quinta-feira, 29 de maio de 2014

ESPERAR, CANSOU

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Por: Fernando Calmon

FOTO_F~2Parece próximo de ser anunciada a estratégia governamental para estimular o uso de veículos híbridos e elétricos. Tudo indica que o imposto federal IPI poderá zerar e na cidade de São Paulo há um desconto de 50% na alíquota do IPVA, ou seja, o município abre mão dos 50% que lhe cabem nesse tributo estadual. Sem dúvida é condição necessária, mas não suficiente, para impulsionar essas tecnologias no Brasil.

No caso específico dos carros híbridos que utilizam dois motores (a combustão e elétrico) o caminho é bem menos difícil. Seu preço menor, a inexistência do problema de baixa autonomia e de ansiedade por não encontrar um local de abastecimento abrem possibilidade de aceitação maior que os elétricos puros. No nosso caso ainda é possível ter o motor a combustão flexível em combustível (etanol e/ou gasolina), o que reduziria bastante as emissões de CO2. A produção mundial de híbridos, atualmente mais de 30 vezes superior frente aos elétricos, também indica que essa solução intermediária vai prosperar.

Uma das possibilidades estudadas na capital paulista é o subsídio direto aos compradores, a exemplo do que ocorre no exterior. Trata-se de iniciativa complicada por aumentar os gastos públicos e deixar margem aos críticos fáceis de plantão ao transporte individual nos grandes centros. Mais palatável seria, por exemplo, liberar as vagas de estacionamento rotativo e dispensá-los do rodízio, uma má ideia imposta aos paulistanos pelo alcance limitado e que aumentou a poluição ao agregar carros mais antigos e poluentes como alternativa legítima.

Quanto aos elétricos há ainda sérias dúvidas sobre o que deve ocorrer. Em artigo recente à parte da Alta Roda, esse colunista chamou a atenção sobre um possível impasse a prejudicar seu avanço. Parte dos interessados acredita que as baterias terão resolvidos os empecilhos de autonomia, tempo de recarga, peso/volume e reciclagem. Outros apostam que as pilhas a hidrogênio e uma futura rede mundial de abastecimento seriam mais viáveis.

O maior fabricante de automóveis do mundo, a Toyota, acaba de anunciar oficialmente que abriu mão de 20 anos de pesquisas sobre baterias. Sua aposta agora é nas pilhas a hidrogênio, capazes de gerar eletricidade a bordo. Admitiu que baterias têm mesmo alcance limitado e as pilhas, mais baratas e eficientes from well to wheel (ciclo energético fechado). Começará a produzir veículos desse tipo já em 2015, porém reconhece a necessidade de um grande esforço conjunto das próprias fábricas, das distribuidoras de combustíveis e dos governos para montar a rede de abastecimento.

Para dar exemplo, a japonesa desenvolveu uma estação móvel de hidrogênio ao custo de US$ 2 milhões/R$ 4,4 milhões, cerca de metade de um posto fixo desse gás. Calcula que precisará de 68 instalações para cada 10.000 carros com pilhas a hidrogênio para evitar a ansiedade.

Interessante é que pouco antes de anunciada essa decisão, uma empresa japonesa especializada em baterias disse que planeja fabricar uma unidade de duplo carbono capaz de recarregar 20 vezes mais rápido que uma convencional de íons de lítio. Essas promessas já foram feitas anteriormente e a espera acabou por cansar.

RODA VIVA

INFORMAÇÕES não oficiais indicam início de produção nacional do Versa (o sedã do March) em outubro próximo e vendas no mês seguinte. Por outro lado, fornecedores não estariam mais entregando peças para fabricação do Livina. Tanto pode significar estoques altos demais, como sinalização para importar o Note do México, seu substituto no futuro.

PEUGEOT lançou crossover francês 3008 2015 com retoques na dianteira para se integrar à nova identificação da marca e mais equipamentos. Além de navegador GPS, o sistema de projeção de informações no para-brisa agora é colorido. Decidiu oferecer versão única– Griffe – por R$ 99.990 e se manter simbolicamente abaixo da linha de R$ 100.000.

