Depois de três longas semanas, onde aconteceu de tudo fora das pistas, o circo da Fórmula 1 voltou a se reunir nas ruas de Valência, na Espanha para mais um confronto.
E não é que desta vez deu tudo certo para o brasileiro Rubens Barrichello da Brown GP!
Após largar na terceira posição, Rubinho fez uma corrida perfeita, controlou a distância entre os pilotos da McLaren, Heikki Kovalainen e Lewis Hamilton que iam à frente.
Na primeira parada, a Brown GP trabalhou igual a um relógio suíço e Rubens assumiu a segunda posição. Mas não foi só isso, ele fazia volta rápida, em cima de volta rápida e o líder Hamilton respondia a altura. Como o brasileiro tinha mais combustível, era certo que assumiria a liderança na segunda parada.
E ela veio, com uma pitada de sorte para Rubinho. A McLaren se enrolou toda, não tinha nem os pneus prontos quando o atual campeão entrou no box, e ficou parado por eternos 13 segundos. Barrichello, que tinha muito a ver com isso, aproveitou o erro do inimigo, assumiu a ponta e por lá ficou até receber a quadriculada preta e branca.
A corrida foi emocionante para a torcida brasileira, mas com certeza muito chata para o restante do mundo, pois as ultrapassagens aconteceram nas paradas de boxes. Isso também serviu para constatar, que a tal da ‘comissão de ultrapassagens’, criada o ano passado com objetivo de elaborar um regulamento técnico que privilegiasse a competitividade, só serviu para facilitar a vida do Ross Brown.
Com a vitória, Rubinho somou mais 10 pontos e saltou para segunda posição no campeonato, ele tem 54 pontos, contra 72 pontos do companheiro Jenson Button.
E aí é que mora o perigo. O inglês, já esta administrando a gordura, e neste final de semana foi beneficiado pela quebra de Sebastian Vettel e o nono lugar de Mark Webber. Os pilotos da Red Bull que se aproximaram do líder assustadoramente, não marcaram pontos.
O resto da história nos conhecemos, já que Button é líder e tem mais pontos que Barrichello, em uma queda de braço, o brasileiro levará desvantagem, mas se nas próximas três corridas, o inglês repetir o desempenho da Europa, e chegar na 7ª ou 8ª posição, e Rubinho liderar, não há como a equipe influenciar e fazer Rubens tirar o pé. Quem sabe a 100ª vitória de um piloto brasileiro na F-1 veio para trazer novos rumos ao campeonato.
O futuro dirá!
Na corrida de Valência, a McLaren mostrou evolução, pelo menos nos treinos classificatórios, pois seus dois pilotos Hamilton e Kovalainen largaram, respectivamente, em primeiro e segundo. O atual campeão terminou em segundo, enquanto que seu companheiro foi quarto. A Ferrari, sem Felipe Massa, não foi um fiasco graças a Kimi Raikkonen que chegou em terceiro, e o substituto de Massinha, Luca Badoer, largou em ultimo, fez várias lambanças e acabou na 17ª posição. Outro estreante, Romain Grosjean, substituto de Nelsinho Piquet na Renault, provou que os problemas do time são maiores ainda, ele cruzou a linha de chegada na 15º colocação, e seu companheiro Fernando Alonso foi o 6º colocado, ou seja, não mudou nada.
A próxima corrida será no circuito adorado por todos os pilotos, em Spa-Francorchamps, o GP da Bélgica, já no próximo domingo, vale a torcida para mais uma vitória de Barrichello.
Rapidinhas
Choro de vencedor
Após a bandeirada de chegada, Ross Brown falou com Rubens Barrichello e disse que ele foi fantástico. Rubinho respondeu, mas de uma maneira que não deu para entender, pois ele chorava dentro do capacete. Passadas as comemorações no pódio, com direito a sambadinha, ele fez sua dedicatória. “Essa é para os Barrichellos, pros Giaffone, pros Alcides, pros Silvas e para todos os que gostam de F-1 no Brasil. Não vejo a hora de chegar em casa e ouvir a musiquinha”.
Não é hora para criticar
Se tinha alguma chance de vitória, o inglês Lewis Hamilton a perdeu no segundo pit stop, quando seu time fez uma verdadeira lambança. Diferente do que muitos esperavam, a reação do atual campeão foi de extrema tranqüilidade. “Nós ganhamos e perdemos juntos. Essas coisas acontecem, mas são muito raras. Talvez tenha sido só a segunda vez que ocorreu. Acho que eles merecem um tapinha nas costas”, afirmou Hamilton.
Plantamos uma árvore de dinheiro
Numa entrevista para a rádio Jovem Pan, o repórter Felipe Motta perguntou a Nelsinho Piquet se o pai Nelsão, tinha comprado uma equipe de F-1, no caso a BMW. Nelsinho respondeu que sim, pois, “plantamos uma árvore de dinheiro e agora vamos colher para comprar uma equipe”.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
GP da Europa: E Rubinho finalmente venceu!
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