segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Aceleradas: GP Brasil–Vettel é tri, mas Alonso deu trabalho

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A tradicional chuva de Interlagos que vai e volta deixou o mundo esperando e o campeão da temporada só foi conhecido na bandeira quadriculada preta e branca

Por: Edison Ragassi

Durante os treinos livres da sexta e sábado para o GP do Brasil, a McLaren de Lewis Hamilton andou muito forte, o que mostrava a vontade do inglês de despedir-se do time com uma vitória. E nos treinos classificatórios não deu outra, Hamilton fez a pole com Jenson Button marcando o segundo melhor tempo.

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Mas o que chamava mesmo a atenção foi o quarto lugar de Sebastian Vettel (RBR) e a sétima posição de Fernando Alonso (Ferrari), isso porque ganhou um lugar, pois Pastor Maldonado (Williams) não passou pela pesagem e foi punido com a perda de 10 posições.

E como já era esperado, na hora da largada cai a chuva leve e fraca, para deixar engenheiros e pilotos sem saber o que fazer, ou melhor, qual tipo de pneu escolher.

Dada a largada, Felipe Massa (Ferrari) que saiu em quinto, foi pra cima e chegou ao segundo lugar, mas a superioridade da McLaren falou alto e Button recuperou a posição. Alonso foi bem e ultrapassou Mark Webber (RBR) e Massa ao mesmo tempo, o que o colocou na terceira posição.

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Mas a confusão na largada foi tanta, que Vettel foi acertado por Bruno Senna (Williams), rodou e voltou na última posição. Com o carro batido, na primeira parada, fotografaram o local para analisar o tamanho do estrago. Não foi grave, o alemão andou forte mesmo com a pista lisa, ganhou posições até chegar ao quarto lugar.

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Com as paradas, uma surpresa, o alemão Nico Hulkenberg (Force India) chegou até a liderança sem trocar pneus, o mesmo fez Button (McLaren). E Hulk perdeu a posição para Hamilton, quando tentou recupera-la os dois se tocaram no S do Senna, com o inglês ficando fora.

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A manobra custou uma punição para o piloto da Force India, que a meu ver foi desnecessária, já que o carro escorregou de traseira e ele não foi culpado no acidente.

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Ai Massa estava em segundo e deixou Alonso passar, mas Vettel controlava bem o carro, ultrapassou Michael Schumacher (Mercedes- GP) e ficou na sexta colocação, o que foi suficiente para ele colocar na prateleira mais uma taça de campeão, a terceira seguida.

Como a chuva ia e voltava, várias rodadas ocorreram. Em uma escapada de pista, Kimi Raikkonen (Lotus) foi parar em um local que não tinha saída. O finlandês fez o carro girar no próprio eixo e voltou pela terra.

Marcaram pontos no GP Brasil

1º- Jenson Button

2 º- Fernando Alonso

3 º- Felipe Massa

4 º- Mark Webber

5 º- Nico Hulkenberg

6 º- Sebastian Vettel

7 º- Michael Schumacher

8 º- Jean-Eric Vergne

9 º- Kamui Kobayashi

10 º- Kimi Raikkonen

No campeonato Vettel terminou como campeão ao somar 281 pontos, contra 278 de Alonso e Kimi Raikkonen (Lotus) foi o terceiro com 207. Felipe Massa chegou a 122 pontos o que garantiu o sétimo lugar no mundial, enquanto que Bruno Senna somou 31 e ficou em 16º lugar.

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No final da temporada, a McLaren mostrou que encontrou o caminho e vai levar esta base para o próximo ano. A Red Bull continua sendo o bicho papão e o time a ser batido. A Lotus, que ganhou até corrida, tem futuro incerto, assim como a Force India, ambas estão com sérios problemas financeiros. Já a Williams parece que encontrou o caminho do crescimento e lucrou, mas vai continuar com pilotos pagantes e isso pode atrapalhar a evolução do time.

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A Sauber que também conseguiu destaque contratou o bom Hulkenberg e aposta, ou melhor, usa o dinheiro que Esteban Gutierrez leva para o time. A Mercedes-GP deixou Schumacher, contratou E Caterham, Marussia e HRT permanecem na mesma, disputando as ultimas posições, sem marcar pontos na temporada e sonhando com investidores o que pode mostrar uma luz no fim do túnel.

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Ainda resta saber se Bruno Senna permanece na Williams. Acredito que não, pois o piloto esteve no lançamento do Fluence GT no último dia 21/11 e quando perguntado sobre isso a resposta foi que não estava acertado. Mas se o time inglês fosse renovar o contrato do brasileiro, aproveitaria o GP do Brasil para comunicar e conseguiria mais destaque na mídia. Ainda foi publicado pelo jornalista Fabio Seixas, que Rubens Barrichello negocia a volta para a F-1 na equipe Caterham. Eu não faria isso. O Barrichello está muito bem, se voltasse pelo menos em uma equipe média conseguiria resultados, mas em uma nanica só vai estragar sua imagem.

Agora é aguardar, pois a F-1 volta dia 17 de março, até lá as equipes irão trabalhar nos carros e treinar os pilotos. Tomara que tenhamos uma temporada agitada e repleta de variáveis como a deste ano.

Rapidinhas

Jogo sujo

Vettel comemorou muito o tri campeonato e no final desabafou, afirmando que a disputa não foi limpa. "Muita gente tentou fazer jogo sujo, mas nós não nos distraímos com isso e mantivemos nosso caminho, e todos os rapazes deram bastante no final. As pessoas tentaram tudo para nos derrotar e a quantidade de questões que tivemos que lidar, coisas que tivemos que enfrentar durante a temporada, isso não tornou nossa vida mais fácil", finalizou o campeão.

