sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Avaliação: Toyota Prius hibrido

foto_64Modelo hibrido da Toyota é espaçoso, bem ajustado, fácil de guiar e tem construção simples, o que facilita e diminui custos de revisões e reparos
Texto: Edison Ragassi/ Fotos: Estúdio Prána- Divulkgação
Em janeiro de 2013, a Toyota iniciou as vendas do veículo hibrido Prius no Brasil. Ele é bem espaçoso, tem comprimento de 4.480 mm, para uma distância entre os eixos de 2.700 mm. Com largura de 1.745 mm e altura de 1.510 mm, oferece porta-malas com capacidade volumétrica de 445 litros, sem rebater os bancos.
IMG_1365O carro é equipado com dois motores, um a combustão de 1.798cc e comando de válvulas variável (1.8L VVT-I 16V DOHC). Sua potência é de 99 cv a 5.200 e torque de 14,5 kgfm a 4.000 rpm.
foto_57O outro propulsor é elétrico, dotado de corrente alternada trifásica, ele impulsiona as rodas quando o carro funciona exclusivamente no modo elétrico, sua potência é de 82 cv e 21,1 kgfm de torque, combinados eles chegam a 134cv, pois trabalham em sincronia.
IMG_1441Este sistema propulsor não utiliza correia auxiliar para mover o compressor do ar-condicionado e bomba de água, a direção tem assistência elétrica (EPS), estes itens funcionam com a eletricidade gerada pela potência do sistema de baterias. Por falar nelas, são duas, uma que alimenta o propulsor elétrico e a outra de 12 volts para faróis, luzes, sistema de som, entre outros. “O motor a combustão é semelhante ao utilizado no Corolla, porém, eles mudaram o posicionamento da caixa do filtro do ar, isso para acoplar o propulsor elétrico”, fala o engenheiro automobilístico Paulo Pedro B. Aguiar Jr, diretor da Engin- Engenharia Automotiva, localizada na Chácara Santo Antônio em São Paulo.
IMG_2021Esta opinião é compartilhada com Claudio Marinho Guedes, diretor da Autotoki e Alberto Martinucci da Motor Fast. Eles avaliam que itens como os filtros de ar e óleo, bobinas e velas, discos e pastilhas, amortecedores e molas são de fácil acesso e não exigem ferramentas especiais para realizar a troca.
IMG_1945No motor, utiliza dois sistemas de refrigeração, um para o propulsor convencional e outro para o elétrico e um radiador dividido em duas partes, que armazena o liquido de arrefecimento. “Antes de realizar diagnósticos ou reparos, o reparador precisa de conhecimento técnico e um bom equipamento de diagnose atualizado para este tipo de veículo. Caso seja necessário trocar a bateria de 12 volts é preciso antes energizar o sistema”, fala Paulo.
IMG_2002A bateria que alimenta o motor elétrico do Prius não precisa ser recarregada na rede elétrica, os freios são regenerativos acumulam energia a cada frenagem realizada. Quando o veículo desacelera ou o freio é acionado, o motor elétrico funciona como um gerador, ele converte a energia cinética em energia elétrica, assim carrega tanto a bateria híbrida quanto a bateria regular.
IMG_1452A fiação da motorização elétrica é identificada pela cor laranja, caso seja necessário retirar este motor, a Toyota tem um torquimetro especifico, o qual é emborrachado e o reparador também precisa usar luvas e seguir os processos recomendados pela fabricante.
IMG_1385Completa o trem de força, a transmissão CVT (continuamente variável), a qual é comandada por sensores.
IMG_1480A suspensão dianteira é do tipo McPherson com barra estabilizadora e a traseira usa eixo rígido com barra estabilizadora. “Não há dificuldades para realizar troca de componentes ou alinhamento, são sistemas convencionais para a maioria dos reparadores”, observa Claudio.
IMG_1995Os freios são a discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira, com assistência do ABS e EBD. “Para trocar os discos e pastilhas, o processo é comum, porém há necessidade de ficar atento as conexões para não danifica-las”, alerta Alberto.

Todos concordam que para entender o propulsor elétrico e as tecnologias utilizadas na interação com o motor a combustão é necessária a reciclagem, ou seja, os reparadores precisam fazer cursos específicos para este tipo de veículo.

