domingo, 28 de outubro de 2012

RESPEITO ÀS DIFERENÇAS

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Por: Fernando Calmon

Foto F. Calmon 19 - médiaInteressante constatar como os fabricantes mudam suas estratégias mercadológicas e técnicas de continente a continente. Marcas europeias e orientais, por exemplo, tratam de desenvolver modelos com dimensões generosas para vender nos EUA. Atender a cultura do segundo maior mercado do mundo (só perdeu a liderança para a China há três anos) implica fazer concessões ao peso do veículo e maior consumo de combustível em troca de espaço interno.

Isso está mudando porque a gasolina encareceu nos EUA e o governo estabeleceu metas rigorosas de economia para os próximos anos. A Ford foi das primeiras a reagir. Deu uma guinada a fim de procurar aproximar ao máximo possível todos os novos projetos mundiais, pois consumo de combustível e emissões de CO2 são irmãos siameses.

O novo Fusion demonstra os novos tempos. Esse sedã médio-grande, em exceção parcial àquela regra, era um pouco menor que a sua contraparte vendida na Europa com o nome de Mondeo. Agora, cresceu cerca de três cm em comprimento, largura e altura. Estilo e dimensões são os mesmos dos dois lados do Atlântico.

Na versão de topo, Titanium, o motor V-6 aspirado foi substituído por um quatro-cilindros turbo com injeção direta de 2 litros/240 cv/34,7 kgf·m. Assim, o carro chegará ao Brasil, em dezembro, por R$ 112.990, incluindo tração nas quatro rodas e teto solar. Preço dos mais competitivos por vir do México sem imposto de importação e IPI extra. A partir da produção do novo Fiesta hatch, em São Bernardo do Campo (SP), já no início de 2013, a Ford aliviará sua cota de importação mexicana, concentrando-a no Fusion. Em março, estreia o motor de 2,5 l/175 cv, flex, tração dianteira, preço estimado em R$ 85.000.

Espaço interno, em especial no banco traseiro, é um dos destaques, além do silêncio de rodagem ao incluir para-brisa acústico. A marca optou por distância entre eixos 12 cm maior (igual à do Mondeo), mas sacrificou o porta-malas em cerca de 80 litros (agora, 453 l), em parte pelo desenho da traseira. Em compensação, o coeficiente aerodinâmico evolui de 0,33 para 0,27, um dos melhores do segmento, o que resultou em consumo cidade/estrada de 9,1 km/l (gasolina).

O Fusion recebeu um grande pacote de equipamentos, em especial de segurança. Controle ativo de velocidade de cruzeiro, comutação automática farol alto/baixo ao cruzar com outro veículo, monitoramento de pontos cegos, alertas para tráfego cruzado em marcha à ré, de sonolência e de invasão de faixa, além de airbags de joelho para motorista e passageiro (oito bolsas, no total) são alguns. Sistema de estacionamento automático também é novidade.

Sua dirigibilidade impressiona, a começar pela direção de assistência elétrica que absorve pequenas vibrações dos pneus e tem controle ativo de deriva. Em ruas de Los Angeles (EUA) não deu para avaliar o comportamento em curvas velozes, mas a nova suspensão traseira independente de quatro braços traz o refinamento europeu antes inexistente.

Apesar do peso extra do sistema de tração 4x4, o motor dá conta do recado. A Ford decidiu manter o limite eletrônico de 180 km/h de velocidade máxima (na Europa, 240 km/h). Ou seja, em quase tudo carros iguais, mas respeitadas certas diferenças.

RODA VIVA

BMW, finalmente, anunciou a fábrica brasileira em Araquari (SC). Esta coluna antecipou, pelo Twitter, a decisão tomada pela diretoria em Munique há 14 meses. Como havia negociações à frente, a filial brasileira foi obrigada a negar a informação. Investimento de pouco mais de R$ 500 milhões, início de vendas em 2014 e produção inicial do SUV compacto X1.

MERCEDES-BENZ anunciará, até o final do ano, a fábrica no Brasil para produzir o futuro SUV derivado do compacto Classe A. Decisão inevitável, depois do passo adiante da arquirrival BMW. Tudo indica que a unidade estará no mesmo complexo da Nissan, em construção em Resende (RJ). Só falta o retorno da Audi para estabelecer aqui o Trio de Ferro alemão.

DEPOIS de experiências de estilo pouco brilhantes, a GM acertou com o Onix. Novo compacto hatch Chevrolet, em pré-estreia no Salão do Automóvel de São Paulo, agradou também por suas dimensões internas e painel bem elaborado. Arquitetura é a mesma GSV, do Sonic. Vendas começam em novembro próximo. O sedã, primeiro trimestre de 2013.

NOME é trocadilho com Tiguan, mas o Taigun, revelado no Salão, dá ótima pista de como será o primeiro SUV compacto que a VW produzirá no Brasil, em 2014. Motor será o TSI, turbo e injeção direta, três cilindros, 1 litro/110 cv, na versão flex. Pelo menos o motor feito aqui foi confirmado por Ulrich Hackenberger, vice-presidente executivo do Grupo VW.

GRUPO Gandini, importador Kia, estuda alternativas para fabricar algum modelo no Brasil a fim de atenuar fortes restrições do regime automobilístico a quem não produz localmente. Porém, restrições legais e estratégicas, dentro do grupo sul-coreano, impedem uso compartilhado da nova fábrica da Hyundai em Piracicaba (SP).

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Aceleradas: GP Índia – Vettel vence e Alonso respira!

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O alemão da RBR está impossível e parece imbatível, conquistou a quarta vitória seguida e abriu 13 pontos de vantagem para o segundo colocado o espanhol da Ferrari

Por: Edison Ragassi

Na pista indiana, os carros da RBR dominaram os treinos classificatórios, assim, Sebastian Vettel e Mark Webber largaram na primeira e segunda posição, seguidos pelas McLarens de Lewis Hamilton e Jenson Button.

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Confirmando que a Ferrari não acertou seus carros para treinos, Fernando Alonso e Felipe Massa saíram na quinta e sexta posição.Com as luzes vermelhas apagadas, Alonso fez por merecer o título de melhor piloto da F-1. Em uma manobra ousada, ultrapassou Button e Hamilton de uma só vez e mesmo com um carro mais lento foi buscar os RBRs.

