Na penúltima corrida pela McLaren, o piloto inglês dá show e traz a definição do campeonato de pilotos para Interlagos
Por: Edison Ragassi
A F-1 retornou aos Estados Unidos no recém-inaugurado circuito das Américas, em Austin no Texas. Pista nova e muitos problemas para os pilotos conseguirem o aquecimento ideal dos pneus. Mas nem todos tiveram sofreram, o alemão Sebastian Vettel (RBR), virtual campeão da temporada, marcou a pole sem muito trabalho e o inglês Lewis Hamilton (McLaren) foi o segundo.
Único rival do alemão na disputa pelo título, o espanhol Fernando Alonso (Ferrari), amargou um oitavo lugar, enquanto seu companheiro de equipe Felipe Massa conquistou a sexta colocação. Bem, a Ferrari arrumou uma maneira de fazer Alonso ganhar posição no grid de largada. Retirou um lacre de câmbio do carro de Felipe e fez o brasileiro perder cinco posições, caindo para o 11º lugar.
A estratégia deu certo, na largada Mark Webber (RBR) ultrapassou Hamilton e Alonso pulou para a quarta posição. O inglês não ficou muito tempo em terceiro, logo ultrapassou o australiano, que acabou ajudando Alonso. Webber abandonou a prova na 17ª volta e fez o espanhol assumir a terceira posição.
Em uma temporada que o acerto do carro faz a diferença, Massa conseguiu um acerto melhor, fez várias ultrapassagens, travou um bom duelo com Kimi Raikkonen (Lotus) e manteve a quarta colocação. E Alonso passou tentado aproxima-se dos ponteiros, mas o carro não ajudou. Já Hamilton lutou muito e depois de 42 voltas passou Vettel e foi, sem ser incomodado, até a bandeira quadriculada preta e branca.
Bruno Senna (Williams) também foi destaque. Largou em décimo, caiu na confusão da largada, mas reabilitou-se. Fez bons duelos durante toda a prova, chegou a marcar uma volta rápida e terminou em 10º, após ser ultrapassado pelo companheiro Pastor Maldonado.
A McLaren deveria ter contratado Senna em vez de Sergio Perez, o mexicano, atualmente na Sauber, foi escolhido para substituir Hamilton, que vai para a Mercedes- GP na próxima temporada. E Perez só fez besteira depois do contrato assinado, enquanto Bruno ainda não conseguiu bons resultados na classificação, mas na corrida conquistou bons pontos com um carro que não é o melhor.
Marcaram pontos no GP EUA
1º- Lewis Hamilton
2 º- Sebastian Vettel
3 º- Fernando Alonso
4 º- Felipe Massa
5 º- Jenson Button
6 º- Kimi Raikkonen
7 º- Romain Grosjean
8 º- Nico Hulkenberg
9 º- Pastor Maldonado
10 º- Bruno Senna
Depois da corrida de Austin nos EUA, Vettel aumentou a vantagem para Alonso de 10 para 13 pontos, o alemão tem 273 e o espanhol 260. A decisão acontece no próximo domingo 25/11 em São Paulo no autódromo de Interlagos.
Em circunstâncias normais, Vettel conquista o tri, pilotando só com uma mão. Mas não vamos esquecer as nuances do tempo. Já vi corrida no autódromo José Carlos Pace que choveu só no final da reta oposta e fez um monte de pilotos abandonar.
Por isso não aposte todo seu dinheiro no alemão, guarde um pouco pro Alonso, porque o espanhol da Ferrari não está morto!
Rapidinhas
Titulo na mão
Apesar do segundo lugar, Vettel sai dos EUA com uma mão na taça, mas sua equipe já é campeã de construtores. Modestamente ele comemorou o triunfo do time. "Todo o fim de semana foi incrível. Somos campeões de construtores. Agora, nossa próxima parada será no Brasil e, em termos de campeonato, estamos um pouco melhor após a corrida de hoje", afirmou depois da prova.
O titulo não está perdido
Apesar da fraca performance da Ferrari em Austin, Alonso mantém a confiança. "Creio que perder três pontos para Sebastian neste fim de semana, em que íamos devagar e eles praticamente voavam, é algo positivo. A diferença não cresceu muito, vamos pensar em todas as possibilidades. Podemos ganhar ou perder, mas não vamos desistir até a bandeira quadriculada balançar", falou o espanhol em tom de otimismo.
Operário padrão!
Felipe Massa fez um bom treino classificatório, iria largar na frente de Alonso, mas a Ferrari mudou o resultado. "É impossível ver um piloto contente depois de ceder cinco posições no grid apenas para ajudar o parceiro. Talvez não seja fácil encontrar outro piloto que aceite. Com certeza eu poderia terminar na frente de Alonso nesta prova, por isso sinto que dei boa ajuda à equipe". Se prepara Massa, pois na próxima temporada vai ser a mesma coisa.
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