Para completar o portifólio de SUV’s, a Mitsubishi Motors traz para o Brasil o Pajero Dakar.
Fotos: Claudio Laranjeira/ Divulgação
A Mitsubishi brasileira escolheu a denominação Dakar para o novo integrante da familia Pajero, simplesmente para capitalizar o sucesso da marca no rali mais severo do mundo, pois em 26 participações, ela conquistou 12 vitórias.
Segundo divulgado pelos executivos da empresa, o veículo é novo, não foi produzido usando como base outro modelo já fabricado. É um ‘cab on chassis’ para sete lugares que absorve melhor os impactos e oferece excelente índice de NVH (nível de vibração) para os ocupantes.
Feito para atender as necessidades de quem precisa de um veículo com luxo e conforto no uso diário, mas pronto para enfrentar as exigências do off-road.
O visual do Pajero Dakar é robusto e agressivo. A frente lembra a da picape L200 Triton, mas é mera semelhança. O conjunto ótico, por exemplo, de um não pode ser utilizado pelo outro.
A grade tem as molduras cromadas, ao centro os três diamantes símbolo da Mitsubishi. As luzes de neblina com moldura na cor grafite e contorno cromado foram acopladas na pare inferior do parachoque. O conjunto ótico tem lentes transparentes e os faróis halógenos integrados aos pára-lamas.
Ao observar a lateral, as linhas arredondadas se sobressaem. A área envidraçada é grande, com molduras na cor preta. Os espelhos retrovisores externos são rebatíveis eletricamente e as maçanetas das portas têm acabamento cromado. Ainda usa estribos para facilitar o acesso ao interior. Para proteger as portas, frisos pintados na cor da carroceria.
Os pára-lamas dianteiros e os traseiros trazem pára-barro para proteger a carroceria e a pintura em situações mais extremas. Ainda é equipado com rack de teto preto e luzes indicadoras de direção posicionadas nos pára-lamas dianteiros.Usa rodas em liga leve, aro 17 polegadas, calçadas com pneus 265/65 R17.
Na traseira limpa, as lanternas invadem a tampa do porta-malas, a qual permite abertura com uma distância mínima de 560 mm de obstáculo traseiro, além de usar dois amortecedores a gás para abertura com menor esforço.
O painel de instrumentos usa luzes vermelhas de fundo. Vem equipado com ar-condicionado que oferece controle de temperatura para motorista e passageiro. O computador de bordo mostra 11 funções, elas aparecem em display de LCD.
Já o sistema de som e kit viva-voz Bluetooth é o Power Sound System, com amplificador de 420W, CDE, MP3, rádio AM/FM, ligado a 04 alto-falantes tipo “woofer” e 04 tweeters. O habitáculo é amplo e espaçoso, tem a opção de transportar 7 pessoas, para isso, há dois bancos rebatíveis, os quais ficam encaixados no assoalho do porta-malas. Quem senta no banco de trás, pode sentir algum desconforto, dependendo de sua estatura. Isso porque não há o degrau na parte traseira, solução encontrada para evitar que as pernas dos ocupantes dos bancos traseiros fiquem com os joelhos inclinados para cima.
Ao transportar 7 pessoas, a capacidade do porta-malas é de 115 litros, com cinco pessoas é de 1.160 litros e ao rebater todos os bancos traseiros chega a 1.920 litros.
Este modelo que começa a ser vendido em agosto é equipado com motor diesel 3.2L de 16 válvulas, quatro cilindros em linha. Possui sistema de alimentação por injeção eletrônica direta common-rail, turbocompressor e intercooler.
Desenvolve potência de 165 cv a 3.800 rpm e torque de 38,1 kgfm a 2.000 rpm.
São duas as opções de transmissão: manual de cinco velocidades e automática de quatro velocidades com trocas sequenciais.
O sistema automático INVECS-II (Intelligent & Innovative Vehicles Electronic Control System) analisa os hábitos de dirigir de cada motorista, incluindo a forma de acelerar ou frear, e se ajusta automaticamente. A tração Super Select 4WD, permite a escolha de quatro modos distintos de tração. Em três deles, a troca pode acontecer a velocidades de até 100 km/h, e ainda tem a alternativa de tração 4x4 reduzida, para terrenos acidentados.
Já a versão manual, reuni os sistemas de tração 4x2, 4x4 AWD, 4x4 bloqueado e 4x4 bloqueado com reduzida, isso permite ao usuário dispor de 24 combinações de marcha. O equipado com câmbio automático chega a 20 combinações.
A suspensão foi projetada para ser macia e resistente, sem comprometer a estabilidade. O conjunto dianteiro é composto por braços duplos, amortecedores telescópicos, molas helicoidais e barra estabilizadora. Na traseira, o
Pajero Dakar usa a suspensão 3-link com barra estabilizadora, amortecedores telescópicos e molas helicoidais. Seu ângulo de ataque é de 36º, o ângulo de saída de 25º, capacidade máxima de subida de 35º, possibilidade de inclinação lateral de até 45° e raio de giro da direção de 5,6 metros.
A apresentação do Mitsubishi Pajero Dakar para a imprensa especializada aconteceu em Mairiporã (SP). O teste drive foi feito em um trajeto com extensão de 40 quilometros, com a versão de câmbio automático, e alternou subidas ingrimes e trilhas estreitas.
A posição de dirigir é alta, exige atenção ao regular banco e retrovisores. O volante de três raios é de boa empunhadura, e os comandos estão bem a mão.
O SUV mostrou comportamneto exemplar. A força do motor passa confiança ao motorista, quando vê na frente aquele longo e sinuoso trecho terra. E a tração é bem firme nos mais variados terrenos, neste caso por exemplo, o modelo passou até por solo de pedra.
Já na rodovia, é preciso ter um pouco de cuidado quando ao realizar uma ultrapassagem, pois a reação não é tão rapida. Mas não podemos esquecer que o veículo pesa mais de 2 toneladas e meia. Neste caso, antes de ultrapassar, o melhor é utilizar a troca sequencial, deixar o motor encher e liberar a cavalaria.
O SUV mede 4,69m de comprimento, por 1,81m de largura e 1,80 m de altura. A distancia entre os eixos é de 2,80m. É equipado com airbag duplo frontal e freios a discos ventilados nas rodas dianteiras (com pistões duplos), e a tambor nas traseiras. Sistema ABS (antitravamento) nas quatro rodas e EBD (sistema eletrônico de distribuição de força de frenagem) reforçam os itens de seguraça.
Nos outros mercados onde a Mitsubishi atua, o Pajero Dakar substituiu o modelo Sport, porém no Brasil ele continua em produção, e mês passado, recebeu mudanças estéticas e motor flex.
Por enquanto, as peças de reposição do Dakar serão importadas, mas a unidade brasileira da Mitsubishi tem um acordo com a matriz no Japão, o qual permite que as peças pedidas sejam entregues no prazo máximo de 48 horas.
Para os itens de maior giro como amortecedores, discos e pastilhas de freios, filtros, correias, entre outros, serão homologados fornecedores nacionais com o intuito de agilizar processos e diminuir custos.
O Pajero Dakar é o próximo veículo a ser fabricado na unidade produtiva de Catalão (GO), a expectativa é de que isso ocorra até o final de 2010, quando será equipado com motor flexfuel.
A versão com transmissão manual tem o preço sugerido para venda de R$152.990 e o modelo com câmbio automático custa R$159.900, neste caso o acabamento em curo dos bancos é item de série. A expectativa é de comercializar em média 300 unidades, das quais 90% com transmissão automática.
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