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Um pouco da sorte do espanhol voltou, pois o carro de Webber perdeu rendimento e ele conseguiu ultrapassar o australiano. Andou rápido, mas o máximo que conseguiu foi diminuir a diferença para 11 segundos entre o primeiro e o segundo colocado.

Felipe Massa (Ferrari), também fez uma boa corrida. Na largada, protegeu Alonso e por isso manteve a sexta colocação sempre com Kimi Raikkonen (Lotus) fungando em seu cangote.

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Na parada para a troca de pneus, o finlandês chegou a ultrapassá-lo, mas Massa lutou e voltou para a posição. Logo em seguida veio a informação pelo rádio que o carro estava gastando muito combustível, o que fez o brasileiro só defender-se até o final.

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Bruno Senna (Williams) saiu em 13º, ultrapassou o companheiro Pastor Maldonado e o alemão Nico Rosberg (Mercedes- GP) para terminar em 10º na zona de pontuação.

No mais foi uma corrida morna, por causa do asfalto, as equipes optaram por uma parada, o que limitou a movimentação vista nas etapas anteriores.

Marcaram pontos no GP da Índia

1º - Sebastian Vettel

2º - Fernando Alonso

3º - Mark Webber

4º - Lewis Hamilton

5º - Jenson Button

6º - Felipe Massa

7º - Kimi Raikkonen

8º - Nico Hulkenberg

9º - Romain Grosjean

10º - Bruno Senna

No campeonato, Vettel soma 240 pontos, Alonso 227, Raikkonen é o terceiro com 173 pontos e Webber aparece em quarto, pois soma 167 pontos.

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Antes da largada Alonso declarou que o problema não era disputar com Vettel, mas sua luta era contra Adrian Newey o projetista da Red Bull. Causou polêmica, mas ele tem toda a razão. O alemão duas vezes campeão é muito bom piloto, só que, quando teve nas mãos um carro inferior não conseguiu tirar a diferença no braço, cometeu erros e até fez algumas trapalhadas.

Faltando três provas para o final da temporada, o espanhol precisa contar com a sorte ou uma descoberta mágica do projetista de sua equipe, só que não há tempo. A próxima corrida será em Abu Dhabi já no próximo domingo (04/11).

Rapidinhas

Pane seca

O brasileiro Felipe Massa fez uma prova defensiva, pois o seu carro bebia demais. "Foi uma corrida muito dura, do início ao fim. Depois de umas 20 voltas, já tive a informação de que teria de salvar combustível. Então, durante a maior parte da prova, tive de poupar gasolina. Não podia soltar o carro e ainda tinha sempre a ameaça de Kimi Raikkonen, bem atrás de mim". Depois da bandeirada, ele parou logo em seguida para manter o mínimo de gasolina que exige o regulamento.

Confiança na vitória

O espanhol Fernando Alonso não entrega os pontos, apesar de saber que seu carro é inferior, ele acredita no título. "Nada mudou em apenas uma corrida, há ainda 75 pontos a serem disputados e estamos apenas 13 atrás deles", declarou o espanhol depois da prova.

E Vettel responde

Perto de conquistar seu terceiro titulo, Sebastian Vettel sabe que tem o melhor carro, mas procura manter a humildade. Ele respondeu a cutucada de Alonso exaltando o time. "O resultado dos últimos dois anos não aconteceram graças a mim ou a uma outra pessoa específica da equipe. Mas, sim, graças a todos. Este é o espírito que compartilhamos e é bonito fazer parte disso. Ganhamos e perdemos juntos", falou o alemão.

domingo, 21 de outubro de 2012

Lançamento: Novo Fusion 2013

2013 Ford Fusion Hybrid

O sedã grande agora é fabricado em nova arquitetura, com novo design, mais equipamentos, motor EcoBoost e novo sistema de suspensão traseira

Texto: Edison Ragassi*

Fotos: Divulgação

Em Los Angeles, Califórnia, dia 15 de outubro, a Ford mostrou para a imprensa especializada brasileira o Fusion 2013, o carro é global, fabricado em cinco fábricas espalhadas pelo mundo, o lançamento ocorreu simultaneamente no Brasil e Estados Unidos.

2013 Ford Fusion

O visual foi totalmente renovado, inspirado no conceito Evos, incluiu uma interpretação esportiva no sedã clássico. Também há uma evolução da linguagem de design Kinetic, caracterizada por formas que expressam movimento. O carro exibe uma linha de cintura que forma um ombro musculoso, a linha do teto avança até o final da traseira.

Os faróis integram a parte dianteira como uma só peça, no centro uma grande grade. As lanternas traseiras são em LED com um conjunto ótico que invade os para-lamas.

2013 Ford Fusion

Entre os equipamentos, oferece sistema de estacionamento automático, auxiliar de manutenção na faixa e abertura das portas por código, além de Sync Media System com MyFord Touch.

2013 Ford Fusion Hybrid

Ele tem comprimento de 4.871mm, largura com espelhos de 2.121mm, sua distância entre-eixos é de 2.850 mm e a capacidade volumétrica do porta-malas é de 453 litros.

Este sedã não utiliza nenhuma peça do modelo anterior, o propulsor V6 foi substituído pelo moderno EcoBoost 2.0L de 240 cv e torque de 34,7 kgfm a 3.000 rpm.

Montado em bloco de alumínio, usa turbo de baixa inércia, o qual gira em rotações de até 195.000 rpm, segundo divulgado pela Ford é projetado para um ciclo de vida de mais de 240.000 km, ou 10 anos de uso. Ele trabalha com uma pressão de até 16 psi e usa um intercooler para reduzir a temperatura do ar de admissão do motor.

EcoBoost Engine

Fabricado com superliga de tungstênio e cobalto (usada no sistema de alimentação dos motores dos ônibus espaciais), é capaz de operar em temperaturas de até 1.050ºC. Chamado K03, esse novo turbocompressor da BorgWarner combina resfriamento a água e a óleo. Quando o motor está funcionando a refrigeração é feita a óleo e quando o motor é desligado o turbo continua a ser resfriado pelo sistema de água, usando o princípio de sifonamento térmico.