Impressões ao dirigir
Ao entrar no Prius percebe-se que é um carro com excelente espaço. Não há dificuldades para encontrar um bom posicionamento para dirigir. O painel é fácil de visualizar.
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Vale dar atenção aos diversos comandos colocados no volante e acostumar-se com as informações mostradas na tela de cristal liquido que fica ao centro, pois ali você verá como ele alterna os motores e captura energia para a bateria.
IMG_1387Caso entre a primeira vez em um carro hibrido, ou elétrico e ninguém avise, ao acionar a ignição, vai pensar que ele não ligou. Isso porque não há barulho do motor de arranque.
IMG_1438Para sair da inercia funciona o propulsor elétrico, isso significa que não emite som e deve-se tomar cuidado com o pedestre, pois ele não irá perceber que o carro arrancou.
Ao guiar por ruas e avenidas mostra-se muito estável, suspensão ajustada, macia ao ultrapassar uma valeta, lombada, buracos e firme quando entra numa curva mais fechada.
IMG_1393Na rodovia, desenvolve velocidade de maneira rápida, tem boa retomada ao fazer uma ultrapassagem e sistema de freio eficiente. Só que nesta condição o propulsor que empurra é o a combustão, para mantê-lo só no elétrico tem que andar em velocidade média de 60 km/h. Ao acionar o controlador de velocidade, nesta velocidade ele funciona só com o motor elétrico, mas aciona o a gasolina quando a carga da bateria atinge nível baixo.
IMG_1419Quanto ao consumo, usando bem, de maneira prudente, ou seja, sem arranques bruscos, prestando atenção nos carros que estão na frente, controlando o espaço que tem para andar, alternando o uso na rodovia e cidade, o computador de bordo mostrou média de 19 km com um litro de gasolina.
_mg_9962O Toyota Prius é comercializado no Brasil com preço sugerido de R$120.830, parte do preço elevado ocorre por causa dos impostos e a falta de politica publica para incentivar o uso de modelos que emitem menor número de poluentes. A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) iniciou negociação com o Governo para incentivar a importação e produção destes carros.

E a Câmara Municipal de São Paulo aprovou uma lei que incentiva o uso de veículos elétricos, híbridos e movidos a hidrogênio, os chamados carros verdes. A lei reduz 50% no valor do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores). O Imposto é dividido entre o estado e a cidade, assim a Prefeitura abre mão de sua parte na arrecadação até o limite de R$ 10.000, ou seja, eles recebem o beneficio se custarem até R$150.000.
IMG_1403Isso significa que em breve os híbridos terão maior participação no mercado nacional. A Toyota, por exemplo, estuda a possibilidade de produzir o Prius em São Bernardo do Campo (SP).
Colaboraram: Toyota do Brasil e Concessionária Toyota Grand Motors- Nações Unidas
Ficha técnica Toyota Prius
Motor a combustão
Denominação: 1.8L VVT-I 16V DOHC
Posição: Dianteiro, transversal
Cilindrada: 1.798 cm³
Número de cilindros: 4
Número de válvulas: 16
Taxa de compressão: 13,0:1
Comando válvulas: Comando de válvulas variável
Sistema de injeção: Injeção eletrônica (EFI)
Potência: 99 cv a 5.200 rpm
Torque: 14,5 kgfm a 4.000 rpm
Motor elétrico
Potência: 82 cv
Torque: 21,1 kgfm
Potência combinada (combustão + elétrico): 134 cv
Transmissão: Continuamente variável (CVT)
Tração: Dianteira
Direção: Eletroassistida progressiva (EPS)
Suspensão
Dianteira: McPherson com barra estabilizadora
Traseira: Eixo rígido com barra estabilizadora
Freios
Dianteiros: Discos ventilados
Traseiros: Discos sólidos e freios regenerativos que carregam a bateria ao reduzir a
velocidade
Dimensões
Comprimento: 4.480 mm
Distância entre-eixos: 2.700 mm
Largura: 1.745 mm
Altura: 1.510 mm
Capacidades
Tanque de combustível: 45 litros
Porta-malas: 445 litros