ANTECIPAR 2015 é recurso de marketing cada vez mais evidente, em mercado de vendas cadentes. Citroën anunciou mudança de ano-modelo da linha C3, praticamente sem alterações visuais. Readequou o nome de algumas versões, adicionou equipamentos sem repasse ao preço e acrescentou câmbio automático à versão intermediária Tendance.

PALIO Fire, apesar de bem aceito, tem preço de entrada artificialmente baixo. Na versão duas-portas parte de R$ 24.730, mas equipamentos importantes como cintos de três pontos retráteis nas extremidades do banco traseiros, dois encostos de cabeça e desembaçador/limpador do vidro traseiro são opcionais. Essa estratégia mina os esforços de melhorar a segurança.

ADIADA pela quinta vez a aplicação compulsória de rastreadores em todos os veículos. Denatran postergou para julho de 2016 o uso desse equipamento que, quando muito, deveria ser opcional. Além não ter comprovado em testes seu bom funcionamento, tornou-se um assunto que beira o surrealismo. Quem ainda acredita que essa inutilidade um dia chegará de fato?

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fernando@calmon.jor.br e www.twitter.com/fernandocalmon

Lançamento: Nissan New March

Nissan_New_March_1.6_SL--3O compacto da Nissan é o primeiro modelo produzido na fábrica da montadora instalada no Rio de Janeiro. Ele passou por modificações estéticas e de conteúdo

Por: Edison Ragassi/ Fotos: Divulgação

Dia 15 de maio, a Nissan mostrou para a imprensa especializada, em sua recém-inaugurada fábrica, na cidade de Resende (RJ), o New March. O compacto antes importado do México passa a ser produzido no Brasil.

Nissan_New_March_1.6_SL--9O carro recebeu novo visual, a dianteira tem uma grande entrada de ar inferior e grade cromada em forma de V, o para-choque dianteiro é robusto. Na lateral, uma linha de cintura baixa, os para-lamas ressaltam as caixas de rodas. As maçanetas e retrovisores, de acordo com a versão, podem ser pretos, da cor da carroceria ou cromados.

Entre as soluções aerodinâmicas, no teto foram colocados dois vincos em forma de V, que lembram bumerangues. E o desenho da carroceria na extremidade traseira do teto é levemente elevado. As modificações internas incluíram novos materiais, painel e volante.

A suspensão dianteira é independente, tipo McPherson, e a traseira tem eixo de torção, os sistemas foram recalibrados, receberam amortecedores com curso maior (8 mm no da frente e 9 mm na traseira).

Impressões ao dirigir

O Nissan New March foi avaliado por Best Cars em trecho urbano e de rodovia. Ao entrar no compacto, a impressão é de estar em um veículo maior, pois ele é confortável.

Em relação ao modelo que era importado do México, o volante mudou, ficou semelhante ao do Novo Sentra, inclusive incorporou comandos do sistema de som. Ele tem bom tamanho e empunhadura.

Nissan_New_March_S-7154O painel de instrumentos permaneceu igual ao anterior, os mostradores de velocidade e giro do motor são grandes, fácil de visualizar, inclusive os mostradores digitais do odometro e computador de bordo. A diferença ficou por conta do acabamento, agora em Black Piano.

O banco do motorista possui regulagem de altura, o que facilita para encontrar uma boa posição. Já o encosto tem sistema de alavanca para regular. O de catraca é muito mais preciso e confortável de usar, porém, parece que as fabricantes de veículos aposentaram a velha ‘rodinha’ de regulagem, passaram a optar por outros tipos de soluções, as quais não são tão eficazes.

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A primeira versão avaliada foi a com motor 1.0L. Este propulsor é compartilhado com a Renault, o mesmo que equipa o Clio, porém, a Nissan colocou seu ‘pitaco’ no projeto frances. Eles mudaram o sistema de arrefecimento, o qual deixou de ter o reservatório de expansão. Para completar o fluido é preciso tirar a tampa do radiador.

Ao acionar a ignição, o barulho do propulsor chama a atenção, ele é um pouco diferente de outros da mesma cilindrada, seria por causa da mudança no sistema de refrigeração, ou por algum ajuste feito no sistema de exaustão?