Ford Fusion Titanium

A injeção direta de combustível, fornecida pela Bosch, trabalha com alta pressão, de até 2.200 psi, e injetores com sete jatos individuais para espargir o combustível diretamente dentro da câmara de combustão. O comando de válvulas é duplo, independente variável (Ti-VCT), o qual permite aumentar em aproximadamente 10% a potência e em até 4% a economia de combustível. A transmissão é automática SelectShift de seis velocidades com opção de trocas manuais no volante, tração AWD e direção elétrica.

2013 Ford Fusion

Para este carro a Ford utiliza na traseira a nova suspensão ControLink, com geometria otimizada para a absorção de impactos. Além de melhorar significativamente o aproveitamento do espaço e o conforto para os passageiros, ela tem rigidez lateral 15% maior em comparação com a versão anterior. A suspensão dianteira, com braços de alumínio de alta rigidez, reduz a massa dos componentes e praticamente elimina vibrações.

2013 Ford Fusion

Os amortecedores premium, com válvulas de deslocamento total, proporcionam maior estabilidade, com movimentação suave. As buchas também foram otimizadas para isolar vibrações. Esse conjunto permite total isolação do chassis com a carroceria e desacopla a movimentação lateral e longitudinal, refinando a direção, a estabilidade e o conforto. Os pneus também foram desenvolvidos para equilibrar conforto, precisão, estabilidade, economia e frenagem, todo o conjunto, incluindo a geometria da suspensão, foi calibrado para uso nas condições brasileiras.

Fusion_10

A versão Titanium 2.0L EcoBoost AWD é a primeira a chegar ao país com preço sugerido para venda de R$ 112.990. Em março do ano que vem a Ford inicia as vendas da versão Flex e em abril é a vez do modelo hibrido (versão Hybrid).

O jornalista Edison Ragassi viajou para os Estados Unidos a convite da Ford*

DA PESQUISA À PRÁTICA

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Por: Fernando Calmon

Foto F. Calmon 19 - médiaCongressos e seminários técnicos que integram os calendários anuais de eventos da indústria automobilística passam a desempenhar um novo papel. O regime Inovar-Auto, criado pelo governo para o período 2013-2017, mas que certamente irá além, estimula pesquisas no País. Aqueles fóruns deverão focar também no que estiver ao alcance do bolso dos motoristas.

O Simpósio Internacional de Engenharia Automotiva (Simea 2012) teve sua pauta estudada, como sempre, com antecedência a fim de atrair trabalhos técnicos e palestrantes. O tema desse ano – transporte e trânsito mais sustentáveis – centrou-se em problemas de infraestrutura com ênfase na ampliação do transporte urbano sobre trilhos.

São Paulo, maior cidade do país, tem apenas 74 km de metrô, porém dobrará sua extensão em quatro anos. Alternativa do monotrilho suspenso, solução mais barata e rápida de construir, adicionará 64 km. Estudos indicam que dois terços dos motoristas trocariam automóveis pelo transporte público confiável, confortável e rápido.

Redução de acidentes também foi abordado no Simea 2012. Fabricantes no exterior trabalham com o conceito de segurança integral: freios inteligentes e sinalização de alerta capaz de detectar motociclistas e ciclistas nos pontos cegos dos veículos.

O XXI Congresso da SAE Brasil, no início de outubro e uma semana após o Simea, conseguiu adaptar algumas pautas ao iminente anúncio do novo regime automobilístico. Economia de combustível, um dos pontos importantes na evolução dos automóveis aqui fabricados, valoriza recursos como o sistema desliga-liga o motor.

Há duas evoluções prontas no exterior: desligar o motor já abaixo de 20 km/h, mais útil em cidades, e o desligamento do motor e da transmissão, sob certas condições, em estrada. Mesmo na versão básica, o potencial de economia pode chegar a 13% no trânsito urbano pesado. No entanto, consumo regulamentado representa média ponderada cidade-estrada e a diminuição homologada fica em torno de 4%, o que exigirá muito esforço ainda. Redução no peso do carro e do motor é outra estratégia admitida.

Injeção direta de combustível, pelo custo difícil de diluir nos modelos de menor preço, pode demorar. Falta o desenvolvimento para os motores flex ao consumir 100% de etanol (E100), embora disponível nos países que utilizam E85 (15% de gasolina). Turbocompressores também ajudarão na redução de cilindrada/consumo, processo conhecido por downsizing. No passado foram usados até em motores de 1 litro. Agora o foco passou da potência ao consumo.

Na exposição do Congresso SAE várias tecnologias foram apresentadas. Entre elas as manobras de estacionamento automáticas em que o motorista só precisa introduzir alguns comandos. E, em breve, a novidade: poderá sair dele e, ao toque de um botão, o automóvel estacionará sem dificuldade, mesmo em vagas transversais típicas das garagens e estacionamentos apertados.

Os abrangentes painéis de apresentações e debates deram mostra, já nessa edição, que congressos e simpósios deverão se concentrar na discussão de aplicações práticas, sem deixar de lado o aspecto de pesquisa pura ainda pouco estruturada e valorizada no Brasil. De alguma forma, isso terá de acontecer.

RODA VIVA

FUTURO Ford Ka, a produzir na unidade de Camaçari (BA), será diferente do Ka europeu. Deverá ter um pouco mais de espaço, porém não se afastará muito em estilo, dentro do conceito da marca de unificação mundial dos projetos. Aqui, haverá uma versão sedã quatro-portas, logo depois do lançamento do hatch, previsto para o primeiro trimestre de 2014.

RENAULT admite que houve mal-entendido em relação aos seus motores Hi-Flex. Eles não dispõem de gerenciamento eletrônico específico para rodarem nos países vizinhos, com zero de etanol na gasolina. Podem circular por lá, sem problemas, mesmo em viagens longas, porém não de forma permanente. Motores exportados para lá têm calibração específica.

CRISE de vendas na Europa e prejuízos acumulados devem levar a PSA Peugeot Citroën e a subsidiária alemã da GM, a Opel, a ampliar acordos de produção e até se fundir, como se especula. Em outro movimento, Volkswagen estuda criar uma nova submarca, específica para países de menor poder aquisitivo.

MUITOS desses países puxam, hoje, a demanda mundial de automóveis. Estratégia da Renault e da GM, com produtos mais simples, bom espaço interno e preços em conta, tem conquistado compradores. O Brasil está dentro desse cenário, embora para vender aqui sejam necessários airbags e ABS de série, a partir de 2014. O que não exatamente é um problema.

