domingo, 12 de abril de 2009

GP da Malásia: Corrida Maluca

Uma corrida emocionante, com muitas ultrapassagens e vários pilotos brigando por posições em todos os pontos da pista. Assim podemos definir o curto GP da Malásia disputado no último domingo (06/04) em Sepang,.
Curto, porque durou apenas 32 voltas, pois o senhor Bernie Ecclestone brincou de São Pedro. Marcou a largada para um horário que conhecidia com a torrencial chuva que cai no final do dia nesta época do ano na Malásia.
E foi assim que aconteceu, na corrida que mais uma vez foi dominada pelo carro da Brown GP pilotado por Jenson Button. Ele fez a pole, largou mal e caiu para terceiro. Conseguiu se recuperar assumiu a ponta, e apesar de realizar quatro trocas de pneus, quando a corrida foi interrompida, estava na ponta. O inglês marcou apenas 5 pontos, porque o regulamento diz que se não forem completados pelo menos 2/3 da prova, a pontuação é dividida em dois. Rubens Barrichello, companheiro de Button, já começou com a corrida comprometida. Trocaram o câmbio de seu carro na sexta-feira, e por isso perdeu cinco posições no grid, o que fez o brasileiro largar em 8º.
Desta vez Rubinho agiu rápido, desviou de Robert Kubica (BMW) que ficou parado na largada com problemas em seu carro, e pulou para quarta colocação. O resultado poderia até ser melhor, mas o próprio Barrichello admitiu que ainda falta entrosamento com o time que é a sensação da temporada, já que ganhou as duas primeiras provas do ano.
Nesta que pode ser chamada de ‘corrida maluca’, Jenson Button venceu, Nick Heidfeld (BMW-Sauber) foi o segundo, em terceiro Timo Glock (Toyota), o quarto foi Jarno Trulli (Toyota), em quinto Rubens Barrichello, o sexto foi Mark Webber (Red Bull), o sétimo Lewis Hamilton (McLaren), e Nico Rosberg (Williams), que liderou a corrida por um bom período chegou em oitavo.
Decepção mesmo para os brasileiros Felipe Massa e Nelsinho Piquet. O primeiro, piloto da poderosa Ferrari ficou fora do Q2, porque a equipe achou que quatro voltas seriam suficientes para seguir nos treinos classificatórios. Erraram feio, e o brasileiro amargou apenas a 16ª posição na largada. E o segundo admitiu que errou pelo menos três vezes em suas tentativas e largou em 17.º lugar.
Diferente do que ocorreu em outras temporadas, o novo regulamento técnico, deixou os carros mais ariscos, e também privilegiou as manobras de ultrapassagens. Mas com chuva, as forças se igualam, assim podemos concluir que, pelo fato de não termos testes em pista, os engenheiros e projetistas terão que usar a criatividade para fazer os carros andarem alguns milésimos de segundos a mais.
Agora esta criatividade não deve ser usada para contar mentira, como fez a McLaren com Lewis Hamilton no GP da Austrália. Tentaram enganar os comissários e se deram muito mal, tanto que a mentira vai ser julgada pelo Conselho Mundial da FIA, dia 29, em Paris. A Equipe corre o risco de ser eliminada da competição.
Mais emoções estão programadas para o dia 19 de abril na China.
Rapidinhas
Humildade
Depois da saída de Ross Brown, a Ferrari não foi mais a mesma. Para completar, outro dirigente de pulso forte, Jean Todt, também deixou a equipe. O resultado é que Massa perdeu o titulo no ano passado por erros da equipe, e nesta temporada já ficou fora de uma classificação por erro de estratégia. Por isso o chefão do Grupo Fiat e da Ferrari, Luca di Montezemolo, reuniu-se com o Time e puxou a orelha de todos. "Trouxe comigo uma capa de monge para que todos entendessem que temos que tratar essa situação com humildade, e deixar claro que eu não quero que a gente pareça com algum programa de comédia na TV após cada corrida", declarou Montezemolo à imprensa inglesa, sobre esta reunião.
Sobrou!
Após tentar enganar os comissários, a McLaren entrou em parafuso e suspendeu Dave Ryan o diretor esportivo. No mesmo dia em que foi chamada pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) para prestar declarações sobre sua conduta no GP da Austrália, Ryan foi demitido, ou seja, ‘sobrou pra ele. E na maior cara de pau afirmou seu desejo de "cooperar plenamente" com o processo, e define como "bem-vinda" a oportunidade de trabalhar com a FIA pelo "interesse" da F-1.
O segredo do sucesso
Duas provas, duas vitórias, líder no campeonato de pilotos e construtores. Não estamos falando de Ferrari, ou McLaren, mas sim da estreante Brown GP. Segundo o dono do time, Ross Brown, as grandes pagam o preço de lutarem pelos títulos do ano passado. Como a briga era intensa, eles não tiveram como se dedicar ao projeto de 2009, pois evoluíam os carros da temporada passada. Já ele, que ainda estava na Honda, e o carro não andava mesmo, optou por trabalhar no modelo 2009. "Para nós, foi uma decisão facílima. Não foi inteligente, foi só facílima. Não tínhamos um ótimo carro, então por que perder tempo com ele?", afirmou o engenheiro sensação da F-1.

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