Em mais uma corrida disputadíssima, o piloto espanhol da Ferrari dá show de pilotagem e mostra que apesar do carro é um dos favoritos ao titulo
Por: Edison Ragassi
Quem assistiu o desempenho ruim das Ferraris nos treinos classificatórios do sábado para o GP da Europa disputado em Valência, imaginou que elas estavam descartadas na briga pela vitória. Mas a melhor explicação é aquela que ninguém nunca disse: ‘treino é treino e corrida é corrida’.
Ao apagar das luzes vermelhas, o que se viu foi um Alonso agressivo, ganhando três posições logo de saída e Felipe Massa fez o mesmo.
O atual campeão, Sebastian Vettel (RBR) largou na pole e manteve a primeira posição, dando sinal de que não encontraria adversários pela frente. Da segunda posição para trás, as brigas aconteciam, Romain Grosjean (Lotus) pulou para a vice-liderança e deixou Pastor Maldonado (Williams) e Lewis Hamilton (McLaren) pra trás.
Depois da primeira parada, Vettel abriu 20 segundos de vantagem, mas os deuses da F-1 agiram. Jean Eric Vergne (Toro Rosso) e Heikki Kovalainen (Caterham) encontraram-se na pista, o que provocou a entrada do safety car. Com os carros alinhados, a diferença do líder sumiu e na relargada, o carro de Vettel teve problemas, o que forçou o alemão a abandonar.
Alonso aproveitou a chance passou Grosjean e assumiu a liderança da corrida para delírio do torcedor espanhol. E o francês da Lotus também parou com problemas no carro.
Entre os brasileiros, depois de um começo arrasador, Massa manteve um bom ritmo, não igual ao de Alonso, mas brigava para chegar no pelotão da frente e ai surgiu em seu caminho o japonês Kobayashi (Sauber), resultado: pneu dianteiro furado, erro na troca, ele caiu para 20º e terminou em 16º.
Outra vitima do japonês foi Bruno Senna (Williams), apesar de largar atrás, chegou a brigar pela oitava posição. No toque, além de ter que ir ao boxe para trocar os pneus, ainda foi considerado culpado e cumpriu punição. Apesar disso tudo, marcou um ponto.
Seu companheiro Maldonado acertou Hamilton, o inglês abandonou e o venezuelano perdeu posições, mas ficou em 10º na frente de Senna. Depois da corrida, foi punido com um acréscimo de 20 segundos em seu tempo final e caiu para 12º.
Marcaram pontos no GP da Europa
1º - Fernando Alonso
2º - Kimi Raikkonen
3º - Michael Schumacher
4º - Mark Webber
5º - Nico Hulkenberg
6º - Nico Rosberg
7º - Paul Di Resta
8º - Jenson Button
9º - Sergio Perez
10º - Bruno Senna
Não dá para falar que a F-1 2012 tem uma equipe ‘bicho papão’, como foi a RBR no ano passado. Os carros estão nivelados e ai o piloto faz a diferença. E neste quesito, Alonso está na frente dos demais. Usa toda a sua experiência, aproveita os erros dos adversários.
Assim venceu duas vezes na temporada e lidera a competição com 111 pontos. O australiano Mark Webber (RBR) é o vice-líder com 91. Lewis Hamilton agora esta na 3ª colocação com 88 e Sebastian Vettel tem 85 na quarta posição.
Rapidinhas
10 títulos
Alonso com dois títulos venceu. Em sua volta a categoria, Kimi Raikkonen campeão em 2007, chegou ao primeiro pódio com a segunda colocação. E Michael Schumacher, também primeiro pódio depois da volta chegou em terceiro, ele foi 7 vezes campeão. Somando tudo, 10 títulos mundiais. A F-1 nunca teve algo semelhante.
Tudo errado
Além do problema com Kobayashi, o carro de Felipe Massa também não estava bem. "Nada deu certo hoje. Da oitava volta em diante eu comecei a sentir que algo não estava certo na parte de trás do carro e, até o fim da corrida, a equipe encontrou algum dano que havia arruinado completamente o equilíbrio e o nível de força aerodinâmica", desabafou o brasileiro da Ferrari.
Punição injusta?
Bruno Senna foi punido no acidente provocado pelo japonês da Sauber, mas não entendeu o porque. "Eu estava no meu traçado. Acho que o Kobayashi viajou. Não sei porque tomaram essa decisão", falou depois da prova. O problema é que o piloto só pode mudar a trajetória uma vez para se defender. Só na F-1 uma regra como esta vai pra frente.
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