CERTAS pegadinhas (hoaxes) na internet fazem muitos acreditarem em coisas absurdas. Lojistas orientam quem compra um extintor de incêndio a retirar o plástico que o envolve, sob pena de multa. Não existe penalização prevista para isso. Apenas para facilitar a leitura do manômetro do extintor pode-se afastar ou rasgar o plástico em volta, sem obrigação de fazê-lo.

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Agile com câmbio automatizado

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Para a linha Agile 2013, a General Motors incluiu a versão Easytronic Gen II. O hatch Chevrolet passa a contar, com a transmissão automatizada de segunda geração. O desenvolvimento do sistema foi feito em conjunto entre a General Motors do Brasil e a Magneti Marelli.

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O modelo será mostrado ao público  no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo deste ano, a partir da próxima quarta-feira (24/10/2012), e estará disponível para venda, a partir do  início de novembro de 2012. A novidade chega na cor de lançamento azul Infinity, que passa a fazer parte da linha 2013 do Agile.

domingo, 14 de outubro de 2012

Aceleradas: GP Coreia do Sul- Vettel vira o jogo

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O piloto alemão da RBR venceu e assumiu a liderança do campeonato. Para Alonso resta contar com a sorte e uma evolução mágica da Ferrari

Por: Edison Ragassi

Apesar de largar na segunda posição, Sebastian Vettel (RBR) não teve trabalho para assumir a ponta logo na largada do GP da Coreia do Sul, pois seu companheiro Mark Webber não mostrou resistência.

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O espanhol Fernando Alonso (Ferrari) tentou alcançar os carros da bebida energética, mas não obteve sucesso, pois sua Ferrari não mostrou bom rendimento nos treinos classificatórios. E na corrida, andou bem, mas não o suficiente.

Felipe Massa pode ser chamado de a ‘surpresa da madruga’. O brasileiro parece que reencontrou sua melhor maneira de pilotar. Incentivado pelo bom segundo lugar conquistado na corrida anterior (Japão), ele saiu na sexta posição e pulou para quarto. Seu ritmo era tão forte que chegou a pressionar Alonso na terceira colocação, aí recebeu um puxão de orelha, afinal é o espanhol que luta pelo titulo, por isso tirou o pé.

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A RBR patinou durante boa parte da temporada, sofreu com a proibição do sistema de escapamento e mapeamento do motor. E agora nesta reta final, o projetista Adrian Newey descobriu uma maneira de aproveitar melhor o ar que passa pelos aerofólios traseiros. Pronto, os carros passaram a ser imbatíveis.

Vettel é um bom piloto, mas o melhor em atividade é Fernando Alonso, o espanhol consegue extrair o máximo desempenho de um carro. Já o alemão anda muito bem quando tem o melhor carro, por isso não podemos considerar que a temporada está encerrada. Resta saber se a Ferrari já evoluiu ao máximo seu carro e se a sorte de Alonso o abandonou mesmo. É só um palpite, o Vettel até pode conquistar seu terceiro titulo seguido, mas não vai ser fácil e a definição será no Brasil, a última prova da temporada.

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Para quem aposta, não arrisque todo o dinheiro no alemão, divida entre ele e o espanhol, pois as chances de vitória estão equilibradas entre os dois. É o melhor piloto, contra o melhor carro, ou seja, homem X máquina!

Marcaram pontos no GP da Coreia

1º - Sebastian Vettel

2º - Mark Webber

3º - Fernando Alonso

4º - Felipe Massa

5º - Kimi Raikkonen

6º - Nico Hülkenberg

7º - Romain Grosjean

8º - Jean-Eric Vergne

9º - Daniel Ricciardo

10º - Lewis Hamilton

No campeonato, agora Vettel lidera com 215 pontos, e Alonso tem 209. Kimi Raikkonen (Lotus), aparece na terceira colocação, pois soma 167 pontos. Faltando quatro provas para o final da temporada, a disputa está centralizada em Vettel e Alonso.

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Mais uma página desta história será escrita no próximo dia 28/10, quando acontece pela primeira vez o GP da Índia, que será disputado em Nova Délhi. Pista nova, sem informações para as equipes, e as surpresas podem acontecer!

Rapidinhas

Largada fundamental

Após vencer a prova da Coreia do Sul e assumir a liderança do campeonato, Sebastian Vettel considerou que a vitória aconteceu na largada. "Conquistamos a vitória por causa da boa largada. Não estava muito confiante, porque ia largar na parte suja da pista. Mas consegui obter boa aderência na pista e consegui ir por dentro na primeira curva", simples assim!

Asa defeituosa tira pontos de Senna

Pressionado na Williams, o brasileiro Bruno Senna tinha como meta terminar na zona de pontuação. Ele fez uma ótima largada, mas um defeito na asa comprometeu o desempenho do carro. "Pensei que seria uma boa corrida depois da largada, mas a asa deu problema logo de cara e logo fui superado pelas duas Toro Rosso. Depois, o carro até melhorou, mas aí eu já tinha perdido muito tempo", declarou depois da prova.

Contrato pronto, só falta assinar

Felipe Massa conseguiu um importante quarto lugar e só não subiu ao pódio porque não podia passar Alonso. O brasileiro está confiante na renovação com a Ferrari. "Não tenho nenhuma dúvida sobre a renovação. Mas, de qualquer jeito, vamos esperar pelo tempo certo. Quando você recebe a aprovação de ambos os diretores da Ferrari, você ganha confiança. Para ser honesto, acho que vai acontecer logo", comentou o brasileiro com muita confiança.

SALTO TECNOLÓGICO

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Por: Fernando Calmon

Foto F. Calmon 19 - médiaDepois de longa espera e sucessivos adiamentos, finalmente saiu a regulamentação do novo regime automobilístico brasileiro, a vigorar entre 2013 e 2017.

Batizado pomposamente de Inovar-Auto, traz estímulos fiscais e de política
industrial na direção de melhorar os carros fabricados no País. Enfoque se concentrou em patamar tecnológico, economia de combustível, conteúdo de peças produzidas no Brasil (Mercosul incluído), itens de segurança passiva e ativa, geração de empregos e pesquisas com potencial de gerar inovações.