Nissan_New_March_1.6_SL-Ao engatar a primeira marcha, e continuar subindo, foi possível perceber que os engates são precisos. O propulsor 1.0L tem bom arranque, para um veículo deste porte. Ele desenvolve velocidade de maneira fácil. A faixa de torque ficou bem ajustada, tanto que, na rodovia Presidente Dutra, em velocidade de 60 km/h ele mantem-se em 2.500 rpm, em 110 km/h, o giro do motor fica estabilizado em 3.500 rpm. É bem elástico, da pra usar a quinta marcha aos 60 km/h.

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Os engenheiros da Nissan, retrabalharam as suspensões dianteira e traseira, para colocar as rodas de 14 polegadas. Isso não comprometeu o a estabilidade do compacto que está muito bom ao enfrentar curvas. Porém nas lombadas, é preciso ter cuidado. Não porque ele arrasta a frente, mas sim porque ao ultrapassar um obstáculo deste tipo, se não for bem devagar, ele dá um salto. E sempre é bom lembrar que ao passar por uma lombada, o correto é enfrentá-la de frente, não passar de lado, pois este tipo de condução compromete a torção da carroceria e com o tempo causa trincas.

Nissan_New_March_1.6_SL-6746Já as condições de dirigibilidade do modelo equipado com propulsor 1.6L são semelhantes, porém ele reage de maneira mais rápida. Ambos são equipados com sistema de direção elétrica progressiva. Isso é ponto positivo ao realizar manobras em estacionamentos, e também ao fazer uma ultrapassagem, pois o sistema está bem acertado e não rouba potência.

A caixa de câmbio do mais forte tem boa sincronização, isto faz com que o modelo tenha um excelente arranque. Fica melhor ainda nos retões da Via Dutra. O motorista precisa ficar atento, já que ele desenvolve velocidade de maneira rápida. É muito fácil de ultrapassar o limite de 110 km/h que é permitido. Outra diferença notada entre o modelo equipado com motor 1.0L e 1.6L é o nível de ruído dentro da cabine. O mais forte é um pouco mais barulhento.

A versão de entrada do New March é a 1.0 Conforto, que tem preço sugerido de R$ 32.990.

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O motor é da Renault, 1.0L 16V com 74 cv a 5.850 rpm de potência e torque de 10 kgfm a 4.350 rpm, abastecido com etanol ou gasolina. Entre os itens de série traz, ar condicionado, direção elétrica progressiva, computador de bordo, conta-giros e velocímetro com acabamento em prata, rodas de aço aro 14 com pneus 165/70 R14, entre outros.

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A opção 1.0 S custa R$ 34.490, tem a mais, chave com telecomando para abertura e fechamento das portas e do porta-malas, retrovisores com regulagem elétrica, travas elétricas das portas e do porta-malas, vidros dianteiros e traseiros elétricos. O 1.0 SV custa R$ 36.990, ele tem aerofólio com brake light e lâmpada de LED, rádio CD Player de função RDS, entrada auxiliar para MP3 Player/IPod, conector USB, quatro alto-falantes, conexão Bluetooth de telefone com sincronização de agenda, farol de neblina dianteiro com acabamento cromado, rodas de liga leve aro 15 e pneus 185/60 R15, entre outros.

Nissan_New_March_1.6_SL--7O mais forte é o 1.6 S, que custa R$ 37.490, ele usa motor HR 1.6L 16V, também feito em Resende, com 111 cv de potência e torque de 15,1 kgfm. O 1.6 SV custa R$ 39.990 e o 1.6 SL sai por R$ 42.990, ele tem, ar-condicionado digital automático, alarme com acionamento na chave, acesso às redes sociais NissanConnect integrado ao navegador, câmera traseira com imagem integrada ao display do rádio, entre outros.

A expectativa da Nissan é de ser a fabricante japonesa que mais vende carros no Brasil.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Lançamento: Jac J3S e J3Turin S

CRL_6741Jac Motors lança versão esportiva de seus compactos J3 com motor 1.5 flex de 127 cv e sem o tanquinho de partida a frio

Por: Edison Ragassi/ Fotos: Divulgação

Dia 07 de abril, a Jac Motors , apresentou para a imprensa especializada, os modelos J3S (hatch) e J3Turin S (sedã) 1.5 Jet Flex.Os carros receberam visual esportivo, com faixas laterais decorativas e rodas de desenhos exclusivos para esta versão. No interior, os modelos ganharam costura do volante, bancos, coifa do cambio e a iluminação do painel em cor vermelha, novos pedais e soleiras.