Custos de peças e serviços
Amortecedor dianteiro: R$770,00- Cada
Serviço: R$462,00- Dois lados
Amortecedor traseiro: R$ 599,00- Cada
Serviço: R$308,00 - Dois lados
Disco de freio dianteiro: R$253,40- Cada
*Serviço: R$176,00
Jogo de pastilhas dianteiras: R$408,51
*Serviço: R$176,00
Disco de freio traseiro: R$ 692,94
*Serviço: R$176,00
Jogo de pastilhas traseira: R$100,88
*Serviço: R$176,00
Óleo/ litro: R$34,10- SNCF 5W30
Filtro de óleo: R$ 34,76
**Serviço: R$110,00
Filtro de ar: R$96,03
Serviço: R$44,00
Módulo bomba de combustível: R$2.853,69
Serviço: R$198,00
Filtro anti-polén: R$315,07
Serviço: R$44,00
*Ao substituir discos e pastilhas juntos, o valor cobrado do serviço é de R$176,00
** Inclui custo da troca do óleo e filtro

Lançamento: Nova Série F

F - 4000 4x4 vermelhaFord retoma produção em São Bernardo de caminhões semi-leves e leves. As primeiras unidades chegam às revendas autorizadas em setembro
Por: Edison Ragassi/ Fotos: Divulgação
3_4 frenteEm Atibaia, no interior de São Paulo, a Ford Caminhões mostrou, dia 21/08, para a imprensa especializada brasileira e argentina os caminhões integrantes da Nova Série F, modelo teve a produção interrompida em 2011.
F350_Rigida_Frente_BAIXOA linha utiliza o novo motor Euro 5 Cummins de quatro cilindros com tecnologia SCR para redução de emissões. O 2.8L entrega potência de150 cv a 3.200 rpm e torque de 36,7 kgfm disponível entre 1.500 e 2.900 rpm. Completa o trem de força a nova transmissão de cinco velocidades da Eaton. Segundo divulgado, esse conjunto é cerca de 6% mais econômico no consumo de diesel.
Painel-01_4x4O projeto de renovação foi desenvolvido pela engenharia brasileira, e envolveu mais de 700.000 km de testes no Campo de Provas da fabricante em Tatuí (SP).
CabineOs engenheiros privilegiaram também o conforto dos ocupantes, pois, apesar de ser um veículo para trabalho, no interior do país, também é utilizado como um caro de passeio nos finais de semana.
F350_Rigida_Lateral_PORTAO F-350 de rodado simples tem peso bruto total de 4.500 kg, capacidade de carga útil de 2.128 kg, o preço sugerido para venda é de R$ 101.290.
F4000_4x2_Rigida_LateralO F-4000 de rodado duplo, versão 4X2 tem peso bruto total de 6.800 kg e capacidade de carga útil de 3.949 kg, o preço é de R$ 117.290.
F-4000 4x4 prataCom tração 4X4 o F-4000 tem o mesmo peso bruto total do 4X2, porém, a capacidade de carga útil é de 3.810 kg. Seu ângulo de entrada é de 26° e de saída de 27°, ele custa R$ 133.290. Todas as versões são equipadas com ar-condicionado e freios ABS/EBD (distribuição eletrônica de frenagem).
F4000_4x4_Rigida_Frente_BAIXOA Série F é oferecida com garantia de 12 meses sem limite de quilometragem e 24 meses para motor, câmbio e diferencial, também sem limite de quilometragem. Além disso, a empresa oferece o contrato de manutenção Fleet Service, que pode incluir desde revisões de fábrica até serviços de manutenção corretiva.
A expectativa é de obter sucesso com a volta do modelo, pois na pré-venda, foram feitos mais de 800 pedidos. A Nova Série F estará disponível nos revendedores da Ford Caminhões em setembro.

