Nico Rosberg vence nas estreitas ruas do principado, as emoções ficaram por conta dos pilotos que vinham atrás
Por: Edison Ragassi
Charme, luxo, elegância são palavras ouvidas constantemente no fim de semana do GP de Mônaco. Já na parte esportiva é sempre mesma coisa, uma pista sem pontos de ultrapassagem. Por isso, quem faz a pole position tem 99% da corrida ganha.
Este ano, havia uma pequena possibilidade de ser diferente, por causa do desgaste dos pneus. Mas não foi.
O alemão Nico Rosberg (Mercedes-GP) marcou o melhor tempo nos treinos classificatórios do sábado, seguido pelo companheiro Lewis Hamilton. Os pilotos da RBR Sebastian Vettel e Mark Webber fizeram terceiro e quarto lugares, com o bom Kimi Raikkonen (Lotus) na quinta colocação. A decepção foi para a Ferrari. Fernando Alonso, só fez o sexto melhor tempo e Felipe Massa não classificou, porque nos treinos livres bateu forte e os mecânicos da equipe não conseguiram acertar o carro.
Dada a largada, apesar da pressão de Hamilton que tentou ganhar a ponta na primeira curva, Rosberg manteve a ponta e assim permaneceu até o final da prova sem ser incomodado. O alemão fez uma corrida burocrática, poupando os pneus e segurou os adversários que fizeram uma fila atrás dele.
Um dos momentos tensos aconteceu na volta 30, Massa bateu forte na Sainte Dévote, o acidente foi semelhante ao do sábado de manhã. O piloto brasileiro foi para o hospital fez exames e ficou bem, só decepcionado e frustrado com os problemas enfrentados.
Este acidente provocou a entrada do safty car e os pilotos aproveitaram para trocar os pneus. Neste pit stop, Rosberg manteve a ponta, mas Hamilton caiu para a quarta posição, foi ultrapassado por Vettel e Webber.
A bandeira amarela foi recolhida na volta 39, e a corrida seguiu em tom de desfile, só Sergio Perez (McLaren) que realizou uma bela ultrapassagem no companheiro Button e tentou fazer o mesmo com Alonso, o espanhol defendeu-se cortando uma chicane e teve que devolver a posição depois.
E ai na volta 45 Pastor Maldonado (Williams) é prensado pela Marussia de Max Chilton, a pancada retirou a proteção dos muros e a prova foi paralisada com bandeira vermelha.
Depois de 12 minutos, a corrida recomeçou, mas na parada as equipes trocaram os pneus dos carros. Nesta relargada, Hamilton pressionou Webber, sem sucesso.
Romain Grosjean (Lotus) também aprontou, acertou Daniel Ricciardo (STR) e provocou mais uma entrada de safty car. E Perez foi que nem vaca brava pra cima de Kimi Raikkonen (Lotus) furou um pneu do finlandês e prejudicou seu próprio carro até abandonar.
Marcaram pontos no GP de Mônaco
1º- Nico Rosberg
2º- Sebastian Vettel
3º- Mark Webber
4º- Lewis Hamilton
5º - Adrian Sutil
6º- Jenson Button
7º- Fernando Alonso
8º- Jean-Éric Vergne
9º - Paul di Resta
10º- Kimi Raikkonen
O GP de Mônaco foi bom para Vettel, com o segundo lugar soma 107 pontos na liderança da competição, Kimi Raikkonen é o vice-líder com 86 pontos e Fernando Alonso tem 78 pontos na terceira colocação.
E Vettel começa a desgarrar na liderança, mas na próxima corrida, o GP do Canadá, dia 09 de junho, a Pirelli levará novos compostos de pneus, o que pode fazer muita diferença no resultado final. Será bom para Mercedes, a que mais sofre com o desgaste e ruim para a Lotus, a que mais acertou, ou significará a disparada da RBR?
Vamos aguardar e ver o que acontece.
Rapidinhas
O negócio é esquecer
Depois de dois acidentes, Felipe Massa quer esquecer o GP de Mônaco de 2013. “Tudo o que eu quero é colocar este mau fim de semana para trás e pensar em ir bem no restante da temporada. Agora, vou procurar ficar em forma e estar 100% para a etapa de Montreal”, declarou o brasileiro depois de passar por exames e descobrir que estava bem.
Soco na cara
Kimi Raikkonen foi prejudicado por Sergio Pérez, quando terminada a prova perguntaram se ele iria conversar com o mexicano sobre sua maneira agressiva de pilotar e ele foi curto e grosso: “Não, isso não iria ajudar. Talvez alguém pudesse dar nele um soco na cara”, Kimi ainda qualificou a manobra como estúpida.
E Perez não admite erro
O mexicano da McLaren disse que a culpa foi de Raikkonen que não deixou espaço para ultrapassar. “É claro que qualquer ultrapassagem em Mônaco é arriscada, mas, no fim das contas, um pouco de espaço é necessário. Por causa do toque, os dutos do freio no meu carro foram afetados e houve um superaquecimento nos freios dianteiros, basicamente, os perdi”, falou ele.
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