeira do Brasil a ter 100% dos resíduos industriais reciclados ("landfill free"), além de incorporar o tratamento inédito de efluentes e esgotos por meio de jardins filtrantes e reciclagem da água industrial por meio de osmose reversa.

São várias as ações com objetivo de manter a sustentabilidade, entre elas:
- Incentivo ao transporte sustentável: bicicletário, vagas exclusivas para veículos flex fuel e transporte coletivo
- Uso de materiais locais, madeira certificada e materiais reciclados
- Reciclagem de materiais e resíduos, compostagem de resíduos de alimentos
- Proteção de taludes e plantio de 720 árvores nativas
- Uso eficiente da água: torneiras e descargas de baixo fluxo e com sensor ou temporizador, reuso de água de chuva
- Eficiência energética: motores de alta eficiência, iluminação natural com dimerização e lâmpadas de alto rendimento, iluminação externa com LED, materiais de baixa absorção de calor

quinta-feira, 3 de maio de 2012

DISCURSO DÚBIO

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Por: Fernando Calmon

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Aspecto até certo ponto confuso do novo regime automobilístico, em vigor entre 2013 e 2017, é o estímulo às inovações tecnológicas. De fato, trazer as conquistas já conhecidas no exterior aos carros aqui produzidos só merece apoio. As barreiras para esse fim são amplamente conhecidas: baixo poder aquisitivo dos compradores e alto preço desses equipamentos, em geral absorvidos em escalas de produção bem maiores nos países centrais de três continentes.

Além disso, cerca de 70% das vendas no mercado brasileiro se concentram em carros compactos e seus derivados que, por razões óbvias, são os últimos, em qualquer lugar do mundo, a receber as conquistas técnicas de segurança, conforto e utilidade.

Portanto, é bom não esperar milagres. Mesmo porque o estímulo chegará na forma de redução de apenas dois pontos percentuais no IPI. Os fabricantes serão estimulados a ampliar seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Porém o grande desafio está em adaptar o conhecimento existente no exterior às condições de uso no Brasil e, mais importante, ao bolso dos compradores. Como também não havia nenhum tipo de apoio fiscal, esse objetivo ficava cada vez mais distante, em especial no campo da eletrônica e informática de bordo.

Faltam também coerência e continuidade nas políticas governamentais. Afinal, de um mandato presidencial para outro as prioridades mudam. A justificativa para adoção em massa de motores flexíveis foi a volta do uso do etanol em larga escala e a segurança ao motorista em eventual escassez ou subida de preço temporária. No entanto, não se resolveu o impasse crucial nas bombas dos postos: a gasolina tem preço congelado; o etanol, ao deus-dará.

Talvez os fabricantes utilizem a especialização desenvolvida ao longo dos últimos anos para melhorar a tecnologia dos motores flexíveis e se creditar da diminuição do IPI. À exceção recente de motores de 1,6 litro da PSA Peugeot Citroën e apenas um modelo da Volkswagen, até hoje continua desprezada a partida a frio aquecida eletricamente apenas com etanol. Esse é apenas um exemplo simples do atraso da indústria. A solução, todavia, tardou tanto que pode ficar superada. Basta os fabricantes resolverem investir em sistema de injeção direta de combustível, que vai bem com gasolina e ainda melhor com etanol, em termos de consumo e desempenho.

Não se pode assegurar de que tudo isso ocorrerá sem resolver o impasse do custo por quilômetro rodado por um e outro combustível. Ou, então, se mudar a taxação sobre emissões, como ocorre na Europa, onde gás carbônico (CO2) tem impacto direto sobre o preço final dos veículos.

O Inmetro, responsável pelo programa de etiquetagem veicular que classifica os carros em termos de consumo de combustível, prepara nova tabela que incluirá informações sobre CO2. A novidade é o índice corrigido, corretamente, pelo ciclo fechado: da produção à ponta de escapamento dos motores. Nesse caso combustíveis fósseis ficam mal na fotografia e abrem espaço para biocombustíveis, caso do etanol de cana. Se o governo vai mexer nesse vespeiro, afinar seu discurso dúbio, inconsistente sobre meio ambiente e criar taxação sobre CO2 é algo de que ninguém tem a menor ideia.

RODA VIVA

FINAL da produção do Citroën Xsara Picasso e o fim próximo do Chevrolet Zafira viram uma página sobre monovolumes médios fabricados no Brasil. Só monovolumes compactos resistem. Fica expectativa sobre por quanto tempo a Renault produzirá station média Mégane Grand Tour, último produto brasileiro nesse segmento (tristemente) em extinção.

AUMENTO de 8% sobre importados da Fiat provenientes do México – subcompacto 500 e crossover Freemont – teve a ver não apenas com valorização do dólar frente ao real, mais ou menos na mesma proporção. Ocorre que cotas acertadas no acordo bilateral de comércio limitaram o equilíbrio oferta-demanda e o preço (no caso do 500) subiria de qualquer forma.