DIREITO DE ESCOLHA

Logo_Alta_Roda[3]
Por: Fernando Calomon
FOTO_F~2Dois lançamentos no mesmo dia, do mesmo fabricante, é incomum, mas em mercado recessivo e de muita concorrência pode ocorrer, como aconteceu com o hatch de teto alto Fox 2015 e a cabine dupla da picape compacta Saveiro (esta, na realidade, só chega às lojas em três semanas).
Comparar preços continua sendo missão difícil porque os carros vão ficando mais completos e caros, porém o que é acrescentado, em geral, tem repasse inferior ao custo real em razão da forte competição. 
O Fox com motor de 1 litro agora parte de R$ 35.900 (modelo 2014 custa apenas cerca de R$ 500 a menos, ar-condicionado também opcional), mas recebeu, além de uma atualização externa e interna inspirada no Golf, novos equipamentos como direção eletroassistida com volante regulável em altura e distância.

A estratégia da VW reposicionou o modelo para cima em razão do fim de produção do Polo, antes do final do ano. Explica recursos antes indisponíveis, entre eles controle eletrônico de estabilidade/tração/partida em rampa, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, sistema de navegação com tela tátil e inédito farol de neblina com luz de conversão. Oferece, ainda, o novo motor 1.6 l/120 cv (etanol), de duplo comando multiválvulas, e câmbio de seis marchas, conjunto realmente bastante superior ao atual (ainda aplicado nas versões mais acessíveis). Em viagem de avaliação impressionou pela suavidade, respostas em baixos regimes e silêncio a bordo.

Com todos os opcionais possíveis um Fox supera os R$ 63.000. E daí? Representará apenas 1% ou 2% das vendas, se tanto, da mesma forma que bem poucos vão comprá-lo sem ar-condicionado. Antes havia um intervalo de no máximo 50% entre os preços das versões de entrada e de topo, na maioria dos modelos. Agora, pode ir além de 70%, o que indica direito de livre escolha do mercado.

Na briga entre cabines duplas Saveiro versus Strada, a comparação é mais complicada. Acrescentar a terceira porta teve custo elevado para a Fiat, cuja versão de topo passa dos R$ 70.000, preço superior ao de picapes médias. Saveiro começa em R$ 47.500 e a versão Cross vai a R$ 63.000 (34% de diferença). Enquanto a Fiat pode ter motor mais potente (1,8 l/132 cv), a picape da VW é superior no uso fora de estrada, inclusive com freio ABS específico e controles de tração/partida em rampa/estabilidade. Seu bloqueio eletrônico do diferencial é muito mais eficaz nessas condições do que o sistema eletromecânico da rival, que obriga o motorista a parar e apertar um botão, além de inoperante acima de 20 km/h.

Apesar de a Strada ser mais larga externamente graças aos penduricalhos, ela é oito cm mais estreita no banco traseiro e foi homologada para apenas dois passageiros atrás. A Saveiro pode levar três, desde que sejam crianças ou pessoas de baixa estatura e não robustas. Tem pequena vantagem no espaço para joelhos e na inclinação do encosto do banco traseiro. Apesar de suas portas dianteiras maiores, é incomparável a facilidade de acesso da rival. A picape da VW peca por nem ao menos dispor de um conjunto corrediço nos bancos dianteiros. As caçambas de ambas apresentam o mesmo volume de 580 litros, mas o estepe da Saveiro é embutido.
Plano de manutenção da VW, a cada seis meses apenas, deixa seus produtos em desvantagem financeira frente aos concorrentes.

RODA VIVA
FORD pretende ampliar a faixa de atuação do Ka, antes mesmo da GM definir sua nova família de modelos de entrada. Há espaço abaixo de R$ 35.000 e acima de R$ 45.000. No segundo caso com o motor de 1,6 l/130 cv do Fiesta ou de 1 litro/3 cilindros com turbo e injeção direta (EcoBoost), numa versão esportiva.

PAÍSES da América do Sul, fora do Mercosul, estão nos planos para aumentar as exportações brasileiras de veículos, hoje dependentes da Argentina. Exige acordos entre governos a fim de diminuir tarifas de importação. Para funcionar, o Brasil teria que importar mais rosas colombianas e bananas equatorianas, por exemplo.

SANDERO subiu alguns degraus em dirigibilidade, acabamento e estilo nessa nova geração. Por seu preço muito competitivo ainda deve em maciez de direção e comando do câmbio, mas espaço interno é referência no segmento. Motor de 1 litro/80 cv, pouco para seu porte, é econômico. O de 1,6 litro/106 cv demonstra melhor equilíbrio desempenho/consumo.