CRL_6847Em equipamentos, segue a filosofia dos chineses de oferecer carros completos. São encontrados com direção hidráulica, ar-condicionado, CD MP3 player com USB, sensor de estacionamento, volante revestido em couro e comandos multi-função, regulagem de altura, porta-revistas, porta-copos, chave canivete com destravamento remoto das portas, alarme anti-furto, bancos em Black Fabric, ajuste do apoio de cabeça, tomada de 12 volts, luz de leitura, entre outros itens.

Mas não foi só visual esportivo que imprimiram nos compactos, o motor também é forte. O 1.5 Jet Flex entrega potência máxima de 125 cv (G)/127cv (E) a 6.000 rpm. O torque é de 15,5kgfm (G)/ 15,7kgfm (E) a 4.000 rpm. Segundo divulgado, acelera de 0 a 100 km/h em menos de 10 segundos e se aproxima de 200 km/h de velocidade máxima.

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Este propulsor usa comando VVT (Variable Valve Timing- Comando Variável de Válvulas). Também incorporou o sistema que elimina o tanquinho de partida a frio, o qual é fornecido pela Delphi. A transmissão é manual de cinco velocidades.

A suspensão dianteira é independente, tipo McPherson com molas helicoidais. Na traseira usa sistema independente, tipo Dual Link também com molas helicoidais. Os pneus são 185/60 R15, e as rodas em liga de alumínio de 15 polegadas.

O J3S tem preço sugerido para venda de R$39.990 e o J3 Turin S custa R$ 41.690.

Lançamento: up! 2 portas

Move_up_0007.tifVW lança o compacto up! duas portas, também a versão equipada com transmissão automatizada, a qual é fornecida pela ZF e foi desenvolvida pela Porsche

Por: Edison Ragassi/ Fotos: Divulgação

Em São Paulo, a Volkswagen mostrou para a imprensa especializada, dia 24 de abril, o compacto up! carroceria de duas portas. Com preço sugerido para venda de R$26.900, a opção take up! é o modelo que chega para ser a versão de entrada na marca.

Move_up_0006Comparado ao europeu, o duas portas brasileiro é mais comprido 6,5cm, o que possibilitou aumentar as janelas traseiras. O peso total do carro é de 892 kg, ele mede 3,60 metros de comprimento, 1,64 m de largura e 1,50 m de altura. A distância entre os eixos é de 2,42 metros e o porta-malas recebe até 285 litros.

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Entre os itens de série, a versão de entrada é equipada com rodas de 13 polegadas e pneus 165/80 R13, retrovisores externos com comando interno manual, para-sol com espelho para o passageiro e tomada de 12 volts no console central, os retrovisores e maçanetas são na cor preta.

Move_up_0008A opção seguinte é a move up! que tem preço de R$28.300, nela as rodas são de 14 polegadas, com pneus verdes 175/70 R14, espelhos retrovisores e maçanetas na cor do veículo e itens como antena no teto e faróis com máscara escurecida.

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A cabine usa detalhes de acabamento em chrome effect no painel, maçanetas com acabamento siberian. O porta-malas s.a.v.e., ou seja, ele é dividido em duas partes, é item de série a partir dessa versão. Tem ainda computador de bordo, conta-giros, relógio digital e indicador de temperatura externa.

high up! I-Motion (6)A VW também lançou a transmissão automatizada I-Motion (SQ100), a qual equipa o modelo a partir da opção move up! ao preço de R$30.990 . Ela é fabricada na República Tcheca. O sistema de automatização é fornecido pela ZF e foi calibrada pela Porsche. A caixa utiliza atuadores eletromecânicos, pesa aproximadamente 30 kg e tem 120 Nm de capacidade de torque.

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O motor é o EA211 1.0L de três cilindros, com potência é de 82 cv (E)/ 75 cv (G). O torque máximo é de 10,4 kgfm (E)/ 9,7 kgfm (G).

A versão duas portas do up! chega para substituir o Gol Geração 4, um veículo que tinha a preferencia dos frotistas e do público que compra o primeiro carro.