Durante dias frios, motor pode apresentar problemas no sistema de partida. Cuidados com as velas de ignição podem minimizar o problema
Com a chegada do inverno, a NGK, maior fabricante e especialista em velas de ignição do mundo, orienta os motoristas sobre possíveis dificuldades para ligar automóveis movidos a etanol. Durante dias de baixa temperatura, é comum o carro não funcionar logo na primeira batida da chave. Alguns cuidados, principalmente com as velas de ignição, podem minimizar a indesejável situação.
A manutenção preventiva das velas garante o funcionamento da ignição do veículo, facilitando a partida imediata do motor, principalmente nas manhãs mais frias. As velas com vida útil ultrapassada, ou excesso de desgaste, podem diminuir o desempenho do veículo dificultando a partida após um longo período desligado como, por exemplo, da noite para o dia.
A insistência para ligar o motor durante esse período pode causar o encharcamento das velas, causando um transtorno maior ao motorista. Se o problema ocorrer, é necessário aguardar, com o carro desligado, até que o combustível evapore por completo. Esse tempo varia de carro para carro e pode levar até 30 minutos.
“O motor movido a etanol pode apresentar problemas em dias frios porque esse combustível exige temperaturas elevadas para mudar seu estado físico e provocar o funcionamento do motor, ao contrário da gasolina que evapora rapidamente”, explica Hiromori Mori, técnico da Assistência Técnica da NGK.
Todo veículo a etanol possui um sistema paralelo que injeta pequenas quantidades de gasolina no motor para facilitar a partida. “Para isso, é necessário manter sempre o reservatório de gasolina abastecido com gasolina nova e de boa qualidade”, lembra o especialista.
Algumas ações do proprietário do veículo podem minimizar e até mesmo evitar totalmente dificuldades durante a partida a frio em carros abastecidos com etanol. Entre elas, deve-se verificar sempre se as velas estão em condições ideais de uso.
Também é essencial a manutenção no reservatório de gasolina e trocar a gasolina do mesmo a cada 90 dias com combustível de boa qualidade. O sistema de partida a frio também merece atenção e deve estar realmente operando (injetando) e sem vazamento de combustível.
Nos veículos Flex, outra situação em que o motorista deve ter atenção é no caso de alteração total do combustível. Se o veículo estiver abastecido com gasolina e for realizada a troca para etanol, ou de etanol para gasolina, o ideal é que o condutor dirija o veículo de 8 a 15km antes de manter o motor desligado por um longo período. Com isto, o sistema de controle do motor reconhecerá o novo combustível presente no tanque e reprogramará a estratégia de funcionamento do motor, inclusive durante a partida a frio.
Mais sobre Velas de Ignição
A vela de ignição tem a função de conduzir corrente elétrica sob alta tensão para o interior da câmara de combustão, convertendo-a em faísca para inflamar a mistura ar/combustível. Outra característica é que ela permite a dissipação do calor gerado na combustão. Em plenas condições de funcionamento, a vela de ignição promove economia de combustível, melhor desempenho do motor e redução de emissões de gases poluentes no ar. Com a vida útil ultrapassada pode comprometer cabos de ignição, rotor, distribuidor e bobina/transformador.
Segundo a NGK, é importante uma análise anual ou a cada 10 mil quilômetros rodados, aquilo que ocorrer primeiro, em um mecânico confiável. Uma consulta ao Manual do Proprietário do Veículo vai orientar o motorista quanto ao modelo ideal a ser instalado no automóvel em questão e o período de troca, lembrando que em alguns manuais há a recomendação para que em veículos utilizados em condições adversas como trânsito intenso, deve-se cortar o plano de manutenção pela metade.
Outra recomendação importante dos especialistas da NGK é que o motorista procure abastecer o automóvel em postos em que a procedência do combustível seja conhecida e conduzir o veículo de forma responsável.
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