Vettel vence mais uma, mas ainda não é campeão, pois Fernando Alonso chegou em quarto. E a dúvida ficou, por que Webber fez três paradas?
Por: Edison Ragassi
Como de costume, a torcida japonesa lotou o autódromo de Suzuka, esperando que Sebastian Vettel conquistasse o titulo de 2013 em terras nipônicas.
Os treinos classificatórios do sábado tiraram um pouco desta expectativa, pois o alemãzinho da RBR marcou só o segundo melhor tempo. A pole ficou com seu companheiro de time Mark Webber. Como o australiano está se despedindo da F-1, e nunca foi de ajudar, imaginava-se que o segundo lugar seria normal para o atual tricampeão.
Dada a largada, a situação de Vettel ficou pior ainda, ele foi ultrapassado por Romain Grosjean (Lotus) e o francês ainda assumiu a liderança da prova e foi abrindo.
As paradas para troca de pneus mudaram a corrida e colocaram Vettel na liderança da prova. Webber fez três paradas e no final demorou a ultrapassar o piloto da Lotus e teve que contentar-se com o segundo lugar. Durante a corrida, o australiano questionou a estratégia, mas obedeceu. Então a conclusão é simples. Não adiantava a equipe dar a ordem para deixar Vettel passar, assim a equipe agiu pensando no campeonato do alemão, simples assim!
Na pista de Suzuka, outra rebeldia. Felipe Massa, mais rápido que o companheiro de Ferrari Fernando Alonso, durante todo o fim de semana, não deixou o espanhol passar. A ordem veio quando o brasileiro estava em quinto e o espanhol em sexto.
Apesar da rebeldia, Felipe enfrentou outros problemas, Fernando o ultrapassou na pista, ainda foi punido com um drive through por exceder a velocidade nos boxes. No final ficou em décimo lugar, enquanto Alonso foi quarto.
Por conta destas mudanças, o GP do Japão foi muito movimentado e poderia ser mais. Lewis Hamilton (Mercedes-GP), terceiro no grid de largada, tentou melhorar a posição ao apagar das luzes vermelhas, mas tocou a roda traseira no bico do carro de Vettel. O pneu furou o que fez o inglês arrastar seu carro até o boxe. O dano foi maior que o esperado e ele abandonou.
Depois da vitória no Japão, Vettel soma 297 pontos e Alonso 207. A diferença de 90 pontos pode ser superada, desde que Alonso vença as quatro últimas corridas e o alemão não marque pontos, o que é difícil de ocorrer, tamanha a diferença que existe entre os carros da RBR e Ferrari.
Marcaram pontos no GP do Japão
1º- Sebastian Vettel
2º- Mark Webber
3º- Romain Grosjean
4º- Fernando Alonso
5º- Kimi Raikkonen
6º- Nico Hulkenberg
7º- Esteban Gutiérrez
8º- Nico Rosberg
9º- Jenson Button
10º- Felipe Massa
Quanto a continuidade de Felipe Massa na F-1, surgiu um fato novo. Parece que a Petrobras esta interessada em voltar à categoria, ela já forneceu combustível para a Williams. E neste pacote, poderia levar Massa junto. O fato é que se for por performance, a vaga na Lotus será de Nico Hulkenberg. Mas como a F-1 atual depende também de dinheiro, tudo pode acontecer.
As informações que chegam é de que tirando RBR, Ferrari e Mercedes, o restante dos times, até a McLaren, estão com o pires na mão. Isso é consequência das medidas tomadas por Bernie Eclestone, que afastou de propósito as fabricantes de veículos da F-1. Com a maioria das equipes trabalhando como independentes, a coisa ficou ruim. Corre-se o risco da categoria falir. E aí, o que fará o senhor Eclestone?
A próxima etapa será na Índia, dia 27 de outubro. E prepare-se para acordar cedo. O treino de classificação no sábado será às 6H30 e a corrida domingo às 7H30.
Rapidinhas
Uma corrida normal
De saída para a Ferrari, o finlandês Kimi Raikkonen só conseguiu a quinta colocação. Mas como de costume, não demonstrou reação pelo resultado.“Foi uma corrida bem normal. É difícil ultrapassar aqui, então foi bom fecharmos com alguns pontos. Fizemos o que pudemos”, afirmou de maneira fria.
Continua a reclamação
Sergio Pérez vive aprontando. Desta vez foi com Nico Rosberg (Mercedes-GP). O mexicano quase bateu no alemão aos entrar nos boxes para trocar os pneus. Depois, na pista, os dois se enroscaram de novo. “Pérez não foi correto pelo que fez. Ele foi perigoso. As regras são claras: se você frear e fechar a porta, então, deve abrir novamente. Eu estava lá e ele não deixou espaço”, esbravejou o piloto da Mercedes.
Alonso ficou bonzinho
Quando questionado sobre a desobediência de Massa, o espanhol saiu com esta: “Não, não mesmo. Não podemos criar um grande caso em cima disso. Estávamos disputando e, independente do que fizéssemos hoje, completaríamos mais ou menos nas mesmas posições, porque não daria para alcançar nada, além disso. Não sei exatamente o que aconteceu, mas não há problema”. Se Massa continuasse na Ferrari, Alonso passaria a semana esbravejando.
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