A Red Bull ainda não é o ‘Bicho Papão’
O australiano Mark Webber venceu com facilidade na casa de Fernando Alonso, apesar disso, não dá para afirmar que a vantagem é tão grande assim
Desde os treinos livres, até os classificatórios para o GP da Espanha, disputado no Circuito de Montmeló, os carros da RBR com Mark Webber e Sebastian Vettel dominaram. Eles conseguiram primeira e segunda posição no grid de largada.
Após as luzes vermelhas se apagarem, mantiveram a ponta com Webber em primeiro e Vettel em segundo. Quem vinha atrás, como Lewis Hamilton (McLaren), Fernando Alonso (Ferrari), Michael Schumacher (Mercedes), Jenson Button (McLaren), Felipe Massa (Ferrari), por mais que tentassem não se aproximavam dos dois que faziam uma corrida à parte.
Pois bem, as trocas de pneus começaram cedo, logo na volta 15 e o total foi de 66. Mesmo assim, Webber e Vettel continuaram abrindo vantagem, até que aconteceu o inusitado, o freio da roda dianteira esquerda do carro de Vettel apresentou problemas e o piloto foi para o box quando faltavam 10 voltas para terminar. Voltou na quarta posição, mas foi ajudado pelo inusitado (olha ele aí de novo!), pois o pneu da McLaren de Lewis Hamilton furou, o que tirou o inglês da corrida, assim, Alonso terminou em segundo e Vettel em terceiro. Completaram a zona de pontuação: 4º Michael Schumacher, 5º Jenson Button, 6º Felipe Massa, 7ºAdrian Sutil (Force India), 8º Robert Kubica (Renault), 9º Rubens Barrichello (Williams) e 10º Jaime Alguersuari (Toro Rosso).
Apesar de toda esta vantagem, não podemos esquecer que as equipes utilizam a pista de Montemeló para os testes de inverno e conhecem muito bem cada milímetro do asfalto, tanto que já tinham a estratégia de andar no limite com uma só parada.
E neste jogo de estratégias, a RBR conseguiu o melhor acerto que as rivais, mas esta situação irá mudar em outras pistas. Teremos aquela que será melhor para a Ferrari, em outra a McLaren levará vantagem, e assim por diante. A exceção acontece no próximo GP, o de Mônaco, nas ruas de Montecarlo, ali vale o braço e sorte do piloto, pois os carros andam quase que em fila indiana, e os toques nos muros acabam definindo o vencedor.
Outro fator que também pesa contra os carros do energético é a confiabilidade e a falta de experiência do piloto mais rápido do time, o alemão Sebastian Vettel.
Por isso acredito que ainda é cedo para apontar a Rede Bull como favoritíssima ao titulo, ela incomoda, mas ainda não é o Bicho Papão, ainda!
O que mais me preocupou no GP da Espanha não foi a superioridade dos vencedores, mas a maneira como Alonso esta se impondo sobre Massa. O espanhol bicampeão, quase passou por cima do brasileiro na prova passada, e nesta largou em quarto enquanto que Massinha amargou a nona posição. Felipe largou bem, ganhou duas posições, mas perdeu durante a prova e só chegou em sétimo por causa do abandono de Hamilton. O Massa está dando mole pro Alonso, daqui a pouco terá que trabalhar pro companheiro.
Já Rubens Barrichello foi bem. Largou em 17º e finalizou o GP em nono lugar. Bruno Senna (HRT) parou logo na primeira volta e Lucas Di Grassi (Virgin) completou a corrida na 19º posição.
Depois da Espanha, o líder da competição é Jenson Button com 70 pontos, em segundo está Fernando Alonso, 67 pontos e em terceiro Sebastian Vettel, 60 pontos. Em sétimo Massa tem 49 pontos e Barrichello soma 7 pontos em 12º lugar. Na semana que vem, a disputa acontece em Mônaco, lá dificilmente as equipes mostrarão novidades nos carros, mas a badalação será grande.
Rapidinhas
Sem aderência
Felipe Massa largou bem, mas o desempenho de seu carro deixou a desejar. “Novamente, a principal dificuldade foi a falta de aderência dos pneus, especialmente na terceira parte da pista. Embora tenhamos conseguido somar alguns pontos, eu não posso ficar feliz com o desempenho deste final de semana”, afirmou o brasileiro após a prova.
Foi bom
Rubinho ficou feliz com a nona posição. “Depois da decepção na classificação, este é um bom resultado. Tivemos um grande começo hoje, o que me permitiu ultrapassar cinco carros, e nosso ritmo era forte o suficiente para ficar com a Renault e Force India, mas eu acho que nós estávamos prestes a ter um problema de pneus nas últimas cinco voltas, se não fosse por isso, teria terminado mais à frente”, comemorou o brasileiro da Williams.
Cabeça erguida
Hamilton tinha tudo para chegar em segundo e dar um grande passo na disputa do título, mas o destino interrompeu esta caminhada. “Eu estava preparado para cruzar a linha de chegada. Alcançar o Mark (Webber), era simplesmente impossível, mas estou bastante impressionado que isso pode acontecer nas últimas duas voltas, no entanto, assim é o automobilismo e você só tem que manter a cabeça erguida”, desabafou o inglês que teve um pneu furado na última volta quando estava em segundo lugar.
terça-feira, 11 de maio de 2010
F-1 GP da Espanha
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