O programa é bastante complexo, entre outras razões, para dificultar contestação em fóruns como Organização Mundial do Comércio. Além de intervencionista e de eleger vencedores e perdedores entre os que estão ou querem participar do mercado brasileiro, deve-se reconhecer que os objetivos são importantes e, se alcançados, representarão um grande
salto de atualização.

O regime contempla empresas que já produzem, apenas importam ou têm projetos de investimentos. Todas, sem exceção, serão afetadas. Aquelas instaladas há mais tempo poderão cumprir exigências de compras locais com maior facilidade. No entanto, a estratégia de estimular novos fabricantes traz a competição como forma realmente eficaz de alcançar preços menores ao consumidor.

Entre as que pretendem investir, houve sensibilidade para atender marcas especializadas em modelos sofisticados. Serão fábricas dimensionadas para até 35.000 unidades anuais, com investimento mínimo de R$ 17.000 por veículo produzido. Haverá índice (obrigatório) menor de compras internas e atrairá, de imediato, BMW e Land Rover, com planos adiantados. Dificilmente, empresas como Audi e Mercedes-Benz deixarão de aderir, mesmo porque existirão cotas sem o superIPI, hoje incidente sobre modelos importados.

A grande maioria dos importadores também terá cotas, sem IPI extra, proporcionais ao volume médio comercializado entre 2009 e 2011, limitadas a 4.800 unidades/ano. Terão, porém, de investir 0,65% do faturamento líquido em um fundo nacional de desenvolvimento tecnológico, espécie de pedágio por usufruir do mercado interno. Alívio para quem está no negócio, à exceção da Kia, que, sem produção local, enfrentará dificuldades comerciais por seu volume de importações.

Um dos pontos mais positivos são as metas de consumo de combustível. O governo foi pragmático e deixou de lado as emissões de CO2, pois há equivalência direta com o consumo. Compulsoriamente, a média dos automóveis de cada empresa terá de diminuir 13,6% até 2017, até atingir a média (cidade-estrada) de 15,9 km/l (gasolina) e 11 km/l (etanol).

Há, ainda, meta audaciosa, porém incentivada, com até 2 pontos percentuais de redução de IPI para fabricantes que na média, entre 2017 e 2020, atinjam 17,3 km/l (gasolina) e 12 km/l (etanol). A nova lei deixa dúvidas se o IPI menor deve se repassar aos preços ou servirá de compensação aos investimentos.

Como ocorre no exterior, carros econômicos são mais caros: não existe almoço grátis, quando se fala de tecnologia, em
geral. Assim, não acredite que a economia de R$ 1.100,00 por ano em combustível, no discurso do governo, seja efetiva,
pois dependerá do preço do carro.

RODA VIVA

RESULTADOS ruins de vendas em setembro já eram esperados. Além da acomodação natural, depois dos volumes estratosféricos de agosto, o mês passado teve menos quatro dias úteis. Assim, os estoques subiram de 19 para 33 dias, o que diminuiu atrasos nas entregas de alguns modelos. Exportações vão de mal a pior: Anfavea reduziu sua previsão em 2012.

ARQUITETURA do carro conceitual Active Tourer, primeiro BMW de tração dianteira apresentado no Salão de Paris, vai gerar até nove modelos diferentes da própria marca e da sua controlada, Mini. Com certeza, um desses carros está nos planos de produção da fábrica catarinense, conforme a coluna antecipou. Será futuro modelo de entrada, a preço
abaixo do X1 sDrive 18i.

NOVO Mercedes-Benz Classe B corrigiu fraquezas anteriores. Mais baixo e largo, alcança ótimo coeficiente
aerodinâmico (Cx) de 0,26. Preço: R$ 115.900 a R$ 129.900. Motor turbo, 156 cv/22,4 kgf·m, e caixa de câmbio automatizada (duas embreagens, sete marchas), no lugar da insossa CVT de antes, formam bom conjunto. Faltam equipamentos, como ar-condicionado digital. Agora, sistema eletrônico permite entrar e sair de vagas.

MITSUBISHI trabalha para lançar, em breve, primeira picape média com câmbio automatizado (monoembreagem), da Magneti Marelli. Estará disponível na Triton com motor flex, quatro cilindros. Fábrica detectou interesse por essa solução mais em conta que automático convencional.

QUANDO a Chrysler cortou os preços de seus produtos, recentemente, nada mais fez do que se antecipar ao que estava previsto no novo regime automobilístico. Afinal, possuía informações sobre cancelamento do super IPI. Não faltou quem suspeitasse de absorção de margens de lucro, apontadas por uma revista americana de negócios.

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Fábrica de motores da VW completa 16 anos

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Com mais de 7,5 milhões de motores produzidos desde o início de suas atividades, em 1996, a unidade da Volkswagen do Brasil em São Carlos completou sexta-feira dia 12/10, 16 anos de operação.

Consolidada como a terceira maior fábrica de motores do Grupo Volkswagen, atrás somente de Salzgitter (Volkswagen), na Alemanha, e Györ (Audi), na Hungria, a unidade emprega mais de 800 pessoas e é responsável pela produção de uma média de 70 mil motores por mês em 51 modelos diferentes, de 1.0, 1.4 e 1.6 litro, os quais equipam os modelos Novo Gol, Fox, Novo Voyage, Crossfox, Saveiro, Polo, Polo Sedan, Kombi, Gol G4 e Golf.

sábado, 13 de outubro de 2012

Check-up Gratuito no carro acontece em São Paulo

O programa Carro 100% realiza na cidade de São Paulo o Check-up Gratuito Carro 100%. Em minutos, o carro passa por uma linha de estação automotizada, a mais moderna do País, sendo possível checar:

  • Suspensão
  • Rodas
  • Freios (eficiência dianteiro e traseiro)
  • Fluido de freio
  • Alinhamento de farois

Após a avaliação gratuita, o motorista recebe um relatório com o resultado dos itens checados. Desta forma, o dono do carro pode ficar sabendo quais são as reais condições dos itens de segurança do seu veículo. A manutenção preventiva, além de ser mais ecônomica, também contribui para a segurança no trânsito.