PEUGEOT 208 foi bem no teste de impacto frontal do Latin NCAP: quatro estrelas. Estruturalmente é igual ao modelo homônimo francês, mas o modo de pontuação continua discutível e baseado em premissas irreais para mercados de menor poder aquisitivo. Serve apenas como referência comparativa, pois Onix e Palio alcançaram três estrelas.

NESSA quinta fase de testes, a Latin NCAP divulgou relatório menos arrogante e adotou um tom professoral que soa falso. Em aferição de segurança infantil os critérios são ainda mais jogo para plateia. Na Europa, após vários questionamentos, há revisões em curso porque nem lá carros pequenos conseguem proteção infantil total.
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fernando@calmon.jor.br e twitter.com/fernandocalmon

Campo de Provas da GM completa 40 anos de atividades

A versão sedã do Opala de meados dos anos 70 no Campo de Provas da Cruz Alta
Nas instalações, a General Motors desenvolve os modelos Chevrolet para o Brasil e outros países, é a segunda maior instalação de testes da empresa no mundo
Por: Edison Ragassi/ Fotos: Divulgação

Em 1.974 o Brasil vivia o regime politico militar e o General Ernesto Geisel assumiu a Presidência da República. Ao final do ano ele declarou, “o ano de 1974 foi atravessado com algumas dificuldades, na maioria criadas pelos que não percebiam estarmos diante de um panorama internacional desfavorável, de mercados fechados, com inelutáveis repercussões internas”. Por esta declaração, imagina-se que a Nação enfrentava uma situação econômica delicada.
Chevette de primeira geração (1973-1977) em teste na piscina de transposição de áreas alagadas
A indústria de automóveis atingia a marca de 691.310 veículos leves produzidos (em 2013 a Chevrolet vendeu no país 649.792 veículos), ou seja, bem distante dos mais de 3 milhões alcançados nos últimos anos. Mesmo com o cenário desfavorável, a General Motors que iniciou as atividades brasileiras em 1.925 acreditava no potencial e reconhecia a importância de desenvolver produtos para as necessidades locais.

Imagem aérea da segunda pista de teste do CPCA, a Reta em Nível, construída em 1975
Assim, dia 15 de julho de 1.974, iniciou as atividades do Campo de Provas da Cruz Alta (CPCA). A propriedade de 2.785 hectares, localizada na cidade de Indaiatuba, interior de São Paulo, foi adquirida pela Companhia em 1.972. Lá funcionava uma fazenda que produzia café, milho, laranja, algodão, feijão e criação de gado.

Terreno ocupado pelo CPCA em Indaiatuba era uma antiga fazenda de café cujo casarão foi mantido
No inicio só uma pista para durabilidade acelerada. Com o passar dos anos, os veículos evoluíram e o CPCA também. Nos dias de hoje o complexo tem 14,010 km de laboratórios, 2.377 km de escritórios, 4,016 km de oficinas, espaço de 7,117 km para serviços e 16 pistas que totalizam 42,2 km.

Modelo Chevrolet em teste atual na piscina de transposição de áreas alagadas
São mais de 600 profissionais, entre mecânicos, engenheiros e motoristas de teste, os quais trabalham dia e noite revezando-se nas atividades de pista e laboratórios. “Em seis meses conseguimos simular o desgaste que um automóvel sofreria se rodasse por dez anos em condições normais de trânsito”, explica Luciano A. Santos, diretor do CPCA.

Corsa de segunda geração (2001-2012) em teste no circuito Circular, que simula uma reta infinita
Entre as várias pistas há uma circular. Com 4,3 km de extensão e uma inclinação que chega a 56º, ela simula uma reta infinita. A 160 km/h, o carro contorna sem que o motorista precise girar o volante. Entre os testes feitos, estão os de arrefecimento do motor, consumo de combustível e velocidade máxima.

Laboratório de Ruídos e Vibrações recebe o Spin para experimentos de validação
Nos laboratórios são testados e desenvolvidos os mais de 4.000 itens que compõe um veículo e ainda estrutura para testes de impactos o crash test.

