terça-feira, 19 de junho de 2007

Avaliação: Honda Fit 1.5 CVT

Pequeno por fora, mas grande por dentro
Com excelente desempenho, sem comprometer a dirigibilidade e versatilidade, motor mais forte valoriza o monovolume da Honda
Texto: Edison Ragassi
Fotos: Valéria Matias

No Japão, o Honda Fit foi lançado em junho de 2001. No ano seguinte, foi rebatizado de Jazz, atravessou o oceano e desembarcou na Europa, onde se transformou em objeto do desejo dos consumidores europeus. Já o Brasil conheceu o Fit em 2003, equipado com motor i-DSI 1.4L de 80 cv, duas opções de transmissão: manual e automática continuamente variável (CVT), quando a fábrica brasileira (instalada em Sumaré, interior de São Paulo), ganhou a responsabilidade de ser a primeira a produzi-lo, fora do Japão. Montado com um índice de nacionalização de 80%, durante estes quatro anos, atingiu mais de 100.000 unidades produzidas.
O carro é um monovolume compacto, que possui tanque de combustível centralizado sob os bancos dianteiros, e motor de pequenas dimensões. Soluções desenvolvidas para oferecer maior espaço interno. Na parte externa, as linhas são marcantes. A frente se destaca, pois os faróis aparentam dois olhos saltados. “Ele tem cara de sapinho”, declara de maneira carinhosa, a cirurgiã dentista Ângela de Lima Lei, que possuí um Fit adquirido em março de 2005.

Ela escolheu o monovolume da Honda por vários motivos, “eu queria um carro econômico, com bom desempenho, e que não chamasse a atenção, e o Fit atendeu minhas expectativas”, afirma.
Desde o inicio da produção e comercialização, a montadora de Sumaré promoveu poucas modificações no Fit. Em fevereiro de 2005, passou a contar com opção de propulsor mais potente, o 1.5L VTEC, que gera 105 cv. Muito discreto, pois para identificar, é necessário ser um bom observador. O 1.4L tem a grafia Fit na tampa traseira com o pingo do ‘I’ na cor vermelha e no 1.5L, o pingo é azul e no lado esquerdo aparece a inscrição ‘VTEC’.
Em junho de 2005, aconteceu a entrada do modelo 2006, e todas as versões ganharam friso lateral na cor do veículo, bancos da frente com nova regulagem dos encostos e nas versões LX e LXL a abertura interna do bocal de abastecimento, até então presente apenas na EX, ainda roda de liga leve com novo desenho. A opção LXL recebeu tampa para o porta-objetos e sistema de som na cor prata, a qual estava só na versão EX.
Na época do lançamento, para mostrar o produto ao grande público, foi criada uma campanha publicitária cujo tema era o sorriso, assim os filmes veiculados mostravam, desde jovens estudantes, até executivos bem sucedidos sorrindo. Em um dos muitos filmes, uma decoradora transportava no aparente ‘pequeno carro’, um grande vaso.
Esta experiência, longe das câmeras e holofotes, foi vivida pela cirurgiã dentista, “certa vez transportei um vaso enorme no meu carro, minha mãe tem uma minivan, onde o objeto não entrava, mas no Fit foi fácil”, lembra ela.
Esta facilidade em acomodar cargas é proporcionada pelo sistema ULT (sigla que reúne as palavras “utilitário”, “longo” e “alto”, em inglês) de configuração dos bancos, uma exclusividade da linha. Permite mais de dez configurações, tem operação simples, sem esforço e a necessidade de remoção dos encostos de cabeça. A capacidade de carga com os bancos na posição normal é de 353 litros com a tampa do porta-malas e de 380 litros sem a tampa. Rebatendo o banco traseiro, é possível acondicionar 1.321 litros.
Para esta avaliação, a Honda disponibilizou as versões manual e automática com motor 1.5L. O Fit mostrou-se esperto e seguro para realizar ultrapassagens. A ótima calibragem da suspensão deixou o carro firme quando enfrenta curvas e macio nas imperfeições do asfalto.
O sistema de transmissão CVT faz com que o motorista esqueça as trocas de marcha, é só acelerar, ou frear que responde prontamente.
Já o Fit manual também é excelente em dirigibilidade, as relações de trocas são curtas e precisas.
A diferença entre um e outro?
Simples! Com o câmbio mecânico, é necessário usar a embreagem e trocar as marchas, porque em desempenho, agilidade e performance eles se equivalem.
Agora, você decide, manual ou automático?
O Honda Fit 1.5 VTEC tem preço sugerido para venda na região Sul/Sudeste de R$ 52.910 (manual) e R$ 57.210 (CVT automático). E no Norte/Nordeste R$ 53.635 (manual) e R$ 57.865 (CVT automático).
Ficha Técnica
Motor
VTEC alumínio, 4 cilindros em linha
Cilindrada 1.496 cm³
Potência:105 cv a 5.800 rpm
Torque 14.6 kgf.m a 4800 rpm
Taxa de compressão 10,4:1
Cabeçote: SOHC 16V
Sistema de injeção multiponto: PGM-FI Sistema de ignição eletrônica mapeada Transmissão
Tração dianteira
Transmissão automática CVT
Carroceria: Chassi monobloco
Suspensão: dianteira McPherson e traseira com barra de torção
Direção: pinhão e cremalheira com assistência elétrica (EPS)
Freios: disco ventilado na dianteira e tambor na traseira
Freios com sistema ABS c/ EBD
Rodas em liga leve 14X5 1/2JJ
Pneus 175/65R14
Dimensões
Distância entre eixos (mm) 2.450
Comprimento (mm) 3.830
Altura (mm) 1.525
Largura (mm) 1.675
Bitola dianteira / traseira (mm) 1.460/1.445
Peso (kg) (CVT) 1.075
Capacidade do tanque (litros) 42
Volume para carga, com os assentos traseiros em posição normal (litros) 380
Volume para carga até o teto, com os assentos traseiros rebatidos (litros) 1.321

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