O choro da redenção

Felipe Massa foi muito criticado durante o ano. Jornalistas italianos pediram sua substituição. Mas o piloto deu a volta por cima e teve o contrato renovado para mais uma temporada. No pódio depois de conquistar o terceiro lugar ele chorou. "A segunda parte do ano foi uma preparação para o próximo. Não sei dizer porque aconteceu isso comigo hoje, não sei o que sentir. Mas acho que era muita emoção de correr aqui e não chegar na posição que deveria na frente dessa torcida", afirmou. No ano que vem sabemos que ele seguirá ajudando Alonso.

Vaga aberta

Bruno Senna não terminou o GP do Brasil porque se envolveu em um acidente com Vettel. Durante a temporada foi muito regular, pois marcou pontos em 10 provas "A gente continua na batalha para ver se arruma um carro competitivo aqui. No mundo ideal a gente continuaria na Williams, mas não está nada resolvido", afirmou Bruno.

sábado, 24 de novembro de 2012

DOIS EXTREMOS NO MERCADO

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Por: Fernndo Calmon

Foto F. Calmon 19 - médiaPode parecer combinação, mas, claro, não foi. Com datas escassas no calendário para a apresentação de tantos carros, Renault e Chevrolet separaram apenas por algumas horas, no mesmo dia, a apresentação do Clio retocado (terceiro modelo mais barato do mercado, atrás de Ka e Mille) e o do SUV médio-grande Trailblazer (veículo mais caro em produção no Brasil).

A marca francesa adotou uma plástica inspirada no visual do modelo que estreou, recentemente, no Salão de Paris. Aqui, seguiu a toada local e o batizou de Novo Clio. Argentinos são reticentes a essas liberdades de expressão e lá, onde é fabricado, se chama Clio Mio.

Esse sopro de vida fez bem ao compacto, acompanhado por pequenas reformas no quadro de instrumentos e forrações. O preço – bastante sensível nesse segmento -- foi cortado, em média, R$ 700 e parte agora de R$ 23.290 (duas portas) e vai a R$ 28.550 (quatro portas, ar-condicionado e direção assistida). Nenhuma versão traz itens como as três regulagens de altura (banco, cinto e volante) ou alças de teto. Acrescenta de série, porém, o útil computador de bordo. ABS e bolsas infláveis, nem como opcionais, a exemplo dos concorrentes.

Bom trabalho feito no motor 1,0 L/16V/80 cv/10,5 kgf.m (etanol), agora um flex verdadeiro, ao elevar a taxa de compressão para 12:1. Outros aperfeiçoamentos deram ao compacto o troféu de economia, com um avanço de respeitáveis 9% sobre o anterior: 9,5/14,3 km/l, cidade e 10,7/15,8 km/l, estrada (etanol/gasolina). Vence por muito pouco o Mille Economy que, na estrada, faz 15,6 km/l (gasolina).

Em avaliação, por circuito urbano no Rio de Janeiro, o Clio mostrou desenvoltura, inclusive na recuperação a partir de 30 km/h, em terceira marcha, situação típica ao subir e aterrissar das famigeradas lombadas que infestam as ruas brasileiras.

Estratégia diferenciada adotou a Chevrolet no Trailblazer, ao romper qualquer laço com o antigo Blazer. A começar pelo preço da única versão disponível, a LTZ, topo de linha: R$ 145.450 (V-6, gasolina, 239 cv) e R$ 175.450 (4-cilindros, diesel, 180 cv). A diferença de R$ 30.000,00 dá para adquirir até um compacto equipado, o que demonstra a pouca racionalidade de 70% dos compradores da versão diesel. O mercado de SUVs médios e grandes representa 180.000 unidades/ano (5% do total de veículos leves) e altamente rentável para os fabricantes.

A GM espera vender apenas 400 unidades/mês do modelo e não pretende, pelo menos por ora, oferecer nada mais barato. Está disponível só na versão de sete lugares, tração 4x4 engatável eletricamente, câmbio automático de seis marchas e muito bem equipada em conforto e segurança. Basta citar alguns: regulagem de encosto nas duas fileiras traseiras, ar-condicionado de controle separado para a parte de trás e airbags tipo cortina que se estendem à última fileira. Apesar do preço salgado, câmera de ré e navegador com tela tátil são acessórios à parte.

O espaço interno é um dos pontos altos: 2,84 m de distância entre eixos e largura de 2,13 m (6 cm maior do que Hilux SW4). Porta-malas com os últimos dois bancos rebatidos oferece nada menos que 878 litros (235 litros, o mínimo). Suspensão traseira recebeu molas helicoidais e cinco braços de localização. Ao rodar, mesmo no asfalto, o Trailblazer mostra que os tempos de aspereza e excessivo desconforto ficaram no passado. O motor diesel é mais silencioso que a geração anterior e o torque de 43,1 kgf.m impressiona. Já com gasolina dá para esticar as marchas e a suavidade, bem maior.

RODA VIVA

FONTES ligadas aos fornecedores confirmam que será fácil transferir a produção do Cruze (sedã e hatch), a partir dos atuais kits CKD, de São Caetano do Sul para Rosário, Argentina. Em 2014, a GM lançará a nova geração do Cruze, conforme anunciado nos EUA, e concentrará no país vizinho a fabricação de modelos médios, como já fazem Ford e marcas francesas.

POUCO depois de completar 30 anos de mercado, em junho último, a Parati entrou em processo de fim de linha. A station compacta da Volkswagen liderou o segmento por quase duas décadas e deixa saudosistas. Em razão do encolhimento na procura por peruas, suplantadas por SUVs e sedãs, sai de cena agora. Restam poucas unidades na rede.

ETIOS hatch, na versão de topo XLS, motor 1,5 l/96 cv (etanol), é realmente um automóvel de contrastes. Freios, motor, câmbio e, em especial, suspensões com raro equilíbrio entre conforto e estabilidade, além de direção elétrica e precisa com reduzido diâmetro de giro, agradam bastante. Uma pena a falta de tantos acessórios e escolhas tão equivocadas no carro como um todo.