Serviço:
Local: Auto Shopping Cidade - Marginal Pinheiros, 16. 741 - sentido Interlagos - entre as pontes Morumbi e João Dias.
Horário: segunda a sexta-feira, das 10h às 15h

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Aceleradas: GP Japão- A corrida de Felipe Massa

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O piloto brasileiro da Ferrari subiu no pódio e Vettel venceu, como Alonso não marcou pontos, o campeonato está embolado!

Por: Edison Ragassi

Que o espanhol Fernando Alonso (Ferrari) é o melhor piloto em atividade na F-1, quase ninguém discorda. E que ele também tem muita sorte, quase todos que acompanham o esporte concordam. Mas parece que, para delírio de Bernie Ecclestone, a sorte está abandonando o bicampeão. Por duas vezes nesta temporada ele deixou de marcar pontos, por erro de outros.

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A primeira foi em Spa-Francorchamps, quando Romain Grosjean (Lotus) voou por cima da Ferrari do espanhol e a segunda neste GP do Japão, disputado no domingo (07/10). E desta vez foi o carro de Kimi Raikkonen (Lotus) que furou o pneu do monoposto de Alonso obrigando- o a deixar a corrida.

Sebastian Vettel (RBR), que largou na pole e não tinha nada a ver com as confusões da largada, aproveitou para manter a posição e distanciar-se do segundo colocado.

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Com muita pericia o brasileiro Felipe Massa que saiu na 10ª posição, livrou-se dos acidentes e pulou para a quarta colocação. Pilotando num ritmo alucinante, aproveitou a primeira parada para troca de pneus e assumiu a segunda colocação, a qual não perdeu mais.

Não poderia ser diferente, o japonês Kamui Kobayashi (Sauber), correndo em casa, completou o pódio na terceira colocação, após ser pressionado nas últimas voltas por Jenson Button (McLaren) e levou a torcida ao delírio.

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Depois desta prova, Alonso continua na liderança da competição com 194 pontos, enquanto que Vettel é o vice-líder somando 190 e o terceiro colocado é Kimi Raikkonen com 157 pontos.

Alonso reclama e pede providências, ele precisa de um carro melhor, pois dependendo da pista, a Ferrari é a quarta força, RBR, McLaren e as vezes a Lotus superam o time vermelho.

No Japão se Alonso (eu sei que ‘se’ não ganha corrida), não ficasse fora, seria ele o segundo colocado. O espanhol ainda pode conquistar o terceiro titulo. Ele é muito mais experiente que o alemão e consegue extrair um algo a mais do carro. Agora o que não dá pra prever é quando os outros irão tirá-lo da corrida.

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E a situação de Massa, como fica? Depois deste segundo lugar é bem provável que renove o contrato por mais uma temporada e continuará como fiel escudeiro de Alonso.

Marcaram pontos no GP do Japão:

1º -Sebastian Vettel

2 º -Felipe Massa

3 º - Kamui Kobayashi

4 º - Jenson Button

5 º - Lewis Hamilton

6 º - Kimi Raikkonen

7 º - Nico Hulkenberg

8 º - Pastor Maldonado

9 º - Mark Webber

10 º - Daniel Ricciardo

No próximo domingo tem mais, a 16ª etapa acontece na Coreia do Sul, mesmo horário do Japão, e depois, tem Índia, Abu Dabi, Estados Unidos e Brasil.

A disputa ficou acirrada e imprevisível, em quem você aposta para ser o campeão 2012?

Rapidinhas

Segundo lugar com gosto de vitória

Felipe Massa não subia ao pódio desde o GP da Coreia em 2010, quando terminou em terceiro lugar. Depois da corrida, sua declaração foi de alivio: "Foi uma corrida fantástica! Estar de volta ao pódio depois de quase dois anos é ótimo e me sinto muito feliz. Foram dois anos difíceis para mim e, às vezes, um milhão de coisas passam por sua mente, algumas delas ruim, mas finalmente eu posso estar feliz! É um resultado importante psicologicamente e também em termos de meu futuro, pelo menos eu penso assim!

Punição injusta?

Bruno Senna largou na 16ª posição bateu em Nico Rosberg na largada e teve que parar nos boxes para trocar o bico do carro. Como se não bastasse, foi considerado culpado pelo acidente e foi punido com um drive-through, mas Bruno não concordou com a punição. "Não tenho a menor ideia do que aconteceu por ali. Eu estava por dentro e, no meio da confusão, o Rosberg veio para cima de mim e fiquei sem ter para onde ir. Nos tocamos, mas eu não tinha o que fazer. Não entendi porque tomei o drive-through", afirmou

A Mclaren vem forte

Além de ter que se preocupar com os pilotos da RBR, Alonso também enfrenta a motivação de Jenson Button, "nós tivemos uma corrida forte no Japão, agora espero que possamos manter este momento durante os treinos e a corrida no fim de semana que vem", declarou o piloto que chegou em quarto lugar. Outro bastante otimista para a corrida da Coreia é Lewis Hamilton, quinto no Japão. “Coloquei o carro na pole ano passado. Foi muito significativo para mim, estava tentando o ano todo uma pole. Na corrida, infelizmente, não tínhamos carro para segurar o Sebastian".

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

AMBIENTE PESADO

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Por: Fernando Calmon

FOTO_F~2 O Salão do Automóvel de Paris, aberto até o próximo dia 14, não encontra o melhor dos climas este ano. Em meio à crise econômica europeia, que derrubou as vendas de automóveis em mais de 20% desde 2009, é difícil passar à imprensa, este ano em menor número, e ao público, a confiança esperada. Apesar do ambiente pesado, como o jornal Le Figaro destacou, a exposição francesa apresenta menos novidades, porém de maior valor do que outras edições.

O Golf VII totalmente renovado, modelo mais vendido na Europa, e a reviravolta de estilo do Clio IV são alguns exemplos. Peugeot não ficou para trás e exibiu, quase pronto, o SUV compacto 2008. A marca, dessa vez, confirma sem hesitação que fabricará o carro no Brasil para concorrer com EcoSport, Duster e o Trax, estreante em Paris, a ser importado da Chevrolet mexicana em 2013. É reticente quanto ao sedã compacto anabolizado 301, adversário natural de Logan, Cobalt, Versa, Grand Siena e outros.