O primeiro crash test realizado no Campo de Prova da Cruz Alta foi feito com um Caravan, em 1975
O Campo de Provas da Cruz Alta é o maior do gênero no hemisfério Sul e o segundo mais completo dentro da GM no mundo, atrás apenas do campo de provas de Milford, em Michigan, nos Estados Unidos.

Vista da fachada atual do CPCA, o maior campo de provas do hemisfério Sul
Recentemente, além dos modelos comercializados no Brasil, o centro desenvolveu as versões tailandesa e australiana do Trailblazer e da S10, os veículos Spin e Cobalt que são produzidos na Indonésia e no Uzbequistão para o mercado russo.
Pista de Durabilidade D1 possui diferentes tipos de asfalto

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Lançamento: Novo Fox 2015

MalagrineVolkswagen traz novo visual para o compacto, alinha com o DNA global e ainda oferece opção com o novo motor 1.6L 16 válvulas
Por: Edison Ragassi/ Fotos: Divulgação
Fox Highline (23)
São Paulo foi o lugar escolhido pela VW para mostrar no último dia 19/08, o Novo Fox. O compacto de teto alto ganhou novo visual, semelhante ao usado na Geração 7 do Golf.
Fox Highline (25)Os faróis ficaram mais inclinados, uma linha cromada horizontal divide toda a frente do veículo. As laterais também mudaram, as molduras das caixas de rodas estão mais evidentes. Na traseira, as lanternas ficaram maiores e avançam para a tampa do porta-malas.
MalagrineNo interior, o painel passa a contar com uma nova peça plástica, mais lisa e de material mais nobre em todas as versões o painel pintado. O quadro de instrumentos recebeu nova grafia e reforça a iluminação de LEDs brancos. As saídas de ar também são novas, com formato mais uniforme e destacado em relação ao restante do painel.
motorA motorização é ampla, começa com o 1.0L 8 válvulas TEC de até 76 cv, tem o 1.6L 8 válvulas MSI com até 104 cv, o 1.0L 12 válvulas de três cilindros de 82 cv e novo motor 1.6L MSI 16 válvulas, da família EA211 que entrega até 120 cv de potência.
MalagrineA opção de entrada utiliza transmissão manual de cinco marchas, já para a motorização 1.6L 8 válvulas, há o câmbio manual e automatizado I-Motion (ambos de cinco marchas). Para o 1.6L 16 válvulas, a VW trouxe o câmbio manual de 6 marchas e oferece também a versão automatizada (5 marchas).
MalagrineDesde a versão de entrada usa de série a direção com assistência elétrica, vidros dianteiros com acionamento elétrico, travamento central, coluna de direção ajustável em altura e distância, chave canivete, seis alto-falantes, antena de teto e faróis duplos.
MalagrineO Fox Trendline 1.0L custa R$35.900 e R$39.800 com motor 1.6L. A opção Blue Motion sai por R$37.690. O Comfortline 1.0L tem preço de R$38.190, já com propulsor 1.6L de câmbio manual o custo é de R$41.490 e R$44.590 I-Motion. Pelo topo de linha, Highline 1.6L 16 válvulas manual é cobrado R$48.490 e R$51.790 I-Motion.
Fox BlueMotion (10)

TRÂNSITO BUSCA SEGURANÇA

Logo_Alta_Roda[3]
Por: Fernando Calmon
FOTO_F~2Estatísticas de mortes no trânsito brasileiro ainda estão longe da confiabilidade necessária para uma tentativa séria de combate, conforme preconiza a campanha da ONU sobre década de segurança viária (2011-2020). Sem saber ao certo o tamanho do problema fica mais difícil planejar ações educativas, de formação de condutores e até mesmo de fiscalização.

Na realidade há três referências. O Denatran informa algo em torno de 35.000 óbitos anualmente e o Ministério da Saúde cerca de 43.000 porque inclui os mortos até 30 dias depois das ocorrências registradas. O número mais confiável poderia ser da Seguradora Líder, administradora central do DPVAT (Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres), que pagou 54.767 indenizações por mortes no ano passado. Este último número inclui vítimas de acidentes fatais dos últimos três exercícios do calendário civil, conforme prevê a lei, o que não deixa de significar uma imprecisão estatística.