DEMOROU, mas chegaram ao mercado películas transparentes de última geração para proteção de peças metálicas ou de plástico, como as que revestem para-choques. O Antichip, da 3M (concorrentes devem surgir), é algo realmente útil e racional para preservar a pintura em lançamento de pedriscos, batidas leves ao estacionar e raspadas em obstáculos.

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Finalistas do Prêmio Abiauto 2012- Imprensa Automotiva

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Os jornalistas filiados a Abiauto (Associação Brasileira da Imprensa Automotiva) elegem no próximo dia 29/11 os melhores carros e motos lançados em 2012. Neste Prêmio eu sou um dos eleitores, abaixo a relação dos concorrentes. Na próxima semana o Auto Agora divulga os vencedores.

MELHOR COMPACTO

Chevrolet Onix

Fiat Palio

Hyundai HB20

Toyota Etios

Volkswagen Gol

MELHOR CARRO NACIONAL*

Chevrolet Cruze

Chevrolet Onix

Citroën C3

Hyundai HB20

Peugeot 308

Renault Fluence

MELHOR UTILITÁRIO ESPORTIVO

Audi Q3

Fiat Freemont

Ford EcoSport

Renault Duster

Volkswagen Tiguan

MELHOR MINIVAN/MONOVOLUME

Chevrolet Spin

Citroën C3 Picasso

Fiat Idea

Honda Fit

Mercedes Classe B

MELHOR IMPORTADO

Audi A1

Chevrolet Sonic

Fiat 500

Ford Fusion

Volkswagen Jetta

MELHOR PICAPE

Chevrolet S10

Fiat Strada

Ford Ranger

Toyota Hilux

Volkswagen Amarok

*A categoria Melhor Carro Nacional conta com seis finalistas por dois modelos terem empatado na contagem dos votos na prévia.

FINALISTAS CATEGORIA MOTOS

MELHOR ESTRADEIRA*

BMW K 1600 GTL

Harley Davidson Street Glide

Honda VFR 1200

Yamaha 1200 Super Ténéré

MELHOR URBANA/STREET*

Dafra Next 250

Honda CG 150 Fan Flex

Honda NC 700X

Yamaha Fazer 250 Blueflex

MELHOR ESPORTIVA

BMW S 1000 RR

Honda CBR 1000 RR

MV Agusta F4

*As categorias Melhor Estradeira e Melhor Urbana/Street conta com quatro finalistas por dois modelos terem empatado na contagem dos votos na prévia.

PRÉ-CLASSIFICADOS DO PRÊMIO TOP CAR TV 2012

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Os jornalistas especializados do setor automotivo que trabalham em TV entregam dia 27/11 o Prêmio Top Cat TV. Confira abaixo os concorrentes:

MELHOR CARRO NACIONAL ATÉ R$30.000,00

NOVO FIAT PALIO

FIAT UNO

NOVO RENAULT SANDERO

TOYOTA ETIO

NOVO VOLKSWAGEN GOL

MELHOR CARRO NACIONAL ENTRE R$31.000,00 A R$60.000,00

CHEVROLET SPIN

CHEVROLET COBALT

CITRÖEN C3

FIAT GRAN SIENA

PEUGEOT 308

RENAULT FLUENCE

MELHOR CARRO NACIONAL ACIMA DE R$61.000,00

CHEVROLET CRUZE SPORT6

FIAT BRAVO

NOVO HONDA CIVIC

PEUGEOT 308

RENAULT FLUENCE

MELHOR IMPORTADO

ATÉ R$300.000,00

AUDI A-1

CHEVROLET SONIC

CITROEN DS3

FIAT 500

MERCEDES-BENZ CLASSE C

MELHOR PICAPE

CHEVROLET S-10

FIAT STRADA

FORD RANGER

TOYOTA HYLUX

VOLKSWAGEN AMAROK

MELHOR UTILITARIO ESPORTIVO

ATÉ R$300.000,00

AUDI Q3

FIAT FREEMONT

FORD ECOSPORT

RANGE ROVER EVOQUE

RENAULT DUSTER

VOLKSWAGEN TOUAREG

MELHOR COMERCIAL DE TV PRODUTO

CHEVROLET S-10=PODE CONTAR COMIGO

FIAT PUNTO= VOCÊ NO COMANDO

FORD CARGO2429=OGROS

PEUGEOT 308= GUGA

RENAULT= DUSTER

VOLKSWAGEN= DETALHES

MELHOR COMERCIAL DE TV  VAREJO

CHEVROLET=VIDA NOVA NAS RUAS

FIAT= QUEM QUER ECONOMIA

HONDA CITY=RADARZINHO

NISSAN=CHEVEIROS

VOLKSWAGENS=PROMOÇÕES TORCEDORES

MELHOR EXECUTIVO DE MONTADORA

FLAVIO PADOVAN=JAGUAR LAND ROVER

GRANCE LIEBLEN=GM

OLIVIER MUGET=RENAULT

SERGIO HABIB

THOMAS SCHMALL

Lançamento: Fluence GT turbo

Fluence GT no Autódromo Internacional de Curitiba./ Foto: La Imagem.

Renault passa a comercializar no Brasil sedã médio esportivo equipado com propulsor turboalimentado de 180 cv e 30,6 kgfm de torque

Por: Edison Ragassi Fotos: Divulgação

Em Indaiatuba (SP), a Renault mostrou para a imprensa especializada nacional, dia 21/11, o Fluence GT. O carro fabricado na Argentina é equipado com um propulsor 2.0 16V turbo twin-scroll, compacto e de última geração, o qual entrega 180 cv de potência e 30,6 kgfm de torque.

Fluence GT no Autódromo Internacional de Curitiba./ Foto: La Imagem.

Ele é montado com pistões, bielas, virabrequim e bronzinas reforçados. O sistema de arrefecimento do bloco do motor teve de ser otimizado, assim como a admissão de ar, para melhorar o enchimento do motor, a junta do cabeçote é composta de três lâminas de vedação, do tipo “sanduíche”, além disso, o virabrequim é confeccionado em aço, as válvulas de escapamento são temperadas e nitretadas e o cabeçote, com otimização aerodinâmica dos dutos de entrada de ar, permite a redução da perda de carga e o aumento do nível de tumble dentro da câmara de combustão.