Os fabricantes relutam em confirmar o que é antecipado nos grandes salões internacionais. Renault nega planos sobre o Clio IV no Brasil por ser “muito caro”, mas 208 (janeiro próximo) e C3 concorrem diretamente com ele na Europa e aqui. As novas gerações de Logan e Sandero, estreantes em Paris e evoluídos também na parte interna, chegam até o final de 2013 e, certamente, o Logan terá o 301 a enfrentar.

Volkswagen continua negando o novo Golf no Paraná. O carro pesa 100 kg menos que o anterior. Porém, apesar de sua sofisticação, foi projetado para produção em qualquer fábrica da empresa no mundo. O carro será vendido aqui e, outra possibilidade, importado do México. A Ford estreou o novo Fiesta hatch retocado em Paris (igual ao que será produzido em São Bernardo do Campo, no início de 2013) e guardou a versão sedã para o Salão de São Paulo, a partir do dia 24. EcoSport estava no estande da empresa só nos dois dias de imprensa e deverá ser exportado da Tailândia para Europa.

O Fiat 500 L, substituto do Idea sobre arquitetura do Punto (nada a ver, portanto, com o subcompacto 500, derivado do Panda), tem alguma chance de produção em Betim porque sua importação da Sérvia ficaria muito cara.

Segundo a organização do 66º salão parisiense, há 80 estreias mundiais. Entre os modelos esporte, destaques para o inteiramente novo conversível Jaguar F, do qual se esperava um pouco mais; a reestilização discreta do Lamborghini Gallardo LP 560-4 e o incrível Mercedes-Benz SLS Electric Drive, 740 cv e quatro motores elétricos. No outro extremo, o Opel Adam, que parece ter sido desenhado às pressas para concorrer com os subcompactos de butique. No campo dos carros-conceito, o Peugeot Onyx destaca-se por materiais alternativos e o Citroën DS9, por aprofundar a linguagem de estilo da marca.

Active Tourer, também conceitual e quase em nível de produção, é o primeiro BMW com tração dianteira (arquitetura derivada do Mini, marca do grupo). Modelo em exposição tem motor dianteiro a gasolina e outro elétrico para tracionar as rodas traseiras, com autonomia de 40 km. Essa arquitetura híbrida parece ter grande chance no futuro próximo por sua flexibilidade, preço menor que elétrico puro e consumo/emissões bastante baixos.

RODA VIVA

TOYOTA espera lançar seis novos modelos de baixo custo para países emergentes até 2015. Um deles, SUV compacto, será produzido na Índia e no Brasil. Empresa também trabalha em um sedã compacto maior que o Etios. Americanos batizam esses sedãs de cheap space, espaço por baixo preço, em tradução livre.

CONSUMO de combustível ficará mais valorizado, em especial pelo novo regime industrial automobilístico. No Salão do Automóvel de São Paulo, além dos retoques no antigo Clio, Renault aposta que seu motor de 1 litro/16 v será o mais econômico entre todos os modelos à venda no Brasil sob controle de etiquetagem do Inmetro.

EVOLUÇÃO estilística do Citroën C3 vem acompanhada por nítidas melhoras mecânicas. Versão de topo Exclusive tem motor silencioso de 1,6 l/122 cv e boa disposição para acelerar, suspensões mais firmes e menos ruidosas e direção de assistência elétrica melhor que a anterior. Para-brisa ampliado alegra ambiente interno. Espelho avulso encaixado no para-sol não é boa solução.

HYUNDAI submeterá ao programa de etiquetagem do Inmetro todas as versões do HB20. Processo não se concluiu antes porque a prioridade era o lançamento do carro, alega a empresa. Também tem expectativa de ir bem no teste de impacto do Latin NCAP, sem antecipar o que espera. Toyota, mais transparente, prevê quatro estrelas, das cinco possíveis, com o Etios.

BRASIL tem 49 marcas de automóveis e comerciais leves em disputa. Pode parecer bastante, se não fosse pela situação de competição ainda maior no Chile, cujas vendas alcançam apenas 10% do mercado brasileiro. Como o país tem setor industrial muito fraco e é grande exportador de matérias-primas, tornou-se paraíso dos importadores. Nada menos de 65 marcas de todas as origens.

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fernando@calmon.jor.br e www.twitter.com/fernandocalmon

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Comparativo: Nova Chevrolet S10/ VW Amarok

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A S10 passou a ser fabricada com nova arquitetura, ganhou novo motor diesel e novas caixas de câmbio, a Amorok recebeu câmbio automático de 8 marchas e o propulsor evoluiu

Por: Edison Ragassi

Fotos: Estúdio Prána

Este ano as fabricantes de veículos mostraram as novas picapes médias. Em fevereiro, a General Motors lançou a nova Chevrolet S10. A líder em vendas do segmento há 16 anos mudou radicalmente.

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Fabricada na unidade de São José dos Campos (SP), agora também é produzida na Tailândia e em outras fabricas no mundo, o projeto foi desenvolvido no Brasil.

Já no mês de março, a VW passou a comercializar sua picape média Amarok com transmissão automática de 8 velocidades.

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O modelo é produzido na Argentina e também é um veiculo global. A primeira versão chegou em 2010, mas só com câmbio manual.

Para a Nova S10 a GM desenvolveu um novo motor 2.8 Turbodiesel CTDI, que tem bloco de ferro fundido, já o cárter e cabeçote são feitos em alumínio. O turbo é de geometria continuamente variável, sua diferença dos de geometria fixa são as pás que se movimentam continuamente.

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O cabeçote usa duplo comando de válvulas tubular feitos em aço inox, balanceiros roletados de baixo atrito. Na injeção de combustível, o sistema é o common rail, com velas aquecedoras, ajuste hidráulico das válvulas e corpo de borboleta de nova geração. Sua potência é de 180 cv a 3.800 rpm e o torque de 47,9 kgfm a 2.000 rpm. Com a Nova S10 a Chevrolet passou a disputar o segmento de picapes médias de transmissão automática, a caixa é nova a 6L50 de seis velocidades.

Comparado ao motor usado na primeira versão da Amarok, ele passou por modificações para atender as normas da fase L6 do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores) para veículos a diesel. A adequação à nova regulamentação foi obtida com a introdução de um filtro de partículas (DPF – diesel particulate filter), que reduz o nível de emissões de material particulado.

