Quem assistiu no sábado os treinos classificatórios para o GP da Espanha, deve ter ficado empolgado ao ver Fernando Alonso da Renault quase marcar a melhor volta.
Mesmo sabendo que o espanhol jogava para torcida, e por isso tinha pouco combustível no tanque, ficava aquela esperança de aconteceria uma reação da equipe francesa. Ledo engano!
Aconteceram alguns acidentes, o mais grave com o finlandês Heikki Kövalainen da McLaren. Ele largou na sexta posição, e liderava a prova, por conta da parada para reabastecimento e troca de pneus dos outros concorrentes, quando estourou um pneu dianteiro de seu carro. Aí ele virou passageiro e foi parar embaixo da barreira de pneus que protege um muro.
Na relargada, ficou tudo como estava: o pole Kimi Raikkonen da Ferrari na liderança e Felipe Massa em segundo. Após largar na sexta posição, Lewis Hamilton da McLaren chegou até o terceiro lugar, mas sem incomodar os lideres. E o nativo do país, Alonso abandonou a corrida com problemas no motor de seu carro na volta 34, quando estava na quinta colocação.
Pior sorte teve o brasileiro Nelsinho Piquet. Após conquistar a 10ª posição no grid de largada, tentou ultrapassar Sebastian Bourdais da Toro Rosso, e os dois se enroscaram. Dizem que a culpa é de uma proteção colocada em volta da abertura do cockpit, a qual prejudica a visão nos espelhos retrovisores.
Outro que também abandonou por envolver-se em acidente foi Rubens Barrichello. Na corrida que igualou o recorde de participações (256) pertencente a Ricardo Patrese, o brasileiro enroscou-se no box com Giancarlo Fisichella da Force Índia. Mas a Honda ainda marcou pontos, pois Jenson Button, 13º na largada, finalizou na sexta colocação.
Bom e burocrático o trabalho de Robert Kubica, BMW-Sauber. Andou o que o carro permitia e acabou na quarta colocação. Ainda marcaram pontos na Espanha o quinto Mark Webber da RBR, Kazuki Nakajima (Williams) em sétimo e Jarno Trulli (Toyota), após chegar na oitava posição.
O que preocupa é a superioridade da Ferrari frente as outras equipes. Se continuar assim, veremos no restante da temporada, os carros vermelhos perdendo uma pole, ou outra, porque alguém para chamar a atenção da mídia fará a classificação com pouco combustível. Nesta situação, além de provas chatas, Massa estará fadado a se contentar com o vice-campeonato, pois brigar com Raikkonen ele não vai, a Ferrari não vai deixar.
Aceleradas
Ele foi superior
Após terminar na segunda posição, Massa reconheceu a superioridade de Haikkonen, “Acho que foi uma ótima corrida, mas muita coisa foi decidida na classificação de sábado. Tive um bom começo, passando o Alonso antes da primeira curva. Depois disso, foi só seguir o Raikkonen. Não consegui ritmo para superá-lo. Os treinos mostraram que os dois estão no mesmo nível e o carro está muito bom. Então, não é possível ultrapassar”, afirmou o brasileiro.
Vamos avaliar!
A Renault informou que analisará o motor do carro de Alonso, Rob White, engenheiro-chefe da escuderia francesa, explicou que só será possível determinar a causa do problema sabendo o que realmente ocorreu. “Foi uma falha súbita, que poderíamos saber no máximo meia volta antes. Mas não houve nada que pudéssemos fazer”, explicou Denis Chevrier, chefe de operações do time.
500 milhas, não!
Rubens Barrichello foi convidado por Michael Andretti para disputar as 500 Milhas de Indianápolis nos Estados Unidos pela equipe Andretti-Green. Ele recusou por que sua mulher Silvana não deixou. “No dia em que contei isso para minha esposa, ela disse: ‘Não quero que você faça isso’. Minha esposa disse não e eu respeito isso”, contou o piloto, em entrevista à revista inglesa Autosport.
Não dá para ultrapassar?
Para aqueles que falam que é difícil ultrapassar, acompanhe o que fizeram por uma vitória Sennna e Mansell na Espanha. Que saudades!
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