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Completa o trem de força a caixa de câmbio de seis velocidades com um diferencial de relação mais longa e embreagem com um disco de 240 mm. Segundo a Renault, o Fluence GT acelera de 0 a 100 km/h em oito segundos e atinge velocidade final de 220 km/h.

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Com preço sugerido para venda de R$ 79.370 é um carro completo, traz de série: sistema de partida a cartão, ar-condicionado digital dual-zone, sistema interativo de entretenimento, com navegador GPS, rádio CD Player MP3 de 140W, duas antenas, quatro alto-falantes e quatro tweeters, conexões USB/iPod, Bluetooth e auxiliar, direção elétrica, entre outros.

Fluence GT no Autódromo Internacional de Curitiba./ Foto: La Imagem.

No pós-vendas, a fabricante oferece peças de reposição com preços competitivos, o jogo de amortecedores dianteiros custa R$272,02, os traseiros R$193, 29. As pastilhas dianteiras têm preço sugerido de R$265,00, a sonda lambda custa R$448,40 e cada bico injetor sai por R$207,48. Na revisão de 10.000 km o proprietário do Fluence GT desembolsa R$299,00 e na de 20.000 km R$582,00.

A expectativa é de comercializar em média 70 unidades do sedã com motor turbo por mês.

domingo, 18 de novembro de 2012

Aceleradas: GP EUA– Hamilton vence e ajuda Alonso

213885Na penúltima corrida pela McLaren, o piloto inglês dá show e traz a definição do campeonato de pilotos para Interlagos

Por: Edison Ragassi

A F-1 retornou aos Estados Unidos no recém-inaugurado circuito das Américas, em Austin no Texas. Pista nova e muitos problemas para os pilotos conseguirem o aquecimento ideal dos pneus. Mas nem todos tiveram sofreram, o alemão Sebastian Vettel (RBR), virtual campeão da temporada, marcou a pole sem muito trabalho e o inglês Lewis Hamilton (McLaren) foi o segundo.

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Único rival do alemão na disputa pelo título, o espanhol Fernando Alonso (Ferrari), amargou um oitavo lugar, enquanto seu companheiro de equipe Felipe Massa conquistou a sexta colocação. Bem, a Ferrari arrumou uma maneira de fazer Alonso ganhar posição no grid de largada. Retirou um lacre de câmbio do carro de Felipe e fez o brasileiro perder cinco posições, caindo para o 11º lugar.

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A estratégia deu certo, na largada Mark Webber (RBR) ultrapassou Hamilton e Alonso pulou para a quarta posição. O inglês não ficou muito tempo em terceiro, logo ultrapassou o australiano, que acabou ajudando Alonso. Webber abandonou a prova na 17ª volta e fez o espanhol assumir a terceira posição.

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Em uma temporada que o acerto do carro faz a diferença, Massa conseguiu um acerto melhor, fez várias ultrapassagens, travou um bom duelo com Kimi Raikkonen (Lotus) e manteve a quarta colocação. E Alonso passou tentado aproxima-se dos ponteiros, mas o carro não ajudou. Já Hamilton lutou muito e depois de 42 voltas passou Vettel e foi, sem ser incomodado, até a bandeira quadriculada preta e branca.

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Bruno Senna (Williams) também foi destaque. Largou em décimo, caiu na confusão da largada, mas reabilitou-se. Fez bons duelos durante toda a prova, chegou a marcar uma volta rápida e terminou em 10º, após ser ultrapassado pelo companheiro Pastor Maldonado.

A McLaren deveria ter contratado Senna em vez de Sergio Perez, o mexicano, atualmente na Sauber, foi escolhido para substituir Hamilton, que vai para a Mercedes- GP na próxima temporada. E Perez só fez besteira depois do contrato assinado, enquanto Bruno ainda não conseguiu bons resultados na classificação, mas na corrida conquistou bons pontos com um carro que não é o melhor.

Marcaram pontos no GP EUA

1º- Lewis Hamilton

2 º- Sebastian Vettel

3 º- Fernando Alonso

4 º- Felipe Massa

5 º- Jenson Button

6 º- Kimi Raikkonen

7 º- Romain Grosjean

8 º- Nico Hulkenberg

9 º- Pastor Maldonado

10 º- Bruno Senna

Depois da corrida de Austin nos EUA, Vettel aumentou a vantagem para Alonso de 10 para 13 pontos, o alemão tem 273 e o espanhol 260. A decisão acontece no próximo domingo 25/11 em São Paulo no autódromo de Interlagos.

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Em circunstâncias normais, Vettel conquista o tri, pilotando só com uma mão. Mas não vamos esquecer as nuances do tempo. Já vi corrida no autódromo José Carlos Pace que choveu só no final da reta oposta e fez um monte de pilotos abandonar.

Por isso não aposte todo seu dinheiro no alemão, guarde um pouco pro Alonso, porque o espanhol da Ferrari não está morto!

Rapidinhas

Titulo na mão

Apesar do segundo lugar, Vettel sai dos EUA com uma mão na taça, mas sua equipe já é campeã de construtores. Modestamente ele comemorou o triunfo do time. "Todo o fim de semana foi incrível. Somos campeões de construtores. Agora, nossa próxima parada será no Brasil e, em termos de campeonato, estamos um pouco melhor após a corrida de hoje", afirmou depois da prova.

O titulo não está perdido

Apesar da fraca performance da Ferrari em Austin, Alonso mantém a confiança. "Creio que perder três pontos para Sebastian neste fim de semana, em que íamos devagar e eles praticamente voavam, é algo positivo. A diferença não cresceu muito, vamos pensar em todas as possibilidades. Podemos ganhar ou perder, mas não vamos desistir até a bandeira quadriculada balançar", falou o espanhol em tom de otimismo.