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Ainda foram feitas atualizações do software de controle e alterações nos turbocompressores. Assim, este 2.0L biturbo TDI entrega 180 cv de potência e torque máximo de 42,8 kgfm (o anterior tinha 163 cv e torque de 40,7 kgfm). Para atender as normas de emissões, o motor da S10 e da Amorok precisa ser alimentado somente com diesel do tipo S-50.

Também em comum as duas picapes tem o fornecedor do turbo. Eles são da Garrett de geometria continuamente variável, com vanes (aletas) que se movimentam de acordo com o regime de rotação do motor, para acentuar o desempenho e proporcionar economia de combustível e reduzir as emissões de CO2.

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Na picape da Chevrolet a suspensão dianteira é independente, com braços articulados, molas helicoidais e amortecedores telescópicos hidráulicos pressurizados a gás de alto desempenho.

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A traseira tem feixe de molas semi-elípticas de dois estágios, os amortecedores são do mesmo tipo da dianteira.

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A VW usa em sua picape suspensão dianteira independente, com braço duplo transversal e mola helicoidal. A traseira tem eixo rígido e mola de lâminas.

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Os freios da S10 são a discos ventilados de 300 x 27 mm na dianteira e tambor de 147,5 x 50 mm na traseira.

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Na Amarok os discos de freios também são ventilados, diâmetro de 303 mm e o tambor de freio com regulagem automática tem diâmetro de 295 mm. A direção é hidráulica nos dois modelos.

DSC00537O comprimento total da picape Chevrolet é de 5.347 mm, para uma distância entre os eixos de 3.096 mm. Com largura total de 2.132 mm, a altura é de 1.827 mm, na caçamba a capacidade volumétrica é de 1.061 litros, a carga máxima é de 1.039 kg e o tanque de combustível recebe 76 litros.

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Enquanto que o comprimento da Amaorok é de 5.254 mm, com distância entre-eixos de 3.095 mm. Sua largura total é de 2.228 mm e altura de 1.834 mm. O volume da caçamba é de 1.280 litros, a carga útil máxima é de 1017 kg e a capacidade do tanque de combustível é de 80 litros.

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A Nova S10 com transmissão automática é comercializada na versão LT ao preço de R$109.703, traz de série: Ar-condicionado / freios ABS nas 4 rodas / air bag duplo / computador de bordo / alarme / vidros, travas e retrovisores externos elétricos / faróis de neblina / rodas de alumínio 16", banco do motorista com regulagem de altura/ capas dos retrovisores, maçanetas externas e para-choques na cor do veículo / luz indicadora de direção integrada aos retrovisores externos / desembaçador elétrico do vidro traseiro / console central de assoalho / chave canivete / radio Doble Din com CD Player, MP3, Bluetooth, entrada USB e auxiliar.

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A opção topo de linha é a LTZ, seu preço sugerido é de R$ 130.840, além dos itens da LT é equipada com: Ar-condicionado digital / interior em couro / rodas de alumínio 17" / banco do motorista com ajuste elétrico / lanternas traseiras em LED / regulagem elétrica de altura dos faróis / estribos laterais / Rack de teto / capas dos retrovisores, maçanetas e para-choque traseiro com detalhes cromados / faróis em formato de projetor / luz de neblina traseira / controle eletrônico de estabilidade / controle de tração / retrovisores externos rebatíveis eletricamente.

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Com câmbio automático de 8 marchas a VWAmarok só é comercializada na versão topo de linha Highline ao custo de R$ 130.550. De série traz: air bags frontais/ freios ABS, o exclusivo ABS para a função off-road/ ELD (bloqueio eletrônico do diferencial)/ar-condicionado Climatronic “dual zone”/ desembaçador do vidro traseiro/ retrovisores com acionamento elétrico/ Radio RCD-510 com CD-changer, entrada SD-card e tela “touch-screen” e sistema Bluetooth/ travamento central e alarme keyless/ duas tomadas de 12V na cabine e uma na caçamba/ vidros com acionamento elétrico/ tração 4Motion permanente/ travamento mecânico do diferencial traseiro/ volante multifuncional com comandos do rádio/ antena incorporada à carcaça do retrovisor esquerdo/ computador de bordo/ controlador de velocidade (piloto automático)/ sensor traseiro de estacionamento/ pneus 255/60 R18/ rodas de liga leve de 18“ (inclusive estepe)/ faróis de neblina/ protetor do cárter/ para-barro.

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As versões Highline e Trendline podem contar opcionalmente, com o sistema ESP (Programa Eletrônico de Estabilidade), Controle Automático de Descida (HDC) e Assistente para Partida em Subida (HSA).

Colaboraram: General Motors do Brasil, VW do Brasil, Concessionária Chevrolet Aba- Higienópolis e Concessionária Caraigá VW- Morumbi

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Nova S10 cabine dupla diesel automática

Custos de peças e serviços

Amortecedores dianteiros: R$ 741,78

Serviço: R$110,00

Amortecedores traseiros: R$323,24

Serviço: R$88,00

Discos de freios dianteiros: R$772,98

Serviço: R$ 88,00

Jogo de pastilhas dianteiras: R$575,14

Serviço: R$66,00

Lonas de freios traseiras: R$ 449,23

Serviço: R$110,00

Óleo/ litro: R$39,00

Serviço: -

Filtro de óleo: R$58,00

Serviço: -

Filtro de ar: Preço não disponível

Serviço: R$33,00

Filtro de combustível: R$156,23

Serviço: R$33,00

Filtro anti-polén: R$118,51

Serviço: R$33,00

Amarok diesel automática

Custos de peças e serviços

Amortecedores dianteiros: R$ 453,74- cada

Serviço: R$ 207,31

Amortecedores traseiros: R$ 257,63 - cada

Serviço: R$ 90,70

Discos de freios dianteiros: R$ 391,95- cada

Serviço: R$ 116,61

Jogo de pastilhas dianteiras: R$ 366,20

Serviço: R$ 116,61

Lonas de freios traseiras: R$ 368,20

Serviço: R$ 168,44

Óleo/ litro: R$ 33,92 - cada

Serviço: R$ 116,61

Filtro de óleo: R$ 31,40

Serviço: R$ 168,44

Filtro de ar: R$ 97,01

Serviço: R$ 51,83

Filtro de combustível: R$ 130,82

Serviço: R$ 38,87

Filtro anti-polén: R$ 59,01

Serviço: R$ 142,53