POR outro lado, forte concorrência entre produtos nacionais levou à redução definitiva (não é promoção) de até R$ 2.000,00 nos preços de Polo e Golf. Importados da Coreia do Sul e China, que não subiram de preço por razões estratégicas e outras menos elogiáveis, forçam uma situação a que todos se submetem: leis de mercado.

DISTORÇÕES típicas do sistema tributário brasileiro: imposto estadual (ICMS) menor para veículos importados que chegam via portos em razão de “guerra” fiscal. Lei federal colocará ordem na casa, mas como Estados pedirão compensação, quem compra carros (mesmo os nacionais, sem usar portos) pagam a conta de forma indireta. Coisas do Custo Brasil.

ENTRE dois e três anos, se rodar em média 60 km/dia, comprador teria retorno do investimento no Fox BlueMotion (R$ 36.730,00; 2-portas; R$ 38.300; 4-portas). Recebeu mudanças mecânicas e aerodinâmicas para economizar até 10% de combustível. Com gasolina, em estrada a 90 km/h constantes, marcou 22 km/l. VW espera BlueMotion representar 5% das vendas totais do Fox.

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Cobreq lança pastilhas para veículos da JAC Motors, Hyundai , ASIA Motors e KIA

HYUNDAI SONATA

A TMD Friction do Brasil, fabricante das pastilhas de freio Cobreq lançou no mercado nacional pastilhas para veículos Hyundai, Kia, Ásia e JAC Motors. Elas atendem os sistemas de freio Akebono e Sumitomo, de veículos produzidos entre 1989 (Hyundai Excel) e 2011 (JAC 1.5 e 2.0).

Elas atendem os seguintes modelos:
Hyundai: Accent 1.3 e 1.5, Elantra 1.5, 1.6, 1.8 e 2.0, Excell, S-Coupé 1.5, Matrix e Sonata 2.0, 2.4, 2.5, 2.7 e 3.0 V6.
JAC Motors: J3 1.4 16V, J3 1.4 16V Turim, J5 1.5 16V e J6 2.0 16V.
Kia: Magentis 2.0, Magentis 2.5 V6, Optima 2.0 e Optima 2.5 V6.
Asia: Galloper 2.5 e Galloper 3.0 (todos os anos de fabricação).

terça-feira, 1 de maio de 2012

Lançamentos: Fox BlueMotion

Foto02_1156_fox_bluemotion_0117_26-04-12A Volkswagen lançou o Fox BlueMotion, veículo desenvolvido para gastar menos combustível e emitir menor número de poluentes. O carro teve sua aerodinâmica desenvolvida e certificada em túnel de vento. Cada detalhe foi analisado buscando o menor arraste.

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A grade frontal superior tem um formato diferenciado, com desenho exclusivo e aberturas mais estreitas, isso segundo a fabricante garante eficiência aerodinâmica e ao mesmo tempo mantém as características do DNA da marca. A grade inferior teve seu perfil nas laterais também alterado.

O motor e o câmbio foram recalibrados, nesta nova configuração, o EA 111 1.6 Total Flex desenvolve 104 cv com etanol e 101 cv ao usar gasolina. Ele trabalha em rotações mais baixas às mesmas velocidades, com consequente redução de consumo e emissões.

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Segundo divulgado pela fabricante, a economia e o desempenho mais limpo não comprometem o comportamento dinâmico do carro. Ele vai de 0 a 100 km/h em 10,3 segundos e tem velocidade máxima de 185 km/h (valores com etanol) – números comparáveis aos de versões tradicionais do mesmo porte e motorização.

Para obter baixa resistência ao rolamento foram adotados "pneus verdes", que contém maior quantidade de sílica na sua composição, na dimensão 175/70 R14, associando a um aumento da pressão de enchimento de 29/28 PSI para 36/34 PSI (dianteiro/traseiro), assim foi possível obter uma redução na resistência ao rolamento da ordem de 23%. Para manter as condições de conforto e dirigibilidade, a suspensão teve seus amortecedores recalibrados.

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Os testes de consumo realizados pela Volkswagen, feitos de acordo com a norma NBR 7024, mostraram que ele faz 16,1 km/L (média ponderada, cidade/estrada, abastecido com gasolina), o que representa uma melhora de 12,7% em relação à versão normal que obteve 14,3 km/L.

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E quando abastecido com etanol, obteve neste mesmo ciclo a marca de 10,9 km/L, 12,6% melhor que a versão de série (9,7 km/l).
O preço sugerido do Fox BlueMotion é de R$ 36.730 (duas portas) e R$ 38.300 (quatro portas).