Operário padrão!

Felipe Massa fez um bom treino classificatório, iria largar na frente de Alonso, mas a Ferrari mudou o resultado. "É impossível ver um piloto contente depois de ceder cinco posições no grid apenas para ajudar o parceiro. Talvez não seja fácil encontrar outro piloto que aceite. Com certeza eu poderia terminar na frente de Alonso nesta prova, por isso sinto que dei boa ajuda à equipe". Se prepara Massa, pois na próxima temporada vai ser a mesma coisa.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

TIMIDEZ CONVENIENTE

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Por: Fernando Calmon

Foto F. Calmon 19 - médiaA quinta fase do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), a partir de janeiro de 2013, coloca o Brasil no rumo certo quanto ao direito à informação sobre o consumo de combustível, além de estimular a competição entre os fabricantes. O PBE é coordenado pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) em parceria com o Conpet (programa de racionalização do uso de derivados de petróleo e gás, do Ministério de Minas e Energia, e gerenciado pela Petrobras). Começou em 2008, de forma voluntária e modesta, com a adesão de apenas cinco fabricantes e 54 versões de alguns modelos.

O caráter voluntário continua até hoje, mas deveria – e deverá – ser obrigatório. A importância do programa cresceu ao se tornar um dos critérios para enquadramento no Inovar-Auto, novo regime de produção automobilística do período 2013-2017. Até o ano passado, nove fabricantes (incluindo um importador) participavam: Citroën, Fiat, Ford, Honda, Kia, Renault, Toyota e Volkswagen. Já em 2012 a lista subiu para 20 empresas, das quais quatro produzem no país: Hyundai Brasil, Mitsubishi, Nissan e Suzuki.

Há algumas poucas falhas no PBE, entre elas a classificação dos veículos baseada em área projetada no solo e uma designação de categorias um pouco diferente do usual no mercado. Entretanto, o critério de massa vai prevalecer, como acontece na Europa. Apesar do cuidado do Inmetro em evitar modelos “especiais” que não refletissem a realidade da oferta, isso acabou acontecendo em casos isolados. Foi a desculpa alegada pela Chevrolet para renegar o programa, embora admita que “vai aderir nos próximos anos”, mesmo porque afeta a imagem da marca.

Agora mesmo nos EUA, Hyundai e Kia divulgaram informações erradas sobre o consumo de 900.000 veículos dos anos-modelo 2011 a 2013. Além de, voluntariamente, indenizar os compradores, o grupo sul-coreano está sujeito a pesadas multas do governo. Aqui, a Hyundai já enquadrou o novo HB20 que recebeu nota A, na versão de 1 litro: 7,6/11,5 km/l, cidade e 9,8/14,5 km/l, estrada (etanol/gasolina).

No Brasil, o controle sobre as informações do PBE é bem mais rígido e independe de denúncia de consumidores. Há uma dupla checagem anual, inclusive ensaios na presença de todos os interessados. O programa acaba de ser ampliado com a etiquetagem de pneus. O índice considera frenagem no molhado, ruído e resistência ao rolamento (ligada à economia de combustível).

As etiquetas do próximo ano estarão no para-brisa ou vidro lateral de todos os modelos enquadrados no PBE (só poderão ser retiradas após o carro sair da loja) e trazem uma novidade: emissão de CO2. Acertadamente, o Inmetro indicou os valores apenas dos combustíveis de origem fóssil e descontou a parte de etanol da gasolina. O biocombustível de cana-de-açúcar é considerado avançado até pela agência ambiental americana. Significa que, na prática, o gás carbônico emitido se autocompensa no ciclo de vida de crescimento da planta.

Claro, algumas empresas petrolíferas não gostam de encarar essa realidade, pois afeta seus negócios. No recente Salão do Automóvel de São Paulo fabricantes já exibiam as novas etiquetas, com emissão zerada de CO2 dos motores flex quando abastecidos com etanol. Para a Petrobras, o programa Conpet só mereceu um pequeno painel escondido no fundo do estande, o que deixou o parceiro Inmetro sem visibilidade em evento tão importante. Contraditório é a paraestatal ter grandes investimentos em biocombustíveis no Brasil, mas parece tímida ao divulgá-los.

RODA VIVA

RESTAM poucas dúvidas de que o mercado interno chegará este ano às 3,8 milhões de unidades, depois dos bons resultados de outubro: 341 mil veículos, incluídos caminhões e ônibus. Acumulado dos 10 primeiros meses está 5,7% acima de 2011. Como o IPI menor vai até 31 de dezembro, maioria dos fabricantes adiou férias coletivas para início de 2013.

VONTADE de sorrir, quando se lê por aí que há concorrência insuficiente no Brasil e, por isso, preços altos. Último levantamento aponta que, apenas entre modelos produzidos aqui, são 972 opções, somadas versões, acabamentos (catálogos) e trens de força (motor e câmbio) disponíveis. Ao acrescentar modelos importados, supera 1.500 ofertas.

AMBIENTE interno destaca-se no EcoSport. No dia a dia, passa sensação de um modelo maior, embora seu principal concorrente, Duster, seja referência entre SUVs compactos. Evolução de motor, agora 1,6 litro/115 cv, e câmbio, além da direção eletroassistida, mudam o modelo de patamar. Regular o volante todo para cima, obriga a elevar o banco, a fim de não encobrir marcador de combustível.

DEPOIS de quatro anos, a Única, associação de produtores de etanol de São Paulo, faz nova campanha de estímulo ao consumo. Entidade detectou oportunidade de mostrar aspectos ligados a empregos e meio ambiente. O preço não está tão competitivo como no passado, mas no momento é vantajoso em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás.

