Sebastian Vettel vence nos Emirados Árabes e agora é campeão. Fernando Alonso ficou enroscado atrás de Vitaly Petrov e deixou o titulo escapar por entre os dedos
Muito chata! Sem ultrapassagens. Assim pode ser definida a última prova do ano, em Abu Dhabi, daquela que é considerada a temporada mais disputada de todos os tempos na F-1.
Disputada? Não foi bem assim. Quatro pilotos chegaram na última etapa em condições de ser campeão, mais pela mudança na pontuação, do que pela competitividade, já que os carros da Red Bull eram muito melhores.
Até o ano passado, os oito primeiros pontuavam (10-8-6-5-4-3-2-1). Este ano aumentaram os pontos (25-20-15-10-8-6-5-3-2-1), e passaram a distribuí-los para os 10 primeiros.
Assim a temporada foi uma competição mais matemática do que de rodas batendo e ultrapassagens. Segundo a FIA (Federação Internacional de Automobilismo), foi preciso mudar as regras por causa das equipes novas que chegaram.
Agora falando da corrida. Fernando Alonso (Ferrari) largou na terceira posição com o titulo nas mãos. Mark Webber (RBR), até então seu principal adversário era apenas o quinto. Para piorar ainda mais a situação do australiano, Jenson Button (McLaren), em quarto e Felipe Massa (Ferrari), pronto para ajudar o espanhol, na sexta posição. Vettel foi o pole e Hamilton (McLaren) em segundo.
Na largada, o inusitado aconteceu. Michael Schumacher (Mercedes GP) perdeu o controle, rodou, na primeira volta e foi atingido pelo carro da Force India de Vitantonio Liuzzi. Isso causou a entrada do safety car. Alguns pilotos, entre eles, Vitaly Petrov (Renault), aproveitaram para trocar pneus. Alonso não fez isso. Quando o piloto da Ferrari trocou os compostos, só na volta 16, voltou atrás do russo e, apesar de algumas tentativas, não conseguiu ultrapassá-lo e deu adeus ao terceiro titulo da carreira. Terminou a prova num melancólico sétimo lugar, atrás de um estreante, não cumprimentou o campeão e ainda deu bronca, como se o russo tivesse a obrigação de deixar passar.
Por sua vez, a Ferrari foi exemplo de ineficiência. Mandou Felipe Massa deixar Alonso passar na Alemanha, usou o último motor novo disponível em Monza para fazer média com a torcida e na última prova chegou sem forças e estratégia.
Vettel venceu, levou o caneco para casa, sem liderar a competição em nenhum momento. Seu companheiro Webber, acabou em terceiro, apesar de ser mais constante e errar menos que o alemão.
Os brasileiros também não apareceram. Felipe Massa foi apenas o 10º. Rubens Barrichello (Williams) ficou em 12º, Lucas Di Grassi (Virgin) foi o 18º e Bruno Senna (Hispania) 19º, ambos a duas voltas do líder.
Em 2011, sai a Bridgestone como fornecedora de pneus e entra a Pirelli. Também serão introduzidas asas traseiras móveis no lugar das dianteiras usadas neste ano. Além disso, o uso de dutos aerodinâmicos de ar, iguais aos da McLaren, foi proibido.
Por causa destas modificações, acredito que teremos uma nova relação de forças na próxima temporada, vamos aguardar.
Rapidinhas
Suspense depois da bandeirada
Sebastian Vettel terminou a corrida sem saber qual era a posição de Fernando Alonso. Demorou um pouco para ter certeza de que o titulo era seu. "Para ser honesto, eu não sabia de nada até cruzar a linha de chegada, de repente, alguém começou a gritar no rádio, dizendo que tínhamos vencido o campeonato. Foi uma incrível jornada, chegar à liderança do campeonato ao fim da última corrida é inacreditável", disse o campeão que chegou em Abu Dhabi como terceiro colocado.
Ganhou o melhor piloto
Desde o inicio de carreira na F-1, o australiano Mark Webber nunca esteve tão perto de ser campeão como nesta temporada, já que só pilotou para equipes medianas. "Eu tentei o melhor que podia e nós fizemos tudo que podíamos, mas no final não foi o suficiente. Eu tenho que tirar o chapéu para o Sebastian. Ele fez um grande trabalho durante todo o ano e ganhou o campeonato na última corrida. Ele conseguiu o timing certo e o parabenizo totalmente pelo Campeonato Mundial", afirmou.
Erramos feio
Depois de perder o titulo de pilotos e ficar apenas na terceira posição no campeonato de construtores, Stefano Domenicali, chefão da Ferrari admitiu que errou. "Erramos na estratégia e as razões são três: marcamos um adversário (Mark Webber) com dois carros (Fernando Alonso e Felipe Massa), supervalorizamos o desgaste dos pneus macios e não consideramos a dificuldade de se ultrapassar no tráfego", declarou o italiano. Ou seja, em outras palavras e bem no popular, a Ferrari entrou de salto alto.
A charge do Odayr
O locutor titular da Rádio Camanducaia e cartunista Odayr Baptista colabora mais uma vez com o Auto Agora. Ele desenhou o circuito de Abu Dhabi e percebeu que a silueta lembra o revolver de abastecimento de uma bomba de combustível. Que visão!
2 comentários:
Ragassi, tudo bem? Tenho uma teoria sobre o Massa. Como ele arrumou briga com os mecanicos, eles não capricham tanto no carro dele como no do Alonso, daí, nunca ganha mesmo!
Se quiser responda aqui que volto pra ler a resposta, ok?
Abcs
Opa, eu de novo. Procurei no blog e não encontrei, então uma sugestão: Queria que postasse algo sobre por que as empresas decidem tirar um carro de linha. Não consigo entender por que Santana, Clio Sedan, Kadett por exemplo, sairam de linha. O que acha?
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