Por solicitação de Alta Roda, a Líder esmiuçou suas informações. Indenizações a pedestres foram 18.149, representando 33% do total, proporção elevada em relação aos países desenvolvidos. No total, frente a estes, o trânsito no Brasil é até oito vezes mais perigoso.

No entanto, números catastróficos envolvem motocicletas. Elas representam em torno de 25% da frota total de veículos leves e pesados, porém respondem por 41% das mortes: 16.240, do condutor; 2.667, do passageiro e 3.434, de pedestres. Morre-se duas vezes mais ao guidão de uma moto do que ao volante de um veículo comum, mesmo que estes representem um volume cerca de três vezes maior (40 milhões contra 13 milhões, segundo estudo do Sindipeças).

Portanto, o foco para tentar reduzir a letalidade no trânsito deveria começar pelos veículos de duas rodas. Afinal, exigem mais habilidade e respeito por suas limitações. Ausência quase total de segurança passiva (diminui consequência dos acidentes), além de maior exposição a buracos, más condições das vias e menor visibilidade frente aos demais veículos estão entre as causas. Capacete ainda é o principal acessório de segurança, mas coletes infláveis importados já são oferecidos no mercado brasileiro por preço médio superior a R$ 2.000 (jaquetas infláveis partem de R$ 1.000).

Um dos problemas é a deficiência de formação dos motociclistas aliada aos vícios de pilotagem. Entre estes está a forma incorreta de frear com o mau hábito de utilizar apenas o freio traseiro. Para ajudar na diminuição de acidentes há o sistema automático de combinação dos freios dianteiro e traseiro para motonetas, além de diferentes aplicações de ABS (freios antibloqueio) disponíveis em motocicletas caras.

A Honda lançou, no começo do mês, a primeira moto comum (street), de baixa cilindrada, com aplicação simultânea dos freios (Combi Brake), mesmo que o piloto acione somente o freio traseiro. É de série nas CG 150 Titan 2015 cujos preços vão de R$ 7.680 a R$ 8.180. Em breve deve se estender a todas as CG. O Brasil é o primeiro mercado a dispor desse equipamento pela dificuldade de mudanças de hábitos errados. Testes indicam que a distância de frenagem pode diminuir até 20% em relação a um moto sem o equipamento e conduzida de forma incorreta.

RODA VIVA
PRESIDENTE mundial da GM, Mary Barra, veio ao Brasil para confirmar o investimento de R$ 6,5 bilhões nos próximos cinco anos. Ela não pormenorizou os gastos, mas se sabe que um terço se aplicará em três novos produtos na faixa em torno dos R$ 30.000 (hatch, sedã e SUV compactos). Fábrica de São José dos Campos (SP), única ociosa, deve ser a escolhida para produção.

MERCEDES-BENZ Classe C (quinta geração) mostrou que a empresa não focou apenas em carroceria e interior novos. Ganhou espaço interno graças ao aumento de 8 cm no entre-eixos e 4 cm na largura. Uso intenso de alumínio diminuiu seu peso em até 60 kg. Direção eletroassistida e quatro modos de “temperamentos” da versão de topo C250 Sport são pontos altos.

PREÇOS entre R$ 138.900 e R$ 189.900 já são a referência direta quanto ao Classe C nacional, em 2016. Câmbio automático de sete marchas passará a nove, em 2015. Motores oferecidos agora, todos com turbos, vão de 156 cv (1,6 L) até 211 cv (2 L), abaixo do desejável em relação a concorrentes. Versão AMG, no entanto, terá desempenho no alto nível de sempre.

QUARENTA anos do Campo de Provas de Cruz Alta foram marcados com teste de colisão contra barreira de um sedã Chevrolet Cruze. Essas instalações são as maiores e mais completas de um fabricante no Hemisfério Sul. Gera também receitas de exportação de serviços de engenharia e de projetos, além de testes de curta e longa duração.

CONGRESSO Fenabrave em Curitiba bateu recorde de participantes, em sua 24ª edição. Concessionárias deram amplo apoio à revisão dos processos de retomada de bens em caso de inadimplência, que refletiriam no aumento da oferta de crédito. Em uma segunda etapa diminuiria juros e aumentaria vendas.
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fernando@calmon.jor.br e twitter.com/fernandocalmon