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Lançamentos: Chevrolet Trailblazer

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SUV chega com duas opções de motores, transmissão automática e tração 4x4, só é comercializado na versão topo LTZ

Texto: Edison Ragassi

Fotos: Divulgação

Dia 14 de novembro em São Paulo, a General Motors lançou o Chevrolet Trailblazer. O visual é robusto, frente alta, barra que corta a grade com o logo da Chevrolet ao centro. Na lateral, as linhas são mais suaves e as caixas de rodas são altas. Para-lamas alargados, rodas 18” e o rack de teto com acabamento aluminizado, estribos e frisos de plástico antracite na parte inferior das portas, completam o visual.

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O comprimento total é de 4.878 mm, sua largura é de 2.132 mm e altura de1.841 mm, o que permite transportar até sete pessoas. A capacidade do porta-malas traseiro vai de 205 litros a 1.830 litros.

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O sistema de climatização possui controle eletrônico de temperatura, além de uma unidade de controle adicional para os passageiros dos bancos traseiros, juntamente com quatro saídas de ar.

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O utilitário esportivo é equipado com o propulsor 2.8 Turbodiesel CTDI, que estreou na Nova S10. Ele utiliza comando de válvulas DOHC de quatro válvulas por cilindro. É turboalimentado, tem intercooler com injeção direta eletrônica, trabalha com taxa de compressão de 16,0:1.

FGD_6813A potência máxima é de180 cv a 3.800 rpm e o torque de 47,9 kgfm a 2.000 rpm.

Também traz o novo motor movido a gasolina, HFV6 com bloco e cabeçote de alumínio, utiliza 24 válvulas e quatro comandos de válvulas continuamente variáveis. Ele é acionado por uma corrente de dentes invertidos, a qual, segundo a fabricante, não requer ajustes durante a vida útil do motor.

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Além disso, os pistões são forjados para reduzir sua massa. Com 3.564 cm³ usa 10,2:1 de taxa de compressão e a injeção de combustível é do tipo MPFI. Entrega potência de 239 cv a 6.600 rpm e torque de 33,5 kgfm a 3.200 rpm.

Ambos os motores têm transmissão automática de seis marchas (GR6). Ela conta com o sistema Active Select, que também permite trocas manuais. O câmbio utiliza sistema Clutch to Clutch e o EC3 que gerencia o travamento do conversor de torque.

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O sistema de tração 4x2 e 4x4 High/Low é acionado eletronicamente "Shift on the Fly" por meio de um seletor no painel, dispensa alavanca e permite trocas com o carro em movimento.

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O preço sugerido para venda da Chevrolet Trailblazer versão LTZ com motor V6 gasolina é de R$145.500 e R$175.450 equipada com propulsor turbodiesel. É equipada com ABS/ EBD, controles de tração e estabilidade, ar-condicionado digital, computador de bordo, piloto automático com comandos no volante, rodas aros 18 com pneus 265/60R18, sistema de som, que inclui rádio double din com CD Player, MP3, Bluetooth, entrada mini-USB e entrada auxiliar, quatro tomadas de 12V, entre outros itens. A garantia é de três anos sem limite de quilometragem.

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Diferente da antecessora Blazer, o Trailblazer não será comercializada para frotistas ou órgãos governamentais, por isso não está nos planos produzir uma versão de câmbio manual.

Lançamentos: Novo Clio 2013

Novo Renault Clio no Rio de Janeiro - 08/09/2012./ Foto: Luiz Costa / La Imagem

Renault atualiza design de seu carro de entrada, além disso, promove modificações no propulsor 1.0L, ele recebeu 71 novos componentes

Texto: Edison Ragassi

Fotos: Divulgação

No Rio de Janeiro, dia 13 de novembro, a Renault apresentou para a imprensa especializada brasileira o Novo Clio. O carro passou por modificações estéticas e de conteúdo. No visual, ganhou a nova identidade global da marca, a fábrica também oferece kits de personalização. No total são quatro, dos quais três para o exterior: Sport, Look e Adesivos e um para interior o Kit Estilo.

Novo Renault Clio no Rio de Janeiro - 08/09/2012./ Foto: Luiz Costa / La Imagem

As rodas são de 13 polegadas e os pneus “verdes” (175/70 R13). Segundo a Renault os compostos “verdes” contribuem para a economia de combustível, pois são desenvolvidos para terem um menor atrito em relação ao solo, graças, principalmente, a não utilização da sílica na sua produção.

O novo propulsor, em relação ao anterior, teve modificados 71 componentes, ele passa a chamar 1.0 16V Hi-Power, o antigo era 1.0 16V Hi-Flex. A taxa de compressão aumentou de 10:1 para 12:1, os pistões são novos, para ampliar a durabilidade e a confiabilidade dessas peças, foi adotada a aplicação de grafite nas saias dos pistões, além da utilização do eixo central flutuante.

Novo Renault Clio no Rio de Janeiro - 08/09/2012./ Foto: Luiz Costa / La Imagem

Foi introduzido um sistema de refrigeração do pistão através da injeção de óleo na parte inferior, assim o bloco do motor também foi modificado, em cada um dos cilindros instalaram um injetor responsável por espirrar jato de óleo no fundo do pistão. Ele agora usa uma nova bomba de óleo, novas bielas, mudou a matéria-prima das bronzinas, com material mais resistente ao desgaste e à fadiga. Também tem nova junta do cabeçote composta de duas lâminas de vedação, o sistema de admissão foi redesenhado para otimizar a aspiração de ar. As modificações aconteceram na tampa do cabeçote, no coletor de admissão, caixa do filtro de ar e o tubo da entrada de ar.

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Também é novo o corpo de borboleta, onde foi incluído o 5º bico injetor para a injeção de gasolina durante a partida a frio. Foi adotada a tecnologia “Contact Less” para indicar o posicionamento de abertura da borboleta de entrada de ar. Instalaram um sensor de fase na extremidade do comando de acionamento das válvulas. Também são novos os injetores e a Central Eletrônica, com mais velocidade de processamento e uma programação desenvolvida para o novo motor. Sua potência é de 80 cv (E)/ 77 cv (G) a 5.750 rpm. E o torque é de 10,1 kgfm (G)/ 10,5 kgfm (E) a 4.250 rpm.

Novo Renault Clio no Rio de Janeiro - 08/09/2012./ Foto: Luiz Costa / La Imagem

O Novo Clio tem preço sugerido R$23.290 versão Authentique duas portas, o Expression também duas portas custa R$ 24.290. Com o mesmo acabamento, carroceria quatro portas sai por R$ 24.950. O ar-condicionado custa R$ 2.500 e a direção hidráulica R$ 1.100. Já Kit Estilo com capas para o painel e console central e saídas de ar laterais tem preço sugerido de R$ 449,00 está disponível nas cores branco, vermelho e cinza. Já Kit Look custa R$ 632,00 o Kit Adesivos R$ 299,00 e o Kit Sport R$ 1.405,00

A expectativa da Renault é de crescer em participação no segmento de entrada com este carro.

Novo Renault Clio no Rio de Janeiro - 08/09/2012./ Foto: Luiz Costa / La Imagem

domingo, 11 de novembro de 2012

BOM DE SAMBA

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Por: Fernando Calmon

Foto F. Calmon 19 - médiaNesse ano histórico de grandes lançamentos e, principalmente, de novos fabricantes estreando no segmento de hatches compactos, o mais importante do mercado brasileiro, o Chevrolet Onix, de fato, se destaca por, digamos, o conjunto da obra. Comparado ao HB20 e ao Etios, outras novidades de impacto, não é mais bonito que o Hyundai, mas as linhas são bastante atraentes. Não é o mais aerodinâmico (Cx 0,35), porém ganha no espaço interno pela maior distância entre eixos (2,52 m) e largura (1,70 m).

Trata-se do verdadeiro sucessor do Celta como carro-chefe da marca, embora este continue em produção mesmo depois de 2014, quando receberá airbags e freios ABS por obrigação legal. A fábrica prevê vendas médias de 12.000 unidades/mês, em 2013, cerca de 40% além do veterano que acabou de completar 12 anos de mercado com poucas alterações. Sua versão sedã, o Prisma, não é mais fabricada em Gravataí (RS) e terá o Onix sedã como herdeiro. Difícil ficou a sobrevivência do Agile.

Derivado da plataforma mundial GSV, é 3 cm mais estreito e 11 cm mais curto que o Sonic hatch. Mas não herdou dele a coluna de direção com regulagem de distância. O porta-malas menor (265 l contra 280 l) do modelo mexicano deixou mais espaço para pernas no banco traseiro que o brasileiro. O quadro de instrumentos do Onix exibe simplicidade agradável, enquanto o interior é muito bem cuidado.

Interessante a tela tátil multimídia de 7 pol, MyLink (acrescenta R$ 1.200,00, a partir do segundo catálogo). Não possui GPS, mas pode importar de um celular inteligente o aplicativo de navegação BringGo, que custará R$ 100,00. Preço do Onix é competitivo: de R$ 29.990 (motor de 1 litro) com ABS e airbag a R$ 41.990,00 (motor 1,4-litro). Câmbio automático de seis marchas, único entre os compactos, chega em seis meses.

Uma das surpresas os engenheiros conseguiram com os motores. Em resposta às críticas de tecnologias de reco-reco usadas no Brasil, o de 1 litro alcança nada menos de 80 cv (etanol) com oito válvulas e comando simples. Potência igual em relação à sofisticada unidade de duplo comando variável e multiválvulas do HB20, que tem apenas mais 4% de torque. Motor de 1,4 l/106 cv (etanol) entrega mais potência e mesmo torque que o também elaborado e de maior cilindrada do Etios, de 1,5 l.

Inadmissível a GM continuar sonegando dados de consumo de combustível. Birra sem sentido em relação às regras, iguais para todos, do Programa Brasileiro de Etiquetagem, que já agrega 19 fabricantes. Informa, apenas, que os motores ficaram até 6% mais econômicos em relação aos antigos. Sem a transparência dos índices, de pouco vale.

Boa a posição ao volante. Fácil regular a distância do banco por uma barra de um extremo ao outro do assento. O carro mostra-se acertado em curvas, mais para macio do que duro, tem câmbio de engates precisos e desempenho superior à média do segmento para uma massa total entre 1.012 kg e 1.067 kg. Surpreende o conforto acústico pelo isolamento triplo das portas.

Visibilidade traseira pelo espelho interno é deficiente. Abertura do porta-malas pode ser remota, por botão na chave, mas esta tem que estar fora do local da ignição. Porta-luvas pequeno, porém há vários porta-objetos, inclusive tiras de fixação no console de túnel.

RODA VIVA

AMPLIAÇÃO do acordo entre Opel (subsidiária alemã da GM) e PSA Peugeot Citroën pode levar a futura aliança ou mesmo fusão das operações. Não está claro como afetaria filiais fora da Europa, inclusive do Brasil. Carlos Ghosn já havia dito, no Salão de Paris, que “nem Renault nem Nissan teriam sobrevivido sem a aliança”, indicando a grave situação europeia.

FROTA brasileira de veículos de quatro ou mais rodas – 35 milhões de unidades, em 2011 – continua a subir. Em 2010 passou a do México e este ano pode superar a da Grã Bretanha, alçando a sexta posição na classificação mundial. Estatística se refere à frota real e não à teórica (50 milhões), divulgada pelo Denatran, que desconsidera o sucateamento.

HYUNDAI HB20 surpreende pela desenvoltura do motor de 3 cilindros/80 cv, no trânsito urbano, sem decepcionar em estrada, desde que não carregado. Mais áspero que um 4-cilindros, porém de timbre agradável, assim como a atmosfera interna. Bons freios e câmbio manual, em nível acima das suspensões, de pouco curso e que não apreciam piso irregular.

PRIMEIRO Nordeste Autoshow será de 25 a 28 de abril de 2013, em Recife (PE). Organizado pela Reed Alcântara, responsável pelo Salão do Automóvel de São Paulo, exibirá automóveis, motocicletas e barcos, além de fornecedores dos setores. O Nordeste é considerado promissor para feiras e eventos de porte.

INICIATIVA do Detran paulista merece adoção por outros Estados: aviso por carta, com antecedência de 30 dias, sobre vencimento da carteira de motorista. Se esquecido, traz sérios inconvenientes, além de multas. Há prazo adicional de 30 dias, após o vencimento, que dá flexibilidade ao motorista.

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fernando@calmon.jor.br e www.twitter.com/fernandocalmon

domingo, 4 de novembro de 2012

Aceleradas: GP de Abu Dhabi – Raikkonen vence e Vettel faz a melhor corrida da carreira

212822O finlandês da Lotus conquistou a primeira vitória na temporada, Fernando Alonso chegou em segundo, mas o herói foi Vettel que largou em último para terminar em terceiro

Por: Edison Ragassi

Depois dos treinos classificatórios do sábado, tudo indicava que a diferença em pontos entre Sebastian Vettel (RBR) e Fernando Alonso (Ferrari) aumentaria a favor do alemão, pois ele largaria em terceiro, enquanto que o espanhol marcou só o sétimo tempo.

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No final da volta de classificação, Vettel parou sem levar o carro aos boxes. Os fiscais verificaram e constataram que tinha menos de um litro de gasolina no tanque. Ai foi punido e largou na última posição.

O problema ofuscou a pole marcada de maneira soberba por Lewis Hamilton (McLaren). Ao apagar das luzes vermelhas, a surpresa foi Kimi Raikkonen (Lotus) aparecer na segunda posição e Alonso que ganhou duas posições de uma vez ao passar Mark Webber (RBR) e Jenson Button (McLaren).

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Vettel que saiu de trás andava como alucinado, mas envolveu-se em um pequeno toque com Bruno Senna, logo na largada, o que danificou a asa dianteira do carro do alemão.

Ele manteve-se na pista assim mesmo e andando forte até que na nona volta Nico Rosberg (Mercedes-GP) acertou o carro de Narain Karthikeyan (Hispania). O alemão decolou e parou na barreira de pneus. Resultado, safety-car na pista, e Vettel foi trocar o bico e os pneus, voltando nas últimas posições.

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Na 21ª volta, Hamilton, que liderava a corrida de maneira bem folgada, parou! Raikkonen assumiu a ponta e Alonso ultrapassou Pastor Maldonado (Williams) chegando a segunda colocação.

Vettel vinha de trás e foi ajudado por mais uma entrada de safety-car, pois Romain Grosjean (Lotus), Sergio Pérez (Sauber), Paul di Resta (Force India) e Mark Webber (RBR) envolveram-se em acidente.

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Com a corrida retomada, Vettel protagonizou um belo duelo com Button e levou a melhor, assumindo a terceira posição. Enquanto isso Alonso pressionava Kimi, mas não teve tempo para chegar e passar.

Felipe Massa também fez uma ótima corrida. Com um carro mais lento que o de Alonso, ganhou uma posição na largada (saiu em oitavo), durante a prova, para evitar o choque em Webber, rodou, fez o carro girar no próprio eixo e voltou pra pista. Apesar de perder verias posições conseguiu recuperar-se terminar em sétimo.

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Quase a mesma situação passou Bruno Senna (Williams). Ele largou em 14º, foi tocado na largada e caiu para a última posição. Andou forte chegou a figurar em quinto, mas precisou trocar pneus. Terminou na oitava colocação.

Agora o campeonato tem dois postulantes ao titulo Vettel com 255 pontos e Alonso que soma 245 pontos, em terceiro aparece Raikkonen com 198 pontos.

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Marcaram pontos em Abu Dhabi

1º- Kimi Raikkonen

2º- Fernando Alonso

3º - Sebastian Vettel

4º- Jenson Button

5º- Pastor Maldonado

6º- Kamui Kobayashi

7º- Felipe Massa

8º- Bruno Senna

9º- Paul di Resta

10º- Daniel Ricciardo

Diferente do que ocorreu em outras situações parecidas, em que Vettel largou de trás e teve que brigar por posições e não se deu bem, errou e até ficou fora, desta vez o alemão mostrou que refinou muito sua pilotagem. Por ter o melhor carro é favoritíssimo a ficar com o titulo desta temporada. Por outro lado, seu rival direto na disputa, Alonso é o melhor piloto em atividade. A Ferrari tem quase duas semanas para trabalhar e melhorar o carro, ou seja, as duas últimas provas que serão disputadas nos Estados Unidos e Brasil prometem muitas emoções. Você aposta em quem? Dia 18 de novembro no novo circuito de Austin tem mais.

Rapidinhas

Trabalho de equipe

O espanhol Fernando Alonso não perde uma oportunidade para motiva o time. No pódio sinalizava para os integrantes que na próxima corrida vem a vitória e na coletiva exaltou o trabalho de todos."Devemos estar orgulhosos do que temos feito: o trabalho dos mecânicos na pista e os engenheiros que tentaram afinar o carro. Lutei do começo ao fim", declarou

Sem condições de lutar

Felipe Massa terminou na sétima posição, depois de rodar para não bater. Recuperou o lugar, mas não pode lutar por ultrapassagens."Eu tive problemas com o equilíbrio do carro. O duelo com o Webber foi o momento vital, pois significou perda de muitos lugares em um ponto crucial da corrida", falou o brasileiro.

Pelo menos os pontos

Nos treinos classificatórios Bruno Senna sofreu, todos os problemas possíveis apareceram. Na corrida sofreu um toque foi pra último e ainda marcou pontos. "Depois de tudo o que aconteceu no sábado, tudo o que eu queria hoje era uma corrida tranquila. Não deu, mas pelo menos pude sair daqui com mais alguns pontos para a equipe", afirmou. O problema é que já circulam os boatos que ele não permanece na Williams. A única vaga razoável que resta é a da Force India, se eu fosse ele já estaria negociando.